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Terça-Feira, 30 de Abril de 2019 às 19:29:00
Acolhidos da Casa de Passagem assistem a peça teatral da Alese sobre Maria da Penha
Abordando o tema da violência contra a mulher, a esquete apresentou, para as 20 pessoas atualmente acolhidas pela Casa, a história de vida de Maria da Penha

Os acolhidos da Casa de Passagem Estadual receberam, na manhã desta terça-feira (30), a comovente peça teatral “Maria da Penha: uma história de luta”, encenada pela Cia de Arte Alese - Assembléia Legislativa de Sergipe, a convite da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit). Abordando o tema da violência contra a mulher, a esquete apresentou, para as 20 pessoas atualmente acolhidas pela Casa, a história de vida de Maria da Penha, até ela dar nome à Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006.

A coordenadora da Cia de Arte Alese, Mônica Moreira, destacou que o grupo busca esse tipo de parceria para apresentar suas peças educativas. “Já estamos na estrada há quatro anos e vimos que a violência contra a mulher estava sempre presente. Então fizemos esse espetáculo quando foram celebrados os 10 anos da Lei Maria da Penha, em 2016. Todos necessitam ter essa conscientização, em especial o público que tivemos aqui hoje, que muitas vezes não tem acesso à educação. Quando surgiu esse convite para virmos aqui, foi uma felicidade muito grande. Hoje foi um reconhecimento do objetivo do nosso projeto, que é fomentar a educação através do lúdico”, contou.

Pedro Avelino da Rocha Filho é artista de rua e, hoje, é um dos acolhidos pela Casa de Passagem, onde está há cerca dois meses. Ele conta que a peça teatral trouxe a orientação sobre o que fazer ao presenciar uma violência. “Nós vamos vivendo e aprendendo, principalmente na rua. Mas, aqui é um espaço que temos segurança e podemos aprender através de outras pessoas. Hoje, tivemos o conhecimento de como foi o passado de Maria da Penha até vir a lei. Temos que nos ajudar. Eu sou contra a violência e quando vejo alguém na rua batendo em uma mulher, em um idoso ou até mesmo em um animal abandonado, eu interfiro. Penso que todo ser vivo merece ser respeitado”, afirmou.

No ano de 2018, a Casa de Passagem Estadual realizou 179 acolhimentos de pessoas em situação de rua ou em trânsito. Nos quatro primeiros meses de 2019, a unidade já acolheu 68 pessoas, segundo a coordenadora do espaço, Jainne Oliveira. “Temos capacidade para atender até 50 pessoas a cada três meses e, atualmente, estamos acolhendo 20 pessoas, que podem ficar aqui por até 90 dias, enquanto buscam oportunidades de trabalho. Estamos sempre procurando fazer parcerias com os setores de educação, assistência e cultura para desenvolvermos atividades durante todo o ano. A ação de hoje foi muito importante, pois infelizmente ainda são altos os índices de feminicídio, e precisamos conscientizar tanto mulheres quanto homens”, disse.

O acesso à Casa de Passagem Estadual se dá através do encaminhamento de diversos órgãos estaduais e municipais. São eles: Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE), Hospital Nestor Piva, Urgência Mental do Hospital São José, Centro de Atendimento Psicossocial Primavera (Caps AD) e Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop).

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Acolhidos da Casa de Passagem assistem a peça teatral da Alese sobre Maria da Penha
Abordando o tema da violência contra a mulher, a esquete apresentou, para as 20 pessoas atualmente acolhidas pela Casa, a história de vida de Maria da Penha
Terça-Feira, 30 de Abril de 2019 às 19:29:00

Os acolhidos da Casa de Passagem Estadual receberam, na manhã desta terça-feira (30), a comovente peça teatral “Maria da Penha: uma história de luta”, encenada pela Cia de Arte Alese - Assembléia Legislativa de Sergipe, a convite da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit). Abordando o tema da violência contra a mulher, a esquete apresentou, para as 20 pessoas atualmente acolhidas pela Casa, a história de vida de Maria da Penha, até ela dar nome à Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006.

A coordenadora da Cia de Arte Alese, Mônica Moreira, destacou que o grupo busca esse tipo de parceria para apresentar suas peças educativas. “Já estamos na estrada há quatro anos e vimos que a violência contra a mulher estava sempre presente. Então fizemos esse espetáculo quando foram celebrados os 10 anos da Lei Maria da Penha, em 2016. Todos necessitam ter essa conscientização, em especial o público que tivemos aqui hoje, que muitas vezes não tem acesso à educação. Quando surgiu esse convite para virmos aqui, foi uma felicidade muito grande. Hoje foi um reconhecimento do objetivo do nosso projeto, que é fomentar a educação através do lúdico”, contou.

Pedro Avelino da Rocha Filho é artista de rua e, hoje, é um dos acolhidos pela Casa de Passagem, onde está há cerca dois meses. Ele conta que a peça teatral trouxe a orientação sobre o que fazer ao presenciar uma violência. “Nós vamos vivendo e aprendendo, principalmente na rua. Mas, aqui é um espaço que temos segurança e podemos aprender através de outras pessoas. Hoje, tivemos o conhecimento de como foi o passado de Maria da Penha até vir a lei. Temos que nos ajudar. Eu sou contra a violência e quando vejo alguém na rua batendo em uma mulher, em um idoso ou até mesmo em um animal abandonado, eu interfiro. Penso que todo ser vivo merece ser respeitado”, afirmou.

No ano de 2018, a Casa de Passagem Estadual realizou 179 acolhimentos de pessoas em situação de rua ou em trânsito. Nos quatro primeiros meses de 2019, a unidade já acolheu 68 pessoas, segundo a coordenadora do espaço, Jainne Oliveira. “Temos capacidade para atender até 50 pessoas a cada três meses e, atualmente, estamos acolhendo 20 pessoas, que podem ficar aqui por até 90 dias, enquanto buscam oportunidades de trabalho. Estamos sempre procurando fazer parcerias com os setores de educação, assistência e cultura para desenvolvermos atividades durante todo o ano. A ação de hoje foi muito importante, pois infelizmente ainda são altos os índices de feminicídio, e precisamos conscientizar tanto mulheres quanto homens”, disse.

O acesso à Casa de Passagem Estadual se dá através do encaminhamento de diversos órgãos estaduais e municipais. São eles: Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE), Hospital Nestor Piva, Urgência Mental do Hospital São José, Centro de Atendimento Psicossocial Primavera (Caps AD) e Centro de Referência Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop).