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Segunda-Feira, 15 de Outubro de 2012 às 10:34:00
Rebelião no presídio de Glória é debelada pacificamente
O Governo de Sergipe mobilizou equipes de gerenciamento de crise e contenção e, após negociação com os rebelados, conseguiu restabelecer a ordem no complexo, que abriga atualmente 480 condenados

Após 22 horas, chegou ao fim a rebelião no Presídio Senador Leite Neto (Preslen), em Nossa Senhora da Glória, distante 126 quilômetros de Aracaju. Neste domingo, dia 14, por volta de 11h, os internos libertaram o agente prisional Nelson Inácio dos Santos, 54 anos, que era mantido refém desde a tarde do sábado, dia 13. Também deixaram a unidade os familiares dos custodiados, que estavam em visita no momento da ocorrência.

Não houve fugas ou mortes. O Governo de Sergipe, por meio das secretarias da Segurança Pública (SSP) e da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc) - pasta que administra o Sistema Penitenciário do estado - mobilizou equipes de gerenciamento de crise e contenção e, após negociação com os rebelados, conseguiu restabelecer a ordem no complexo, que abriga atualmente 480 condenados.

"A Polícia Militar fez toda a contenção e colocou os seus oficiais à disposição para que pudesse ser feita a negociação, para que a gente chegasse, evidentemente, ao final do processo com uma solução mais tranquila, mais correta e mais sensata, que seria a rendição e a retirada dos familiares e do refém. Graças a Deus, logramos êxito", informou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, que coordenou o contato com os internos, ao lado do comandante do Batalhão de Choque (BPChq), major Carlos Rolemberg, e do capitão Marcos Carvalho, do Grupo de Gerenciamento de Crises e Conflitos (GGCC), também da PM.

Ainda de acordo com Iunes, a rebelião não foi orquestrada. "Toda essa rebelião foi fruto de uma tentativa de fuga, que foi frustrada. Houve disparo de arma de fogo por parte da segurança prisional e isso ocasionou toda a mobilização dos custodiados, que não conseguiram ter acesso a armas, mas danificaram instalações. Não há conexão direta com a rebelião do presídio do Santa Maria. O impasse aqui foi retirar as pessoas sem permitir fugas ou violência, no que encontramos um ponto pacífico. As reivindicações deles [presos] surgiram secundariamente, não sendo o motivo da rebelião", explicou o comandante.

No momento da fuga, um interno foi ferido e teve que ser atendido às pressas, no Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória, sendo transferido para um hospital em Aracaju. Familiares dos amotinados que passaram mal também foram atendidos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e do Corpo de Bombeiros Militar.

Acompanharam todo o processo o secretário da Justiça, Benedito Figueiredo, e dos Direitos Humanos, Luiz Eduardo Oliva. Eles também ouviram pedidos dos internos a respeito de transferências e progressão de pena, pleito que deve ser encaminhado ao Poder Judiciário.

Por parte da SSP, foi mobilizado o efetivo do Grupamento Tático Aéreo, com um helicóptero, além de tropas especializadas da Polícia Militar, a exemplo do Comando de Operações Especiais (COE), Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq) e Pelotão Especial de Policiamento em Área de Caatinga (Pepac), além do 4º Batalhão, responsável pela região do Sertão Sergipano.

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Rebelião no presídio de Glória é debelada pacificamente
O Governo de Sergipe mobilizou equipes de gerenciamento de crise e contenção e, após negociação com os rebelados, conseguiu restabelecer a ordem no complexo, que abriga atualmente 480 condenados
Segunda-Feira, 15 de Outubro de 2012 às 10:34:00

Após 22 horas, chegou ao fim a rebelião no Presídio Senador Leite Neto (Preslen), em Nossa Senhora da Glória, distante 126 quilômetros de Aracaju. Neste domingo, dia 14, por volta de 11h, os internos libertaram o agente prisional Nelson Inácio dos Santos, 54 anos, que era mantido refém desde a tarde do sábado, dia 13. Também deixaram a unidade os familiares dos custodiados, que estavam em visita no momento da ocorrência.

Não houve fugas ou mortes. O Governo de Sergipe, por meio das secretarias da Segurança Pública (SSP) e da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc) - pasta que administra o Sistema Penitenciário do estado - mobilizou equipes de gerenciamento de crise e contenção e, após negociação com os rebelados, conseguiu restabelecer a ordem no complexo, que abriga atualmente 480 condenados.

"A Polícia Militar fez toda a contenção e colocou os seus oficiais à disposição para que pudesse ser feita a negociação, para que a gente chegasse, evidentemente, ao final do processo com uma solução mais tranquila, mais correta e mais sensata, que seria a rendição e a retirada dos familiares e do refém. Graças a Deus, logramos êxito", informou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, que coordenou o contato com os internos, ao lado do comandante do Batalhão de Choque (BPChq), major Carlos Rolemberg, e do capitão Marcos Carvalho, do Grupo de Gerenciamento de Crises e Conflitos (GGCC), também da PM.

Ainda de acordo com Iunes, a rebelião não foi orquestrada. "Toda essa rebelião foi fruto de uma tentativa de fuga, que foi frustrada. Houve disparo de arma de fogo por parte da segurança prisional e isso ocasionou toda a mobilização dos custodiados, que não conseguiram ter acesso a armas, mas danificaram instalações. Não há conexão direta com a rebelião do presídio do Santa Maria. O impasse aqui foi retirar as pessoas sem permitir fugas ou violência, no que encontramos um ponto pacífico. As reivindicações deles [presos] surgiram secundariamente, não sendo o motivo da rebelião", explicou o comandante.

No momento da fuga, um interno foi ferido e teve que ser atendido às pressas, no Hospital Regional de Nossa Senhora da Glória, sendo transferido para um hospital em Aracaju. Familiares dos amotinados que passaram mal também foram atendidos por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) e do Corpo de Bombeiros Militar.

Acompanharam todo o processo o secretário da Justiça, Benedito Figueiredo, e dos Direitos Humanos, Luiz Eduardo Oliva. Eles também ouviram pedidos dos internos a respeito de transferências e progressão de pena, pleito que deve ser encaminhado ao Poder Judiciário.

Por parte da SSP, foi mobilizado o efetivo do Grupamento Tático Aéreo, com um helicóptero, além de tropas especializadas da Polícia Militar, a exemplo do Comando de Operações Especiais (COE), Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq) e Pelotão Especial de Policiamento em Área de Caatinga (Pepac), além do 4º Batalhão, responsável pela região do Sertão Sergipano.