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Quinta-Feira, 25 de Janeiro de 2024 às 12:30:00
Janeiro Branco busca despertar na sociedade o interesse pelos cuidados com a saúde mental
Brasil é o país mais ansioso do mundo e primeiro da América Latina com relação à depressão

Com o intuito de incentivar a inserção da saúde mental nos propósitos a serem alcançados pelas pessoas durante o decorrer do ano, de criar uma cultura de cuidado emocional por meio da difusão de informações e o diálogo aberto sobre temas como ansiedade, depressão e outros transtornos mentais, anualmente é realizada a campanha ‘Janeiro Branco’.

De acordo com a psicóloga do Instituto de Promoção e Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), Aline Lordão,‘Janeiro Branco’ é uma campanha de conscientização que faz com que as pessoas pensem um pouco mais na saúde mental. “A gente, enquanto indivíduo, tem o costume de cuidar bastante da saúde física, e às vezes acaba esquecendo a saúde mental. Acredito que, depois da pandemia, isso se agravou um pouco mais e a campanha tomou uma força muito maior”, afirma.

Conforme a especialista, neste ano a campanha traz um novo tema para ser refletido: ‘Saúde mental, enquanto há tempo!’ O objetivo da iniciativa é fazer com que as pessoas se conscientizem da importância do cuidado, do autoconhecimento, para que trabalhem não só em relação a sua parte física, mas também emocional. “Que nós possamos entender porque estamos nervosos, ansiosos, chorando e possamos nos cuidar nesse sentido, aprendendo a como lidar com isso. Às vezes o não saber lidar ocasiona a questão da falta de saúde mental”, alerta.

Ela ressalta, ainda, a importância de as pessoas se conhecerem cada vez mais. “Acredito que devemos olhar para dentro, sem ter medo, se ajudar mais, se respeitar, se cuidar mais através da prática de atividade física, de boa alimentação, de um bom sono, de novos hábitos, então trace como meta para este ano cuidar da saúde mental, porque quando o mental não vai bem, as outras partes também não vão, reflete não só na parte física, mas no nosso dia a dia e no nosso profissional. É buscar cuidar mais enquanto há tempo”, enfatiza.

A psicóloga afirma que os elevados índices de doenças mentais no Brasil revelam a importância da conscientização da população em relação a maior observação dos sinais e sintomas das patologias e, também, quanto a quebra de tabus e crenças referente a parte de psicoterapia e psiquiátrica. Conforme a especialista, o Brasil é o país mais ansioso de todo o mundo, e em relação à depressão é o primeiro da América Latina e o segundo das Américas.

Aline revela que no Ipesaúde há uma demanda grande de atendimento psicológico tanto adulto quanto infantil. No instituto são atendidas crianças a partir dos três anos de idade com os mais diferentes problemas, desde aqueles relacionados à ansiedade, transtornos alimentares até a questão de relacionamento com os pais.

A beneficiária Elenice Alves do Nascimento Santos está realizando tratamento psicológico e psiquiátrico no Ipesaúde há aproximadamente três anos. Ela disse que procurou o atendimento após uma situação de luto pelo falecimento do esposo, da sogra e do irmão, em 2020, durante a pandemia da Covid-19. “À época eu nem falava sobre o assunto, passei oito meses afastada de todas as minhas funções devido a uma depressão, síndrome do pânico e ao transtorno de ansiedade adquiridos pós-luto”, relata.

Conforme Elenice, a princípio, a pessoa não vê muita saída, se sente no fim do túnel, onde tudo é escuro. “Eu parei de fazer tudo, de higiene pessoal ao trabalho profissional. Hoje, eu já retomei muito da minha vida, consigo cuidar dos meus filhos, voltei a minha rotina quase que normal, claro que com algumas reduções, mas não estou mais pelo INSS e, graças a Deus e as terapias, eu tenho conseguido cada vez mais sucesso nas coisas que venho fazendo. Atualmente não me vejo sem as terapias, já me levantei 70% a 80% de onde eu estava, mas me sinto ainda muito necessitada das terapias”, afirma.

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Janeiro Branco busca despertar na sociedade o interesse pelos cuidados com a saúde mental
Brasil é o país mais ansioso do mundo e primeiro da América Latina com relação à depressão
Quinta-Feira, 25 de Janeiro de 2024 às 12:30:00

Com o intuito de incentivar a inserção da saúde mental nos propósitos a serem alcançados pelas pessoas durante o decorrer do ano, de criar uma cultura de cuidado emocional por meio da difusão de informações e o diálogo aberto sobre temas como ansiedade, depressão e outros transtornos mentais, anualmente é realizada a campanha ‘Janeiro Branco’.

De acordo com a psicóloga do Instituto de Promoção e Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), Aline Lordão,‘Janeiro Branco’ é uma campanha de conscientização que faz com que as pessoas pensem um pouco mais na saúde mental. “A gente, enquanto indivíduo, tem o costume de cuidar bastante da saúde física, e às vezes acaba esquecendo a saúde mental. Acredito que, depois da pandemia, isso se agravou um pouco mais e a campanha tomou uma força muito maior”, afirma.

Conforme a especialista, neste ano a campanha traz um novo tema para ser refletido: ‘Saúde mental, enquanto há tempo!’ O objetivo da iniciativa é fazer com que as pessoas se conscientizem da importância do cuidado, do autoconhecimento, para que trabalhem não só em relação a sua parte física, mas também emocional. “Que nós possamos entender porque estamos nervosos, ansiosos, chorando e possamos nos cuidar nesse sentido, aprendendo a como lidar com isso. Às vezes o não saber lidar ocasiona a questão da falta de saúde mental”, alerta.

Ela ressalta, ainda, a importância de as pessoas se conhecerem cada vez mais. “Acredito que devemos olhar para dentro, sem ter medo, se ajudar mais, se respeitar, se cuidar mais através da prática de atividade física, de boa alimentação, de um bom sono, de novos hábitos, então trace como meta para este ano cuidar da saúde mental, porque quando o mental não vai bem, as outras partes também não vão, reflete não só na parte física, mas no nosso dia a dia e no nosso profissional. É buscar cuidar mais enquanto há tempo”, enfatiza.

A psicóloga afirma que os elevados índices de doenças mentais no Brasil revelam a importância da conscientização da população em relação a maior observação dos sinais e sintomas das patologias e, também, quanto a quebra de tabus e crenças referente a parte de psicoterapia e psiquiátrica. Conforme a especialista, o Brasil é o país mais ansioso de todo o mundo, e em relação à depressão é o primeiro da América Latina e o segundo das Américas.

Aline revela que no Ipesaúde há uma demanda grande de atendimento psicológico tanto adulto quanto infantil. No instituto são atendidas crianças a partir dos três anos de idade com os mais diferentes problemas, desde aqueles relacionados à ansiedade, transtornos alimentares até a questão de relacionamento com os pais.

A beneficiária Elenice Alves do Nascimento Santos está realizando tratamento psicológico e psiquiátrico no Ipesaúde há aproximadamente três anos. Ela disse que procurou o atendimento após uma situação de luto pelo falecimento do esposo, da sogra e do irmão, em 2020, durante a pandemia da Covid-19. “À época eu nem falava sobre o assunto, passei oito meses afastada de todas as minhas funções devido a uma depressão, síndrome do pânico e ao transtorno de ansiedade adquiridos pós-luto”, relata.

Conforme Elenice, a princípio, a pessoa não vê muita saída, se sente no fim do túnel, onde tudo é escuro. “Eu parei de fazer tudo, de higiene pessoal ao trabalho profissional. Hoje, eu já retomei muito da minha vida, consigo cuidar dos meus filhos, voltei a minha rotina quase que normal, claro que com algumas reduções, mas não estou mais pelo INSS e, graças a Deus e as terapias, eu tenho conseguido cada vez mais sucesso nas coisas que venho fazendo. Atualmente não me vejo sem as terapias, já me levantei 70% a 80% de onde eu estava, mas me sinto ainda muito necessitada das terapias”, afirma.