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Quarta-Feira, 27 de Março de 2024 às 17:30:00
Maternidade Nossa Senhora de Lourdes realiza cirurgia pioneira em recém-nascido
Esta foi a primeira vez que a cirurgia de válvula de uretra posterior, uma espécie de obstrução do trato urinário do recém-nascido, foi realizada pelo SUS em Sergipe

A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou a primeira cirurgia de correção de Válvula de Uretra Posterior (VUP) em recém-nascido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Sergipe. O bebê, de 55 dias, foi operado pela equipe de cirurgiões pediátricos da maternidade e passa bem.

De acordo com a cirurgiã pediátrica da MNSL, Márcia Montalvão, essa cirurgia era feita fora do estado e, em 2023, o procedimento foi realizado na rede privada em Sergipe, e agora foi a vez de a cirurgia pioneira ser realizada na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, referência estadual para partos de alto risco e responsável pelo atendimento da maioria dos casos cirúrgicos neonatais do estado.

“A equipe de Cirurgia Pediátrica da MNSL dispõe de profissionais capacitados para fazer o procedimento, mas faltava o equipamento, o cistoscópio pediátrico, então corremos atrás e a SES alugou o aparelho para que a cirurgia fosse feita com sucesso na maternidade”, explicou a médica.

O cirurgião pediátrico responsável pelo procedimento, José Machado Neto, ressaltou que a cirurgia pôde ser realizada na maternidade devido à aquisição desse aparelho. “Estamos tentando, junto à maternidade e à SES, criar um ambulatório e um fluxo de cirurgias urológicas pediátricas pelo SUS aqui no estado”, explicou.

Para Márcia Rakel dos Santos, mãe do bebê, foi um alívio realizar este procedimento pelo SUS de Sergipe. “Ficamos felizes em fazer essa cirurgia aqui, porque se fosse em outro estado, teríamos maior desgaste emocional e financeiro. Agradecemos aos médicos e ao pessoal de enfermagem, que foram muito atenciosos conosco, e esperamos que outras famílias tenham essa sensação boa também, de não precisar sair de Sergipe para fazer este procedimento no filho”, enfatizou.

VUP

Segundo Márcia Montalvão, a Válvula de Uretra Posterior (VUP) é uma anomalia congênita que afeta a porção prostática da uretra masculina, ocorrendo um caso a cada cinco mil nascimentos, sendo a causa mais comum de obstrução do trato urinário de recém-nascidos do sexo masculino, com impactos sobre a sua função renal. A opção terapêutica de primeira escolha para o tratamento da VUP é a ablação endoscópica da válvula.

“A realização desse procedimento não vinha sendo executada em Sergipe, no âmbito do SUS, pela indisponibilidade do cistoscópio neonatal, instrumento indispensável para a realização da cirurgia. Os pacientes portadores de VUP eram encaminhados para realizar a ablação endoscópica da válvula em outros estados, mediante o programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Essa cirurgia realizada na MNSL representou um divisor de águas para a Uropediatria do estado. O procedimento foi realizado pela equipe da Cirurgia Pediátrica da maternidade e abre caminho para que outros procedimentos cistoscópicos neonatais possam ser realizados pelo SUS”, ressaltou a cirurgiã.

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Maternidade Nossa Senhora de Lourdes realiza cirurgia pioneira em recém-nascido
Esta foi a primeira vez que a cirurgia de válvula de uretra posterior, uma espécie de obstrução do trato urinário do recém-nascido, foi realizada pelo SUS em Sergipe
Quarta-Feira, 27 de Março de 2024 às 17:30:00

A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), equipamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), realizou a primeira cirurgia de correção de Válvula de Uretra Posterior (VUP) em recém-nascido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Sergipe. O bebê, de 55 dias, foi operado pela equipe de cirurgiões pediátricos da maternidade e passa bem.

De acordo com a cirurgiã pediátrica da MNSL, Márcia Montalvão, essa cirurgia era feita fora do estado e, em 2023, o procedimento foi realizado na rede privada em Sergipe, e agora foi a vez de a cirurgia pioneira ser realizada na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, referência estadual para partos de alto risco e responsável pelo atendimento da maioria dos casos cirúrgicos neonatais do estado.

“A equipe de Cirurgia Pediátrica da MNSL dispõe de profissionais capacitados para fazer o procedimento, mas faltava o equipamento, o cistoscópio pediátrico, então corremos atrás e a SES alugou o aparelho para que a cirurgia fosse feita com sucesso na maternidade”, explicou a médica.

O cirurgião pediátrico responsável pelo procedimento, José Machado Neto, ressaltou que a cirurgia pôde ser realizada na maternidade devido à aquisição desse aparelho. “Estamos tentando, junto à maternidade e à SES, criar um ambulatório e um fluxo de cirurgias urológicas pediátricas pelo SUS aqui no estado”, explicou.

Para Márcia Rakel dos Santos, mãe do bebê, foi um alívio realizar este procedimento pelo SUS de Sergipe. “Ficamos felizes em fazer essa cirurgia aqui, porque se fosse em outro estado, teríamos maior desgaste emocional e financeiro. Agradecemos aos médicos e ao pessoal de enfermagem, que foram muito atenciosos conosco, e esperamos que outras famílias tenham essa sensação boa também, de não precisar sair de Sergipe para fazer este procedimento no filho”, enfatizou.

VUP

Segundo Márcia Montalvão, a Válvula de Uretra Posterior (VUP) é uma anomalia congênita que afeta a porção prostática da uretra masculina, ocorrendo um caso a cada cinco mil nascimentos, sendo a causa mais comum de obstrução do trato urinário de recém-nascidos do sexo masculino, com impactos sobre a sua função renal. A opção terapêutica de primeira escolha para o tratamento da VUP é a ablação endoscópica da válvula.

“A realização desse procedimento não vinha sendo executada em Sergipe, no âmbito do SUS, pela indisponibilidade do cistoscópio neonatal, instrumento indispensável para a realização da cirurgia. Os pacientes portadores de VUP eram encaminhados para realizar a ablação endoscópica da válvula em outros estados, mediante o programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Essa cirurgia realizada na MNSL representou um divisor de águas para a Uropediatria do estado. O procedimento foi realizado pela equipe da Cirurgia Pediátrica da maternidade e abre caminho para que outros procedimentos cistoscópicos neonatais possam ser realizados pelo SUS”, ressaltou a cirurgiã.