Os membros da Sala de Situação receberam, na manhã desta sexta-feira, 16, a visita do superintendente de Operações da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), João Henrique de Araújo Franklin Neto, e da assessora da Presidência da Companhia, Ana Regina Tavares Cavalcanti. Eles foram convidados pelo superintendente de Recursos Hídricos (SRH), Ailton Rocha, da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), que compõe a Sala de Situação.

Todos os representantes dos órgãos estaduais da Sala de Situação participaram da reunião, onde João Henrique Neto explicou todo o trabalho da Chesf, do funcionamento ao controle da vazão. Ele explicou que esta é uma situação normal para o período úmido, que começa em novembro e é marcado pela grande quantidade de chuva.

Os representantes dos órgãos puderam esclarecer diversas dúvidas para desenvolver melhor o trabalho da Sala de Situação. "Este trabalho só beneficia a sociedade. Ainda bem que o Governo do Estado e os municípios estão desenvolvendo ações preventivas", disse João, que confirmou a previsão de vazão em seis mil metros cúbicos por segundo até o dia 22 de fevereiro. Caso ocorram novas chuvas, a Chesf vai ter que aumentar o volume de água. "Nós trabalhamos no reservatório com o que chamamos de volume de espera. Se o volume de água no rio aumentar, vai causar transbordamento. Por isso não deixamos um reservatório chegar a 100% de sua capacidade, para poder receber esse excesso", explicou.

O superintendente destacou ainda que durante esse período, a Chesf envia boletins informativos para diversas instituições, onde descreve a evolução da situação a partir da perspectivas da elevação das descargas do rio acima de três mil metros cúbicos por segundo. João Henrique Neto informou que a Chesf foi acionada a indenizar todos os desabrigados dos municípios ribeirinhos, desde Sobradinho à foz, mas a empresa deve recorrer, pois, a população afetada, em sua maioria, havia ocupado irregularmente a calha do rio.

Benefício

Segundo João Henrique Neto, é preciso um mapeamento das áreas inundáveis das cidades, áreas rurais e comunidades ribeirinhas. Isto ajuda na ocupação dessas áreas situadas abaixo do nível de restrição, permitindo a sua desocupação quando da ocorrência de períodos críticos. "A aproximação com o Governo do Estado, através da Sala de Situação, só vai trazer benefícios para a população, já que vamos discutir ações, tanto para as cheias, como a escassez de água. A articulação entre os governos estadual e municipais deve ser ampliada. O Nordeste tem o privilégio de ter o rio São Francisco e é preciso que se pense a melhor forma de se explorar a área", disse João.

"Esta reunião foi positiva, pois podemos dar um direcionamento melhor para os esforços conjugados da Sala de Situação, para agirmos sempre da melhor maneira, executando a ação correta", disse Sônia Meire, secretária de Inclusão e Desenvolvimento Social e coordenadora da Sala de Situação. A Secretaria, junto com a SEMARH, através da SRH, deve articular uma reunião entre a Agência Nacional das Águas (ANA), a Sala de Situação e os prefeitos do Baixo São Francisco, para nova troca de informações e definição de novas

ações.

Plantão

A Sala de Situação montou um esquema de plantão para o período do Carnaval. "Todos os órgãos estão em estado de alerta. Temos todos os contatos de todos os órgãos que estão de prontidão para qualquer emergência", disse Sônia Meire. O telefone da central é 3214-2580 e o e-mail é saladesituacao@gmail.com.