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Segunda-Feira, 31 de Maio de 2021 às 13:15:00
Seias implanta Conselho Estadual da Promoção da Igualdade Racial e promove assembleia para escolha de representantes
Doze entidades representativas da sociedade civil foram eleitas para o biênio 2021/2023 

Uma Assembleia definiu, na última sexta-feira, 28, os 12 representantes da sociedade civil que irão compor, durante o biênio 2021/2023, o Conselho Estadual da Promoção da Igualdade Racial do Estado de Sergipe – Cepir/SE, implantado de forma inédita pela Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), através da Diretoria de Inclusão e Direitos Humanos (DIDH). A atuação das entidades é relacionada à promoção da cidadania, igualdade e equidade da população afro-brasileira. Com transmissão virtual Ao Vivo, a reunião continua disponível para visualização através do YouTube Seias/SE.

Importante mecanismo de controle social de políticas públicas, o Conselho Estadual da Promoção da Igualdade Racial será formado por entidades da sociedade civil que representam: movimento negro; comunidades e povos tradicionais de matrizes africanas; comunidades tradicionais quilombolas; organização de mulheres; organização de juventude negra; organização afro cultural; comunidades tradicionais ciganas; trabalhadores; e representante da comunidade científica que desenvolva estudos e/ou pesquisas sobre políticas de ações afirmativas e promoção para a igualdade racial.

A assembleia de escolha foi conduzida pela referência técnica para Povos e Comunidades Tradicionais e População Negra da Seias, Iyá Sônia Oliveira. “Esta é mais uma etapa do nosso processo de criação do Cepir. Quem está na militância sabe da importância da construção desse processo. Agradecemos pela motivação que as entidades tiveram em acessar o edital e entender que, dentro do espaço de luta e militância, poderiam estar aqui, construindo uma política de igualdade racial para o estado de Sergipe”, destacou Iyá Sônia.

A vice-governadora Eliane Aquino ressaltou a importância do Conselho. “Sobretudo num momento de tantas vulnerabilidades aprofundadas pela pandemia, é de grande importância que estejamos conseguindo implantar o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, reconhecendo o papel fundamental que tem o controle social e a força que tem a representação das entidades, movimentos sociais, povos e comunidades tradicionais nessa instância participativa. Estou gratificada de ver isso acontecendo e desejo que seja um espaço de muito diálogo e somação de esforços na busca por direitos”, afirmou Eliane.

Conselheiras e conselheiros

Representando o Movimento Negro Unificado, Ana Íris descreveu o espaço do Cepir. “O Conselho de Igualdade Racial é um lugar para discutir políticas públicas para as pessoas negras, indígenas e ciganas. E todos tem a sua ancestralidade. Estamos num lugar sagrado. É um lugar de responsabilidade. Essa luta não começou conosco. Daremos continuidade, independente do segmento ou da cor da pele. O mais importante é combatermos o racismo e trabalharmos junto com o Estado. Agradeço muito à militância que me ensinou a ter sensibilidade e a buscar a igualdade”, declarou Ana Íris.

Segundo Laila Oliveira, jornalista e integrante da Auto-organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria, a formação do Cepir é um marco para a população negra sergipana, principalmente durante a pandemia. “Conseguirmos instalar um Conselho Estadual de Igualdade Racial é símbolo de força, conquista, perspectiva e esperança para a nossa população. É de extrema importância e tem uma força simbólica muito grande neste momento de pandemia, em que sabemos que a população negra e pobre é a mais vulnerável e que mais está sendo acometida pela Covid-19. A assembleia foi um processo tranquilo, de muito diálogo e coletividade”, reforçou Laila.

Uma das representantes do segmento de trabalhadores foi Arlete Silva Costa, professora da rede estadual e integrante do Coletivo de Combate ao Racismo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe – SINTESE. “Tivemos uma boa assembleia, com consenso entre as entidades. O Cepir vai ser forte e representativo. Que a gente possa lutar por igualdade racial, por políticas públicas afirmativas, lutar contra o preconceito, racismo e intolerância religiosa. O Conselho também participará da luta neste momento de pandemia, que está levando principalmente a nossa população periférica”, enfatizou Arlete.

A inclusão dos ciganos foi destacada pela representante do Instituto de Cultura, Desenvolvimento Social e Territorial do Povo Cigano, Valda Sousa. “Agradeço muito à Seias por ter aberto esse leque para a gente. É através do Conselho que conseguiremos promover a garantia dos nossos direitos, debater e efetuar políticas públicas para o povo cigano, que é um grupo esquecido. Em estimativa anterior, contabilizamos cerca de 3 mil famílias ciganas em Sergipe, mas esse número pode ser maior. Graças à construção do Cepir, hoje estamos, aqui, tendo este espaço”, disse a cigana Valda.

Próximas etapas

A lista com os candidatos escolhidos na Assembleia de Escolha será publicada no dia 04 de junho, no site da Seias: www.inclusao.se.gov.br. As entidades da sociedade civil com atuação em Sergipe escolhidas terão o período de 07 a 11 de junho para encaminhar ao Cepir/SE ofício com a indicação de um titular e de um suplente. Edital e retificações também podem ser conferidos no site da Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social – Seias.

Confira abaixo a relação das 12 entidades da sociedade civil que fazem parte da primeira composição do Cepir, biênio 2021/2023:

• Movimento Negro Unificado;

• Sociedade de Estudos e Pesquisa Sócio, Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais Omolàiyé;

• Centro de Candomblé Abaçá Obanirá;

• Criliber – Criança e Liberdade;

• Auto-organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria;

• Coletivo Beatriz Nascimento;

• Instituto de Cultura, Desenvolvimento Social e Territorial do Povo Cigano;

• Conselho Regional de Psicologia 19ª região/SE;

• Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe – SINTESE

• Instituto dos Direitos do Povo do Estado de Sergipe – IDPESE;

• Hecta – História Encena Coletivo de Teatro Negro;

• Sociedade Brasileira de Contabilidade.

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Seias implanta Conselho Estadual da Promoção da Igualdade Racial e promove assembleia para escolha de representantes
Doze entidades representativas da sociedade civil foram eleitas para o biênio 2021/2023 
Segunda-Feira, 31 de Maio de 2021 às 13:15:00

Uma Assembleia definiu, na última sexta-feira, 28, os 12 representantes da sociedade civil que irão compor, durante o biênio 2021/2023, o Conselho Estadual da Promoção da Igualdade Racial do Estado de Sergipe – Cepir/SE, implantado de forma inédita pela Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias), através da Diretoria de Inclusão e Direitos Humanos (DIDH). A atuação das entidades é relacionada à promoção da cidadania, igualdade e equidade da população afro-brasileira. Com transmissão virtual Ao Vivo, a reunião continua disponível para visualização através do YouTube Seias/SE.

Importante mecanismo de controle social de políticas públicas, o Conselho Estadual da Promoção da Igualdade Racial será formado por entidades da sociedade civil que representam: movimento negro; comunidades e povos tradicionais de matrizes africanas; comunidades tradicionais quilombolas; organização de mulheres; organização de juventude negra; organização afro cultural; comunidades tradicionais ciganas; trabalhadores; e representante da comunidade científica que desenvolva estudos e/ou pesquisas sobre políticas de ações afirmativas e promoção para a igualdade racial.

A assembleia de escolha foi conduzida pela referência técnica para Povos e Comunidades Tradicionais e População Negra da Seias, Iyá Sônia Oliveira. “Esta é mais uma etapa do nosso processo de criação do Cepir. Quem está na militância sabe da importância da construção desse processo. Agradecemos pela motivação que as entidades tiveram em acessar o edital e entender que, dentro do espaço de luta e militância, poderiam estar aqui, construindo uma política de igualdade racial para o estado de Sergipe”, destacou Iyá Sônia.

A vice-governadora Eliane Aquino ressaltou a importância do Conselho. “Sobretudo num momento de tantas vulnerabilidades aprofundadas pela pandemia, é de grande importância que estejamos conseguindo implantar o Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, reconhecendo o papel fundamental que tem o controle social e a força que tem a representação das entidades, movimentos sociais, povos e comunidades tradicionais nessa instância participativa. Estou gratificada de ver isso acontecendo e desejo que seja um espaço de muito diálogo e somação de esforços na busca por direitos”, afirmou Eliane.

Conselheiras e conselheiros

Representando o Movimento Negro Unificado, Ana Íris descreveu o espaço do Cepir. “O Conselho de Igualdade Racial é um lugar para discutir políticas públicas para as pessoas negras, indígenas e ciganas. E todos tem a sua ancestralidade. Estamos num lugar sagrado. É um lugar de responsabilidade. Essa luta não começou conosco. Daremos continuidade, independente do segmento ou da cor da pele. O mais importante é combatermos o racismo e trabalharmos junto com o Estado. Agradeço muito à militância que me ensinou a ter sensibilidade e a buscar a igualdade”, declarou Ana Íris.

Segundo Laila Oliveira, jornalista e integrante da Auto-organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria, a formação do Cepir é um marco para a população negra sergipana, principalmente durante a pandemia. “Conseguirmos instalar um Conselho Estadual de Igualdade Racial é símbolo de força, conquista, perspectiva e esperança para a nossa população. É de extrema importância e tem uma força simbólica muito grande neste momento de pandemia, em que sabemos que a população negra e pobre é a mais vulnerável e que mais está sendo acometida pela Covid-19. A assembleia foi um processo tranquilo, de muito diálogo e coletividade”, reforçou Laila.

Uma das representantes do segmento de trabalhadores foi Arlete Silva Costa, professora da rede estadual e integrante do Coletivo de Combate ao Racismo do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe – SINTESE. “Tivemos uma boa assembleia, com consenso entre as entidades. O Cepir vai ser forte e representativo. Que a gente possa lutar por igualdade racial, por políticas públicas afirmativas, lutar contra o preconceito, racismo e intolerância religiosa. O Conselho também participará da luta neste momento de pandemia, que está levando principalmente a nossa população periférica”, enfatizou Arlete.

A inclusão dos ciganos foi destacada pela representante do Instituto de Cultura, Desenvolvimento Social e Territorial do Povo Cigano, Valda Sousa. “Agradeço muito à Seias por ter aberto esse leque para a gente. É através do Conselho que conseguiremos promover a garantia dos nossos direitos, debater e efetuar políticas públicas para o povo cigano, que é um grupo esquecido. Em estimativa anterior, contabilizamos cerca de 3 mil famílias ciganas em Sergipe, mas esse número pode ser maior. Graças à construção do Cepir, hoje estamos, aqui, tendo este espaço”, disse a cigana Valda.

Próximas etapas

A lista com os candidatos escolhidos na Assembleia de Escolha será publicada no dia 04 de junho, no site da Seias: www.inclusao.se.gov.br. As entidades da sociedade civil com atuação em Sergipe escolhidas terão o período de 07 a 11 de junho para encaminhar ao Cepir/SE ofício com a indicação de um titular e de um suplente. Edital e retificações também podem ser conferidos no site da Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social – Seias.

Confira abaixo a relação das 12 entidades da sociedade civil que fazem parte da primeira composição do Cepir, biênio 2021/2023:

• Movimento Negro Unificado;

• Sociedade de Estudos e Pesquisa Sócio, Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais Omolàiyé;

• Centro de Candomblé Abaçá Obanirá;

• Criliber – Criança e Liberdade;

• Auto-organização de Mulheres Negras de Sergipe Rejane Maria;

• Coletivo Beatriz Nascimento;

• Instituto de Cultura, Desenvolvimento Social e Territorial do Povo Cigano;

• Conselho Regional de Psicologia 19ª região/SE;

• Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe – SINTESE

• Instituto dos Direitos do Povo do Estado de Sergipe – IDPESE;

• Hecta – História Encena Coletivo de Teatro Negro;

• Sociedade Brasileira de Contabilidade.