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Sexta-Feira, 08 de Março de 2024 às 18:45:00
Fórum de Rede de Parcerias inova em Sergipe com painel de políticas para mulheres
O 26º Fórum Regional de Fortalecimento da Rede de Parcerias – Etapa Sergipe encerra programação com protagonismo feminino nos debates, no ‘Dia Internacional da Mulher’

O segundo dia do 26º Fórum Regional de Fortalecimento da Rede de Parcerias inovou em Sergipe ao incluir, pela primeira vez na programação, um painel de ‘Acesso às Políticas para Mulheres’. A escolha do tema foi emblemática, pois coincide com o ‘Dia Internacional da Mulher’, celebrado nesta sexta-feira, 8. A Etapa Sergipe do evento teve abertura oficial nessa quinta-feira, 7, mas entre os dias 4, 5 e 6 ocorreram oficinas, palestras e treinamentos. Os Fóruns Regionais passam por todos os estados do país e têm por objetivo a promoção do fortalecimento e entrosamento entre os integrantes da Rede de Parcerias, formada por gestores, servidores, colaboradores e membros de órgãos e entidades públicas e privadas, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Para mediar o painel nesta sexta-feira, a secretária de Estado de Políticas para Mulheres, Danielle Garcia, falou das ações do Governo do Estado para coibir a violência contra a mulher, além de acolhê-la e atender aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade, como as vítimas de violência doméstica. “Estamos num Fórum que trata de Rede de Parcerias. Todos os órgãos têm que ser parceiros nessa luta. A causa da mulher não se trata apenas da violência, tem também a assistência social, a saúde e a educação. Trabalhamos juntos para contribuir com a mudança da realidade dessa mulher”, disse a gestora.

O painel foi composto também por Valéria Chapman, representante do Instituto Social Ágatha, um movimento que se propõe a resgatar mulheres em situação de vulnerabilidade e que mantém parceria com o Governo do Estado. “O que mais vemos são mulheres que se inserem no ciclo da violência mais de uma vez. Viemos somar esforços para enfrentar esse problema estrutural. Sou mulher, periférica, negra, e notamos que a violência recai muito mais sobre este perfil”, declarou.

A secretária-adjunta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Kathyana Buonafina, também compôs o painel nesta sexta e se declarou satisfeita com todas as abordagens do Fórum, sobretudo com o de políticas para mulheres. “Ter pela primeira vez nos Fóruns Regionais de Parcerias um painel específico sobre política para as mulheres, no ‘Dia Internacional da Mulher’, foi simbólico! Tivemos hoje o olhar da gestão, do que se pode aprimorar para dar oportunidades a essas mulheres e também contamos com as experiências das Organizações da Sociedade no atendimento e qualificação dessas mulheres para o mercado de trabalho. Não conhecia as mulheres que se pronunciaram hoje e foi uma surpresa quando a representante da Unit falou da criação de uma premiação na categoria jovens mulheres cientistas, para incentivá-las a ingressar em áreas de tecnologia. Isso mostra a importância da construção dessa Rede de Parceiras entre os entes federados e poderes com a sociedade civil, com a Academia e organismos internacionais, para realizarmos políticas públicas efetivas e enfrentar esse grande problema histórico, que é a violência contra a mulher”, definiu.

Violência
Segundo pesquisa do Instituto DataSenado, divulgada em fevereiro passado, apenas duas em cada dez mulheres se sentem bem informadas em relação à Lei Maria da Penha, que as protege contra a violência. Representando a Coordenadoria da Mulher, do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), a assistente social Shirley Leite trouxe para o Fórum os desafios no trabalho de conscientização da violência doméstica. 

“Muitas mulheres sequer sabem que estão dentro do ciclo da violência. Trabalho com a doutora Jumara Porto Pinheiro, que é a juíza coordenadora, e nosso papel é voltado para o enfrentamento e prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher. Em 2023, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio. É interessante que a gente aborde essa temática quase 50 anos depois da criação do ‘Dia Internacional da Mulher’. Precisamos bater nessa tecla de que as mulheres estão morrendo vítimas do machismo. Ainda hoje o homem é socializado desde a infância, tanto na família, como na escola, nas igrejas, nas religiões, enfim, para ser agressivo, em nome de uma virilidade equivocada”, expôs.

A Coordenadoria da Mulher do (TJSE) foi criada em 2012, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e uma das frentes de trabalho é com adolescentes, a fim de ajudá-las a identificar os primeiros sinais de violência e agressividade. “Muitas mulheres permanecem na relação, porque não se vêem como vítimas de violência doméstica, justamente porque há uma certa normalização de comportamentos que não devem ser admitidos. Daí a importância de se trabalhar desde cedo, com as adolescentes”, completou.

O 26º Fórum Regional de Fortalecimento da Rede de Parcerias – Etapa Sergipe é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria Especial de Representação de Sergipe em Brasília (Serese), em parceria com a Secretaria de Gestão e Inovação, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), e apoio da Prefeitura de Aracaju, Federação dos Municípios Sergipanos (Fames), Tribunal de Contas do Estado (TCE-SE) e Universidade Tiradentes (Unit).

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Fórum de Rede de Parcerias inova em Sergipe com painel de políticas para mulheres
O 26º Fórum Regional de Fortalecimento da Rede de Parcerias – Etapa Sergipe encerra programação com protagonismo feminino nos debates, no ‘Dia Internacional da Mulher’
Sexta-Feira, 08 de Março de 2024 às 18:45:00

O segundo dia do 26º Fórum Regional de Fortalecimento da Rede de Parcerias inovou em Sergipe ao incluir, pela primeira vez na programação, um painel de ‘Acesso às Políticas para Mulheres’. A escolha do tema foi emblemática, pois coincide com o ‘Dia Internacional da Mulher’, celebrado nesta sexta-feira, 8. A Etapa Sergipe do evento teve abertura oficial nessa quinta-feira, 7, mas entre os dias 4, 5 e 6 ocorreram oficinas, palestras e treinamentos. Os Fóruns Regionais passam por todos os estados do país e têm por objetivo a promoção do fortalecimento e entrosamento entre os integrantes da Rede de Parcerias, formada por gestores, servidores, colaboradores e membros de órgãos e entidades públicas e privadas, dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Para mediar o painel nesta sexta-feira, a secretária de Estado de Políticas para Mulheres, Danielle Garcia, falou das ações do Governo do Estado para coibir a violência contra a mulher, além de acolhê-la e atender aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade, como as vítimas de violência doméstica. “Estamos num Fórum que trata de Rede de Parcerias. Todos os órgãos têm que ser parceiros nessa luta. A causa da mulher não se trata apenas da violência, tem também a assistência social, a saúde e a educação. Trabalhamos juntos para contribuir com a mudança da realidade dessa mulher”, disse a gestora.

O painel foi composto também por Valéria Chapman, representante do Instituto Social Ágatha, um movimento que se propõe a resgatar mulheres em situação de vulnerabilidade e que mantém parceria com o Governo do Estado. “O que mais vemos são mulheres que se inserem no ciclo da violência mais de uma vez. Viemos somar esforços para enfrentar esse problema estrutural. Sou mulher, periférica, negra, e notamos que a violência recai muito mais sobre este perfil”, declarou.

A secretária-adjunta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Kathyana Buonafina, também compôs o painel nesta sexta e se declarou satisfeita com todas as abordagens do Fórum, sobretudo com o de políticas para mulheres. “Ter pela primeira vez nos Fóruns Regionais de Parcerias um painel específico sobre política para as mulheres, no ‘Dia Internacional da Mulher’, foi simbólico! Tivemos hoje o olhar da gestão, do que se pode aprimorar para dar oportunidades a essas mulheres e também contamos com as experiências das Organizações da Sociedade no atendimento e qualificação dessas mulheres para o mercado de trabalho. Não conhecia as mulheres que se pronunciaram hoje e foi uma surpresa quando a representante da Unit falou da criação de uma premiação na categoria jovens mulheres cientistas, para incentivá-las a ingressar em áreas de tecnologia. Isso mostra a importância da construção dessa Rede de Parceiras entre os entes federados e poderes com a sociedade civil, com a Academia e organismos internacionais, para realizarmos políticas públicas efetivas e enfrentar esse grande problema histórico, que é a violência contra a mulher”, definiu.

Violência
Segundo pesquisa do Instituto DataSenado, divulgada em fevereiro passado, apenas duas em cada dez mulheres se sentem bem informadas em relação à Lei Maria da Penha, que as protege contra a violência. Representando a Coordenadoria da Mulher, do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE), a assistente social Shirley Leite trouxe para o Fórum os desafios no trabalho de conscientização da violência doméstica. 

“Muitas mulheres sequer sabem que estão dentro do ciclo da violência. Trabalho com a doutora Jumara Porto Pinheiro, que é a juíza coordenadora, e nosso papel é voltado para o enfrentamento e prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher. Em 2023, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio. É interessante que a gente aborde essa temática quase 50 anos depois da criação do ‘Dia Internacional da Mulher’. Precisamos bater nessa tecla de que as mulheres estão morrendo vítimas do machismo. Ainda hoje o homem é socializado desde a infância, tanto na família, como na escola, nas igrejas, nas religiões, enfim, para ser agressivo, em nome de uma virilidade equivocada”, expôs.

A Coordenadoria da Mulher do (TJSE) foi criada em 2012, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e uma das frentes de trabalho é com adolescentes, a fim de ajudá-las a identificar os primeiros sinais de violência e agressividade. “Muitas mulheres permanecem na relação, porque não se vêem como vítimas de violência doméstica, justamente porque há uma certa normalização de comportamentos que não devem ser admitidos. Daí a importância de se trabalhar desde cedo, com as adolescentes”, completou.

O 26º Fórum Regional de Fortalecimento da Rede de Parcerias – Etapa Sergipe é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria Especial de Representação de Sergipe em Brasília (Serese), em parceria com a Secretaria de Gestão e Inovação, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), e apoio da Prefeitura de Aracaju, Federação dos Municípios Sergipanos (Fames), Tribunal de Contas do Estado (TCE-SE) e Universidade Tiradentes (Unit).