Uma história de conquistas. Um slogan que representa tão bem mais uma edição dos Jogos da Primavera, em seu quadragésimo aniversário neste formato. Em mais um ano de recordes, a 40ª edição dos Jogos da Primavera não deixa de surpreender com a diversidade de histórias de ex-atletas que deixaram suas marcas durante essa grande trajetória.

No estado de Sergipe, a conexão entre esporte e educação pública ganha ainda mais destaque com os Jogos da Primavera, a maior competição de desportos escolares do estado. Uma conexão que vai muito além do tempo e ainda está fresquinha na memória de quem prestigia os Jogos da Primavera até hoje.

Relatos históricos

É o caso de dois ex-alunos do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, os atletas Magarete Silva do Nascimento e Pedro Jorge Morais Menezes. Ambos foram destaques sergipanos na década de 1970, na modalidade da ginástica olímpica, e desfilaram com outros ex-estudantes atletas do colégio na abertura dos Jogos da Primavera. Margarete Silva, ex-atleta e aluna do Atheneu Sergipense, compartilhou um pouco de sua jornada com os Jogos da Primavera, revisitando o caminho que a levou a representar a seleção sergipana de ginástica a partir das competições escolares.

“Tenho 68 anos e fiquei muito feliz de ser convidada para participar deste evento. Estou arrepiada. Comecei a minha jornada na ginástica em 1969, conquistando inúmeras medalhas e sendo também chamada para a Seleção Olímpica Sergipana na época. Hoje, continuo a praticar esportes, principalmente a natação e a corrida”, relatou Magarete, de maneira emocionada. Para ela, essa continuidade dos Jogos representa mais do que apenas disputas por medalhas, é um testemunho vivo do poder transformador do esporte em sua vida.

Já Pedro Jorge foi multiatleta nos Jogos da Primavera, mas também se destacou na Ginástica Olímpica na década de 1970. Como atleta muito ativo do colégio, conquistou diversos pódios em muitas modalidades, com destaque para a ginástica olímpica. Ele próprio chegou a ter a oportunidade, inclusive, de acender a pira olímpica na edição de 1971. Para Pedro Jorge, a emoção de representar sua escola na cerimônia atual é indescritível, uma vez que revive memórias de uma época marcante de sua vida.

“Hoje, eu estou aqui, desfilando pelo Atheneu com todo meu espírito e sentindo uma emoção que não tem como descrever, não tem como expressar. Agora, estou com certa idade e passamos por muitas coisas na vida boa, muito graças aos Jogos da Primavera”, citou Pedro Jorge.

Assim como os antigos estudantes, os ex-professores da rede estadual também preenchem uma grande parte das participações nos Jogos da Primavera. Um desses ex-professores é o atual coordenador do Colégio Estadual Jornalista Paulo Costa, Eloy Filho. Ele compartilhou, emocionado, suas memórias sobre sua participação nos Jogos da Primavera como atleta. Desde os anos 1970 até os anos 1980, representou os colégios General Valadão e também o Atheneu, destacando-se em modalidades como handebol e atletismo, que lhe renderam bolsas de estudo em outros colégios.

Para Eloy, ver tantos jovens participando da solenidade de abertura dos 40 anos dos Jogos da Primavera é motivo de grande emoção. “Vendo essa garotada aqui vivenciando essa história é emocionante. Me transformei e conheci parte do país através do esporte e também da educação pública, sem sombra de dúvidas”, enalteceu Eloy.

Presença ilustre

O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, foi ferrenho participante dos Jogos da Primavera quando estudante em Sergipe. Além disso, participou de outras competições nacionais, a exemplo dos Jogos Estudantis Brasileiros. Agora, como gestor do Estado, Fábio Mitidieri reflete sobre mais uma edição histórica do evento, que reúne mais de 16 mil inscrições, 400 escolas, em 27 modalidades durante 60 dias.

“Eu, como entusiasta do esporte, fico muito feliz com esta edição. Mais uma edição de recordes. Participei dos Jogos da Primavera e destaco o valor social que o esporte tem em transformar o estudante em um cidadão melhor, também por meio da educação”, finalizou Fábio Mitidieri.