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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024 às 17:45:00
Saúde realiza oficina de qualificação para prevenção da transmissão vertical das infecções sexualmente transmissíveis  
Para os especialistas a realização do pré-natal é fundamental na detecção precoce dessas doenças

Com o objetivo de fortalecer as práticas de prevenção da transmissão vertical de doenças, como HIV, sífilis, hepatites virais e toxoplasmose, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual da Saúde (Funesa), realizou uma oficina de qualificação destinada a profissionais de saúde e gestores de maternidades públicas e privadas. O evento teve como público-alvo neonatologistas, pediatras, obstetras, responsáveis técnicos pela Comissão de Infecção Hospitalar e coordenadores de vigilância epidemiológica dos municípios que abrigam maternidades.

A oficina, voltada para capacitar os participantes no manejo adequado de gestantes portadoras de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante o parto, destacou a importância do acompanhamento e monitoramento tanto da mãe quanto do bebê após o nascimento. O objetivo principal foi atualizar os profissionais sobre os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas vigentes, visando proporcionar um cuidado eficaz e adequado ao binômio mãe e RN.

De acordo com a responsável técnica em Transmissão Vertical do Estado, Fernanda Costa, durante o evento foram discutidos os procedimentos a serem adotados no momento do parto diante de diferentes cenários, além de enfatizada a importância do pré-natal qualificado para a detecção precoce dessas doenças. "É uma ferramenta para atualizar os profissionais no protocolo clínico das diretrizes terapêuticas, como conduzir essa gestante que tem esse agravo na hora do parto, o que fazer com esse recém-nascido e o seguimento deste após o parto”, destacou.

Um dos pontos abordados foi a disponibilidade de tratamento gratuito para sífilis, bem como para outras doenças, em unidades de saúde. “Uma vez, dando reagente, por exemplo, para sífilis, essa gestante vai fazer um outro exame para ver como é que está a infecção do treponema, que é uma bactéria, e vai fazer o tratamento. O tratamento é disponibilizado gratuitamente nas unidades básicas de saúde, de acordo com a área de abrangência onde a pessoa reside”, completou Fernanda.

Segundo o diretor da Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio, a detecção tardia dessas doenças ainda é uma realidade preocupante. Apesar dos avanços na expansão do pré-natal na atenção primária, ainda há casos em que as mulheres só descobrem sua condição sorológica na hora do parto. “Essa situação pode estar relacionada a diversos fatores, incluindo a falta de acesso ao pré-natal devido a condições socioeconômicas desfavoráveis ou mesmo infecções adquiridas durante a gestação”, revelou.

Ainda segundo Marco Aurélio, para combater essa realidade, é fundamental que o pré-natal não apenas realize testes de detecção, mas também seja um momento de orientação e conscientização para as gestantes. “É essencial que elas sejam informadas sobre a importância do uso de preservativos durante a gestação, especialmente para evitar infecções sexualmente transmissíveis, que podem representar um risco ainda maior de transmissão vertical”, salientou.

A gerente do Sistema da Informação e Análises Epidemiológicas da SES, Ana Lira, foi convidada a apresentar uma dissertação sobre a transmissão vertical do vírus do HIV nos últimos 15 anos em Sergipe. “Eu fiz uma dissertação sobre a detecção de gestantes com HIV e as crianças que foram expostas a esse vírus, se elas tiveram ou não a doença. Esses dados foram analisados por município e por grupo de vulnerabilidade. Quando a gente conhece o perfil epidemiológico da doença em si, o do HIV, por exemplo, a gente consegue fazer as medidas de prevenção e de controle, fazer o planejamento prévio, e, dessa forma, desenvolver mecanismos de prevenção e de controle”, explicou. 

Medidas de prevenção

A prevenção da transmissão vertical requer uma abordagem abrangente que envolve o acesso universal ao pré-natal de qualidade, a realização de exames diagnósticos adequados, o tratamento oportuno e a conscientização das gestantes sobre práticas de saúde preventivas. Essas medidas são essenciais para garantir uma gestação saudável e o nascimento de bebês livres de doenças evitáveis.

Além disso, medidas simples de higiene e cuidado com a alimentação, como evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos para prevenir a toxoplasmose, também são destacadas como parte importante do cuidado durante a gestação.

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Saúde realiza oficina de qualificação para prevenção da transmissão vertical das infecções sexualmente transmissíveis  
Para os especialistas a realização do pré-natal é fundamental na detecção precoce dessas doenças
Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024 às 17:45:00

Com o objetivo de fortalecer as práticas de prevenção da transmissão vertical de doenças, como HIV, sífilis, hepatites virais e toxoplasmose, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Estadual da Saúde (Funesa), realizou uma oficina de qualificação destinada a profissionais de saúde e gestores de maternidades públicas e privadas. O evento teve como público-alvo neonatologistas, pediatras, obstetras, responsáveis técnicos pela Comissão de Infecção Hospitalar e coordenadores de vigilância epidemiológica dos municípios que abrigam maternidades.

A oficina, voltada para capacitar os participantes no manejo adequado de gestantes portadoras de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante o parto, destacou a importância do acompanhamento e monitoramento tanto da mãe quanto do bebê após o nascimento. O objetivo principal foi atualizar os profissionais sobre os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas vigentes, visando proporcionar um cuidado eficaz e adequado ao binômio mãe e RN.

De acordo com a responsável técnica em Transmissão Vertical do Estado, Fernanda Costa, durante o evento foram discutidos os procedimentos a serem adotados no momento do parto diante de diferentes cenários, além de enfatizada a importância do pré-natal qualificado para a detecção precoce dessas doenças. "É uma ferramenta para atualizar os profissionais no protocolo clínico das diretrizes terapêuticas, como conduzir essa gestante que tem esse agravo na hora do parto, o que fazer com esse recém-nascido e o seguimento deste após o parto”, destacou.

Um dos pontos abordados foi a disponibilidade de tratamento gratuito para sífilis, bem como para outras doenças, em unidades de saúde. “Uma vez, dando reagente, por exemplo, para sífilis, essa gestante vai fazer um outro exame para ver como é que está a infecção do treponema, que é uma bactéria, e vai fazer o tratamento. O tratamento é disponibilizado gratuitamente nas unidades básicas de saúde, de acordo com a área de abrangência onde a pessoa reside”, completou Fernanda.

Segundo o diretor da Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio, a detecção tardia dessas doenças ainda é uma realidade preocupante. Apesar dos avanços na expansão do pré-natal na atenção primária, ainda há casos em que as mulheres só descobrem sua condição sorológica na hora do parto. “Essa situação pode estar relacionada a diversos fatores, incluindo a falta de acesso ao pré-natal devido a condições socioeconômicas desfavoráveis ou mesmo infecções adquiridas durante a gestação”, revelou.

Ainda segundo Marco Aurélio, para combater essa realidade, é fundamental que o pré-natal não apenas realize testes de detecção, mas também seja um momento de orientação e conscientização para as gestantes. “É essencial que elas sejam informadas sobre a importância do uso de preservativos durante a gestação, especialmente para evitar infecções sexualmente transmissíveis, que podem representar um risco ainda maior de transmissão vertical”, salientou.

A gerente do Sistema da Informação e Análises Epidemiológicas da SES, Ana Lira, foi convidada a apresentar uma dissertação sobre a transmissão vertical do vírus do HIV nos últimos 15 anos em Sergipe. “Eu fiz uma dissertação sobre a detecção de gestantes com HIV e as crianças que foram expostas a esse vírus, se elas tiveram ou não a doença. Esses dados foram analisados por município e por grupo de vulnerabilidade. Quando a gente conhece o perfil epidemiológico da doença em si, o do HIV, por exemplo, a gente consegue fazer as medidas de prevenção e de controle, fazer o planejamento prévio, e, dessa forma, desenvolver mecanismos de prevenção e de controle”, explicou. 

Medidas de prevenção

A prevenção da transmissão vertical requer uma abordagem abrangente que envolve o acesso universal ao pré-natal de qualidade, a realização de exames diagnósticos adequados, o tratamento oportuno e a conscientização das gestantes sobre práticas de saúde preventivas. Essas medidas são essenciais para garantir uma gestação saudável e o nascimento de bebês livres de doenças evitáveis.

Além disso, medidas simples de higiene e cuidado com a alimentação, como evitar o consumo de alimentos crus ou mal cozidos para prevenir a toxoplasmose, também são destacadas como parte importante do cuidado durante a gestação.