Notícias
Notícias
Segunda-Feira, 11 de Novembro de 2013 às 09:14:00
Polícia sergipana tem alto índice de elucidação de crimes contra bancos
Ao todo, foram 37 casos registrados em Sergipe no ano de 2013

A polícia sergipana mantém um alto índice de elucidação nos crimes de assaltos, arrombamentos e explosões contra agências bancárias. Ao todo, foram 37 casos registrados em Sergipe no ano de 2013, incluindo três assaltos com sequestros de gerentes, cinco assaltos diretos à mão armada, oito arrombamentos de caixas eletrônicos com maçaricos e 21 explosões contra tais equipamentos, entre tentativas e atos consumados. Segundo o Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope), a maioria dos casos já teve seus autores descobertos, presos e processados, através de investigações conjuntas das polícias Civil e Militar.
 
Foram elucidados ao todo seis arrombamentos com maçaricos, dois sequestros (sendo um comprovado e outro forjado pelo próprio funcionário, que foi preso) e todos os cinco assaltos à mão armada. Já o número de casos relativos às explosões de cashes ainda não é totalmente confirmado, pois o Cope ainda apura em quais crimes houve a participação da quadrilha presa no último dia 3, quando sete pessoas foram presas nas cidades de Itabaiana e Lagarto – no entanto, há a certeza de que este grupo praticou mais da metade das 13 explosões registradas entre setembro e outubro deste ano. O índice de elucidação destes crimes é muito alto, considerando-se o baixo número de ocorrências do tipo em relação a outros estados.
 
“Os números mostram que a quantidade de ocorrências em Sergipe é muito menor se comparado aos outros estados, principalmente os vizinhos. São números inexpressivos para o comparativo com Alagoas e Bahia, mas que bastava ter apenas um caso para ser preocupante e demonstrar a necessidade de reação [da polícia], o que tem acontecido. Tanto é que o Cope tem investigado e prendido quadrilhas que têm explodido bancos. São 21 casos, e nós estamos prendendo. A resposta está sendo dada a todas as modalidades de crimes praticadas contra agências e postos bancários em Sergipe”, assegura o diretor do Cope, delegado Flávio Albuquerque.
 
Os números registrados em outros estados mostram a alta incidência de explosões nos outros estados nordestinos. Na Bahia, foram 160 ataques contra agências bancárias e caixas eletrônicos entre janeiro e a primeira semana de novembro, sendo 122 no interior e 38 na Grande Salvador (BA). A situação mais grave, levando-se em conta o tamanho do estado, é a da Paraíba, que neste ano já registrou 120 ocorrências, sendo 44 explosões, 17 assaltos consumados, 16 tentativas e nove “saidinhas de banco”. Os dados são divulgados pelos Sindicatos dos Bancários dos respectivos estados.
 
E foi na Paraíba em que a SSP sergipana conseguiu chegar a outra quadrilha responsável por explosões de caixas em quatro estados (Sergipe, Paraíba, Pernambuco e Ceará), em 2 de maio deste ano. Os quatro integrantes do grupo, presos em Campina Grande (PB), tiveram participação confirmada em quatro explosões de agências ocorridas entre 2012 e 2013 nas cidades de Boquim, Riachão do Dantas, Arauá e Itabaianinha. Outra prisão importante foi a do último dia 3, na qual descobriu que os seus sete integrantes, sendo quatro paulistas e três sergipanos, já tinham sido presos por explosões de cashs na Bahia e vieram agir em Sergipe depois de cumprir pena no presídio de Serrinha (BA).
 
Fragilidade
 
Outro ponto destacado é a fragilidade dos pontos bancários atacados em Sergipe e nos outros estados. A maioria deles são postos de atendimento, nos quais não foram verificados nenhum dos dispositivos exigidos pela Lei Federal 7.102, de 20 de junho de 1983, que estabelece normas de segurança para estabelecimentos financeiros. "Existe uma legislação federal que cobra o mínimo de mecanismos que infelizmente não vem sendo cumprida, principalmente com relação a postos de atendimento bancários, principais alvos dos criminosos. Existem unidades que não tem nenhum mecanismo exigido", comentou Albuquerque, frisando que as unidades bancárias podem ter até suas unidades fechadas caso a fiscalização comprove que a Lei não vem sendo cumprida.
 
Uma reunião realizada no dia 17 de outubro entre a SSP, a Polícia Federal e representantes dos bancos estatais ajustou as ações para conter a ação dos criminosos. Ficou acertado que as polícias Federal e Civil vão intensificar a fiscalização nas unidades bancárias, com o intuito de cobrar a aplicação mínima prevista em lei de mecanismos de segurança como: alarmes, câmeras, sensores de segurança entre outros. Os bancos também se comprometeram a tomar outras medidas de segurança, como a antecipação do horário de fechamento das portas de autoatendimento e a diminuição de numerário nos cashs.

Compartilhe            
Notícia
/ Notícias / seguranca-publica

Polícia sergipana tem alto índice de elucidação de crimes contra bancos
Ao todo, foram 37 casos registrados em Sergipe no ano de 2013
Segunda-Feira, 11 de Novembro de 2013 às 09:14:00

A polícia sergipana mantém um alto índice de elucidação nos crimes de assaltos, arrombamentos e explosões contra agências bancárias. Ao todo, foram 37 casos registrados em Sergipe no ano de 2013, incluindo três assaltos com sequestros de gerentes, cinco assaltos diretos à mão armada, oito arrombamentos de caixas eletrônicos com maçaricos e 21 explosões contra tais equipamentos, entre tentativas e atos consumados. Segundo o Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope), a maioria dos casos já teve seus autores descobertos, presos e processados, através de investigações conjuntas das polícias Civil e Militar.
 
Foram elucidados ao todo seis arrombamentos com maçaricos, dois sequestros (sendo um comprovado e outro forjado pelo próprio funcionário, que foi preso) e todos os cinco assaltos à mão armada. Já o número de casos relativos às explosões de cashes ainda não é totalmente confirmado, pois o Cope ainda apura em quais crimes houve a participação da quadrilha presa no último dia 3, quando sete pessoas foram presas nas cidades de Itabaiana e Lagarto – no entanto, há a certeza de que este grupo praticou mais da metade das 13 explosões registradas entre setembro e outubro deste ano. O índice de elucidação destes crimes é muito alto, considerando-se o baixo número de ocorrências do tipo em relação a outros estados.
 
“Os números mostram que a quantidade de ocorrências em Sergipe é muito menor se comparado aos outros estados, principalmente os vizinhos. São números inexpressivos para o comparativo com Alagoas e Bahia, mas que bastava ter apenas um caso para ser preocupante e demonstrar a necessidade de reação [da polícia], o que tem acontecido. Tanto é que o Cope tem investigado e prendido quadrilhas que têm explodido bancos. São 21 casos, e nós estamos prendendo. A resposta está sendo dada a todas as modalidades de crimes praticadas contra agências e postos bancários em Sergipe”, assegura o diretor do Cope, delegado Flávio Albuquerque.
 
Os números registrados em outros estados mostram a alta incidência de explosões nos outros estados nordestinos. Na Bahia, foram 160 ataques contra agências bancárias e caixas eletrônicos entre janeiro e a primeira semana de novembro, sendo 122 no interior e 38 na Grande Salvador (BA). A situação mais grave, levando-se em conta o tamanho do estado, é a da Paraíba, que neste ano já registrou 120 ocorrências, sendo 44 explosões, 17 assaltos consumados, 16 tentativas e nove “saidinhas de banco”. Os dados são divulgados pelos Sindicatos dos Bancários dos respectivos estados.
 
E foi na Paraíba em que a SSP sergipana conseguiu chegar a outra quadrilha responsável por explosões de caixas em quatro estados (Sergipe, Paraíba, Pernambuco e Ceará), em 2 de maio deste ano. Os quatro integrantes do grupo, presos em Campina Grande (PB), tiveram participação confirmada em quatro explosões de agências ocorridas entre 2012 e 2013 nas cidades de Boquim, Riachão do Dantas, Arauá e Itabaianinha. Outra prisão importante foi a do último dia 3, na qual descobriu que os seus sete integrantes, sendo quatro paulistas e três sergipanos, já tinham sido presos por explosões de cashs na Bahia e vieram agir em Sergipe depois de cumprir pena no presídio de Serrinha (BA).
 
Fragilidade
 
Outro ponto destacado é a fragilidade dos pontos bancários atacados em Sergipe e nos outros estados. A maioria deles são postos de atendimento, nos quais não foram verificados nenhum dos dispositivos exigidos pela Lei Federal 7.102, de 20 de junho de 1983, que estabelece normas de segurança para estabelecimentos financeiros. "Existe uma legislação federal que cobra o mínimo de mecanismos que infelizmente não vem sendo cumprida, principalmente com relação a postos de atendimento bancários, principais alvos dos criminosos. Existem unidades que não tem nenhum mecanismo exigido", comentou Albuquerque, frisando que as unidades bancárias podem ter até suas unidades fechadas caso a fiscalização comprove que a Lei não vem sendo cumprida.
 
Uma reunião realizada no dia 17 de outubro entre a SSP, a Polícia Federal e representantes dos bancos estatais ajustou as ações para conter a ação dos criminosos. Ficou acertado que as polícias Federal e Civil vão intensificar a fiscalização nas unidades bancárias, com o intuito de cobrar a aplicação mínima prevista em lei de mecanismos de segurança como: alarmes, câmeras, sensores de segurança entre outros. Os bancos também se comprometeram a tomar outras medidas de segurança, como a antecipação do horário de fechamento das portas de autoatendimento e a diminuição de numerário nos cashs.