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Terça-Feira, 09 de Abril de 2024 às 17:30:00
Governo amplia aquisição de alimentos provenientes da agricultura familiar para merenda escolar da rede estadual
O Governo de Sergipe está investindo neste primeiro momento quase R$ 10 milhões na aquisição de gêneros alimentícios de 12 cooperativas de agricultores e camponeses

A partir desta segunda-feira, 8, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), começou a entregar hortifrútis e raízes provenientes da Agricultura Familiar às unidades escolares da rede pública estadual de ensino. O filé de camarão também está sendo incorporado ao cardápio das escolas de tempo integral de Aracaju, além de já ser ofertado nas escolas das diretorias de educação do Baixo São Francisco e do sul sergipano.

Doze cooperativas de agricultores familiares e camponesas estão aptas a fornecer os alimentos com um investimento de R$ R$ 9.742.601,34. A primeira chamada contempla a macaxeira descascada e embalada a vácuo, alface, cebolinha, couve manteiga, coentro, inhame in natura, abacaxi, melancia, abóbora, espiga de milho, melão, filé de camarão congelado, tangerina e laranja.

De acordo com a diretora de Alimentação Escolar da Seduc, Lucileide Rodrigues, a aquisição dos gêneros alimentícios dos cooperados faz parte da política de Estado de regionalização da merenda escolar, além de motivar os pequenos agricultores a escoar a produção, gerando renda e disponibilizando produtos com selo de procedência de qualidade diretamente para os pratos da merenda escolar.

No Centro de Excelência Jornalista Paulo Costa, em Aracaju, a primeira entrega foi de melancia, maçã, abóbora e banana. A diretora da unidade escolar, Deise Nascimento, disse sentir-se entusiasmada por receber os itens da agricultura familiar para somar ao cardápio. “Com esses itens podemos, além de diversificar a oferta, proporcionar a garantia da qualidade da alimentação, como também suprir a carência de vitaminas entre nossos alunos. Saímos do foco dos alimentos industrializados para introduzir alimentos mais saudáveis e diversificados ao paladar de nossos alunos. Dessa forma, acredito que muitas lacunas relacionadas ao campo da alimentação serão equacionadas em cada comunidade escolar”, afirmou.

O camarão voltou a fazer parte do cardápio escolar como opção de proteína no Centro de Excelência Paulo Freire, na capital sergipana, juntamente com as carnes de boi, frango e porco. De acordo com a diretora, Andréa Ribeiro, nos próximos dias a escola adquirirá coco. A previsão é de servir o crustáceo como ensopado. “Paralelamente ao camarão, serviremos o frango. A gente também tem o lombo da carne suína, que fazemos ao forno”, disse.

Alunas das terceiras séries do Paulo Freire, Jamile Vitória e Beatriz Waleska destacam que as hortaliças e frutas provenientes de cooperativas pequenas trazem mais confiança para os alunos, já que estão consumindo produtos com mais qualidade. “Chegam frutas mais variadas. Às vezes servem melancia, às vezes banana”, afirmou Jamile, que é vegetariana.

Escoamento da produção

O presidente da Cooperativa de Produção Agroindustrial e Comercialização do Estado de Sergipe (Coopac), Jadson Lourenço, lembra que os agricultores cooperados passaram a se profissionalizar quando começaram a ter a certeza de que há escoamento da produção. “Antes, era complicado introduzir um novo produto na chamada pública, pois alguns itens tinham uma grande demanda e os agricultores não tinham como arcar. Com a articulação do Departamento de Alimentação Escolar da Seduc, estamos conseguindo regionalizar alguns produtos; conseguimos colocar 11 toneladas de melão. Vamos organizar para que possamos aumentar a produtividade, fazendo escalas para conseguirmos colocar o melão em todas as escolas do estado”, conta.

Jadson Lourenço ainda lembra que, somente no assentamento Jacaré-Curituba, em Poço Redondo, os pequenos agricultores plantaram milho e, a partir do dia 8 de maio, o transporte já passou a entregar os itens nas escolas da Grande Aracaju e de Aracaju. “É um programa muito importante para nós, pequenos agricultores. Retornamos com a cooperativa porque é muito gratificante podermos trabalhar com garantia. A gente está fazendo um trabalho de organização dos produtores, escalas, e sabemos quanto vamos tirar, o que vamos vender, o preço. É uma oportunidade de mercado que se abre”, avalia.

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Governo amplia aquisição de alimentos provenientes da agricultura familiar para merenda escolar da rede estadual
O Governo de Sergipe está investindo neste primeiro momento quase R$ 10 milhões na aquisição de gêneros alimentícios de 12 cooperativas de agricultores e camponeses
Terça-Feira, 09 de Abril de 2024 às 17:30:00

A partir desta segunda-feira, 8, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), começou a entregar hortifrútis e raízes provenientes da Agricultura Familiar às unidades escolares da rede pública estadual de ensino. O filé de camarão também está sendo incorporado ao cardápio das escolas de tempo integral de Aracaju, além de já ser ofertado nas escolas das diretorias de educação do Baixo São Francisco e do sul sergipano.

Doze cooperativas de agricultores familiares e camponesas estão aptas a fornecer os alimentos com um investimento de R$ R$ 9.742.601,34. A primeira chamada contempla a macaxeira descascada e embalada a vácuo, alface, cebolinha, couve manteiga, coentro, inhame in natura, abacaxi, melancia, abóbora, espiga de milho, melão, filé de camarão congelado, tangerina e laranja.

De acordo com a diretora de Alimentação Escolar da Seduc, Lucileide Rodrigues, a aquisição dos gêneros alimentícios dos cooperados faz parte da política de Estado de regionalização da merenda escolar, além de motivar os pequenos agricultores a escoar a produção, gerando renda e disponibilizando produtos com selo de procedência de qualidade diretamente para os pratos da merenda escolar.

No Centro de Excelência Jornalista Paulo Costa, em Aracaju, a primeira entrega foi de melancia, maçã, abóbora e banana. A diretora da unidade escolar, Deise Nascimento, disse sentir-se entusiasmada por receber os itens da agricultura familiar para somar ao cardápio. “Com esses itens podemos, além de diversificar a oferta, proporcionar a garantia da qualidade da alimentação, como também suprir a carência de vitaminas entre nossos alunos. Saímos do foco dos alimentos industrializados para introduzir alimentos mais saudáveis e diversificados ao paladar de nossos alunos. Dessa forma, acredito que muitas lacunas relacionadas ao campo da alimentação serão equacionadas em cada comunidade escolar”, afirmou.

O camarão voltou a fazer parte do cardápio escolar como opção de proteína no Centro de Excelência Paulo Freire, na capital sergipana, juntamente com as carnes de boi, frango e porco. De acordo com a diretora, Andréa Ribeiro, nos próximos dias a escola adquirirá coco. A previsão é de servir o crustáceo como ensopado. “Paralelamente ao camarão, serviremos o frango. A gente também tem o lombo da carne suína, que fazemos ao forno”, disse.

Alunas das terceiras séries do Paulo Freire, Jamile Vitória e Beatriz Waleska destacam que as hortaliças e frutas provenientes de cooperativas pequenas trazem mais confiança para os alunos, já que estão consumindo produtos com mais qualidade. “Chegam frutas mais variadas. Às vezes servem melancia, às vezes banana”, afirmou Jamile, que é vegetariana.

Escoamento da produção

O presidente da Cooperativa de Produção Agroindustrial e Comercialização do Estado de Sergipe (Coopac), Jadson Lourenço, lembra que os agricultores cooperados passaram a se profissionalizar quando começaram a ter a certeza de que há escoamento da produção. “Antes, era complicado introduzir um novo produto na chamada pública, pois alguns itens tinham uma grande demanda e os agricultores não tinham como arcar. Com a articulação do Departamento de Alimentação Escolar da Seduc, estamos conseguindo regionalizar alguns produtos; conseguimos colocar 11 toneladas de melão. Vamos organizar para que possamos aumentar a produtividade, fazendo escalas para conseguirmos colocar o melão em todas as escolas do estado”, conta.

Jadson Lourenço ainda lembra que, somente no assentamento Jacaré-Curituba, em Poço Redondo, os pequenos agricultores plantaram milho e, a partir do dia 8 de maio, o transporte já passou a entregar os itens nas escolas da Grande Aracaju e de Aracaju. “É um programa muito importante para nós, pequenos agricultores. Retornamos com a cooperativa porque é muito gratificante podermos trabalhar com garantia. A gente está fazendo um trabalho de organização dos produtores, escalas, e sabemos quanto vamos tirar, o que vamos vender, o preço. É uma oportunidade de mercado que se abre”, avalia.