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Segunda-Feira, 16 de Abril de 2012 às 16:43:00
Rebelião chega ao fim sem vítima fatal e Déda diz que negociação foi conduzida com paciência e firmeza
O governador afirma que não vai tolerar nenhuma facção criminosa nos presídios do Estado

No início da noite desta segunda-feira, 16, o governador Marcelo Déda recebeu um relato pormenorizado de todas as ações que culminaram com o final da rebelião no  Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria. Reunido com o secretário de Estado da Justiça, Benedito de Figueiredo, com o diretor do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), Manoel Lúcio Neto, e com o chefe do Gabinete Militar, coronel PM Carlos Augusto Bispo, o governador mais uma vez parabenizou os responsáveis pela condução do processo.

Confira o áudio das declarações do governador.

"Graças a Deus a rebelião foi resolvida sem qualquer vítima fatal, nem entre os reféns, nem entre os detentos. A atitude orientada mostrou-se a mais correta e sensata. Agir com cautela, com paciência, mas com firmeza, buscando encerrar o motim, retomar o controle do presídio e libertar os reféns sem qualquer dano à sua integridade física", enfatizou o governador Marcelo Déda.

O governador reforçou a orientação para se estudar de forma detalhada todas as ações que culminaram com a rebelião, para que isso sirva de referencial para medidas preventivas a serem adotadas reforçando a estratégia de segurança. Tanto o secretário quanto o diretor do Desipe relataram ao governador a extensão dos danos provocados à estrutura da unidade prisional que, de imediato, já passará por reparos emergenciais para garantir o pleno restabelecimento das atividades.

Também ficou acertado na reunião que será montado um esquema de segurança especial, dadas às condições, para garantir toda a tranquilidade necessária à retomada das atividades normalmente. “Tomaremos todas as medidas necessárias para que a unidade prisional retorne à sua rotina”, assegurou o secretário Benedito de Figueiredo. 

"Agora a orientação é a de fazer uma avaliação criteriosa do episódio para identificar as falhas, verificar se há atitudes ou ações que têm que ser revistas, objetivando oferecer um tratamento condigno aos detentos e em especial aos familiares que visitam; verificar se houve falhas de segurança por parte dos administradores do presídio, de que forma os presos conseguiram o controle da instituição, analisar profissional e tecnicamente como é que aconteceu a rebelião, como é que os presos dominaram os agentes de segurança, como eles abordaram aquelas pessoas encarregadas de administrar a segurança e tomaram conta do presídio", complementou o governador.

De acordo com Déda, o Governo do Estado não vai tolerar que nenhuma facção criminosa se torne dona de qualquer presídio sergipano. "Nós temos por referência o respeito aos Direitos Humanos; temos sensibilidade humana, formação jurídica e princípios humanitários para repelir qualquer tipo de mau trato e tratamento que ofenda a dignidade humana das pessoas. Mas nós não confundimos os Direitos Humanos com atitudes que ponham em risco a vida de inocentes. Nós não podemos esquecer que ali, naquele presídio, existem detentos da mais alta periculosidade, pessoas que assaltaram bancos, assassinaram friamente inocentes e nós não podemos permitir que essas pessoas tentem liderar uma instituição que é feita para reeducar os que ali se encontram e não para formar qualquer tipo de facção criminosa", destacou.


Negociações

De acordo com o negociador da Polícia Militar, capitão Marco Carvalho, as negociações se tornaram tensas em determinados momentos porque os presos mudavam a pauta de reivindicações o tempo inteiro. Além disso, não tinham lideranças, o que dificultou a comunicação. Segundo o oficial, alguns pedidos foram descartados de imediato, tais como a saída da diretoria do presídio, rompimento do contrato com empresa terceirizada que administra a unidade e uma revista menos rigorosa com os familiares que os visitam.

Um balanço preliminar da vistoria realizada pela polícia demonstrou que o presídio está bastante destruído. "Nossa orientação é adotar medidas que busquem reconstruir o que foi destruído, mas é preciso compreender que nesse momento não dá para fazer tudo do dia para a noite, senão amanhã vão querer fazer protesto por aquilo que eles mesmos causaram, que foi a destruição do presídio. Estamos levantando esses fatos", disse o governador, enfatizando que o fundamental é que não houve vítimas e a orientação do governo saiu vencedora.

"Determinamos o cerco completo na área do presídio para evitar fuga, e apostamos na negociação e no cansaço. As medidas tomadas foram as adequadas para se encontrar uma solução pacífica e ela foi encontrada. A experiência daquilo que a gente vê no Brasil inteiro nos ajudou: não autorizamos a invasão do Choque porque poderia causar mortes entre inocentes e mesmo entre detentos ou policiais e queríamos que todos tivessem suas vidas preservadas", colocou Déda, lembrando que este foi primeiro motim em cinco anos e quatro meses de governo.


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Rebelião chega ao fim sem vítima fatal e Déda diz que negociação foi conduzida com paciência e firmeza
O governador afirma que não vai tolerar nenhuma facção criminosa nos presídios do Estado
Segunda-Feira, 16 de Abril de 2012 às 16:43:00

No início da noite desta segunda-feira, 16, o governador Marcelo Déda recebeu um relato pormenorizado de todas as ações que culminaram com o final da rebelião no  Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria. Reunido com o secretário de Estado da Justiça, Benedito de Figueiredo, com o diretor do Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), Manoel Lúcio Neto, e com o chefe do Gabinete Militar, coronel PM Carlos Augusto Bispo, o governador mais uma vez parabenizou os responsáveis pela condução do processo.

Confira o áudio das declarações do governador.

"Graças a Deus a rebelião foi resolvida sem qualquer vítima fatal, nem entre os reféns, nem entre os detentos. A atitude orientada mostrou-se a mais correta e sensata. Agir com cautela, com paciência, mas com firmeza, buscando encerrar o motim, retomar o controle do presídio e libertar os reféns sem qualquer dano à sua integridade física", enfatizou o governador Marcelo Déda.

O governador reforçou a orientação para se estudar de forma detalhada todas as ações que culminaram com a rebelião, para que isso sirva de referencial para medidas preventivas a serem adotadas reforçando a estratégia de segurança. Tanto o secretário quanto o diretor do Desipe relataram ao governador a extensão dos danos provocados à estrutura da unidade prisional que, de imediato, já passará por reparos emergenciais para garantir o pleno restabelecimento das atividades.

Também ficou acertado na reunião que será montado um esquema de segurança especial, dadas às condições, para garantir toda a tranquilidade necessária à retomada das atividades normalmente. “Tomaremos todas as medidas necessárias para que a unidade prisional retorne à sua rotina”, assegurou o secretário Benedito de Figueiredo. 

"Agora a orientação é a de fazer uma avaliação criteriosa do episódio para identificar as falhas, verificar se há atitudes ou ações que têm que ser revistas, objetivando oferecer um tratamento condigno aos detentos e em especial aos familiares que visitam; verificar se houve falhas de segurança por parte dos administradores do presídio, de que forma os presos conseguiram o controle da instituição, analisar profissional e tecnicamente como é que aconteceu a rebelião, como é que os presos dominaram os agentes de segurança, como eles abordaram aquelas pessoas encarregadas de administrar a segurança e tomaram conta do presídio", complementou o governador.

De acordo com Déda, o Governo do Estado não vai tolerar que nenhuma facção criminosa se torne dona de qualquer presídio sergipano. "Nós temos por referência o respeito aos Direitos Humanos; temos sensibilidade humana, formação jurídica e princípios humanitários para repelir qualquer tipo de mau trato e tratamento que ofenda a dignidade humana das pessoas. Mas nós não confundimos os Direitos Humanos com atitudes que ponham em risco a vida de inocentes. Nós não podemos esquecer que ali, naquele presídio, existem detentos da mais alta periculosidade, pessoas que assaltaram bancos, assassinaram friamente inocentes e nós não podemos permitir que essas pessoas tentem liderar uma instituição que é feita para reeducar os que ali se encontram e não para formar qualquer tipo de facção criminosa", destacou.


Negociações

De acordo com o negociador da Polícia Militar, capitão Marco Carvalho, as negociações se tornaram tensas em determinados momentos porque os presos mudavam a pauta de reivindicações o tempo inteiro. Além disso, não tinham lideranças, o que dificultou a comunicação. Segundo o oficial, alguns pedidos foram descartados de imediato, tais como a saída da diretoria do presídio, rompimento do contrato com empresa terceirizada que administra a unidade e uma revista menos rigorosa com os familiares que os visitam.

Um balanço preliminar da vistoria realizada pela polícia demonstrou que o presídio está bastante destruído. "Nossa orientação é adotar medidas que busquem reconstruir o que foi destruído, mas é preciso compreender que nesse momento não dá para fazer tudo do dia para a noite, senão amanhã vão querer fazer protesto por aquilo que eles mesmos causaram, que foi a destruição do presídio. Estamos levantando esses fatos", disse o governador, enfatizando que o fundamental é que não houve vítimas e a orientação do governo saiu vencedora.

"Determinamos o cerco completo na área do presídio para evitar fuga, e apostamos na negociação e no cansaço. As medidas tomadas foram as adequadas para se encontrar uma solução pacífica e ela foi encontrada. A experiência daquilo que a gente vê no Brasil inteiro nos ajudou: não autorizamos a invasão do Choque porque poderia causar mortes entre inocentes e mesmo entre detentos ou policiais e queríamos que todos tivessem suas vidas preservadas", colocou Déda, lembrando que este foi primeiro motim em cinco anos e quatro meses de governo.