Com o intuito de capacitar os profissionais, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Coordenação de Vigilância Epidemiológica, realizou, na manhã desta segunda-feira, 15, uma atualização e capacitação para atuar na Unidade Móvel ‘Fique Sabendo’. Na ocasião, os profissionais de saúde que atuam ou que irão atuar na Unidade Móvel, puderam aprofundar os conhecimentos a respeito do aconselhamento, uma parte fundamental para atender ao paciente após o teste rápido. Além disso, aprenderam, na prática, a execução dos testes rápidos.

Segundo a referência técnica do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Karla Anacleto, a ideia de promover a capacitação para a Unidade Móvel objetivou atualizar os profissionais que já trabalham na equipe e também capacitar novos profissionais. “Temos uma rotina frequente de eventos realizados para prevenção das infecções sexualmente transmissíveis – ISTs, o que acaba demandando uma grande rotatividade de profissionais, e além disso, muitos eventos são realizados aos finais de semana, o que acaba necessitando de um quantitativo de recursos humanos disponível para participar dessas atividades. Nosso objetivo, para além de capacitar, também é aumentar o quantitativo de profissionais, para que a gente possa ter um revezamento maior de profissionais”, explicou.

No contexto das IST/Aids, o aconselhamento é uma importante intervenção para prevenção da transmissão das infecções e para a adesão ao tratamento das pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA). O Ministério da Saúde orienta a realização de aconselhamento para execução dos testes de HIV, sífilis e hepatites B e C. Segundo o técnico do Programa IST/Aids, Almir Santana, o processo de aconselhamento é composto pelo apoio emocional e educativo e pela avaliação dos riscos. 

“Os profissionais precisam saber como fazer o aconselhamento, pois, a depender do resultado, o paciente poderá ter intensa resposta emocional, como o medo e sentimentos de exposição. A revelação diagnóstica pode colocar o indivíduo testado diante de uma mudança de vida, caso precise iniciar sua trajetória de tratamento ou apenas adotar maiores cuidados para minimizar os riscos de suas práticas sexuais, nos casos de resultados negativos. Por isso, a abordagem deve ser respeitadora e compreensiva”, revelou Almir Santana.

A farmacêutica Jayane Cruz participou da capacitação e ressaltou que o evento é necessário para aprimorar os conhecimentos e prestar um melhor atendimento ao paciente. “Há pouco tempo que estou na vigilância epidemiológica, então é uma novidade para mim. Esse curso é muito importante para todos os profissionais, uma vez que vamos saber como fazer os testes rápidos e até como aconselhar. Foi um curso bastante produtivo e, com certeza, irei compartilhar com outras pessoas o que eu aprendi nesta manhã”, frisou Jayane.