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Quinta-Feira, 21 de Maio de 2020 às 10:30:00
Controle de qualidade das amostras de covid-19 é tema de tele-educação
A abordagem do tema buscou minimizar erros pré-analíticos, de processamento, que possam interferir no resultado e/ou invalidar a amostra. 

Com o objetivo de orientar e esclarecer os pontos  do controle de qualidade, após a coleta no paciente, para um processamento adequado e um resultado fidedigno, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), promoveu, nesta quarta-feira, 20, uma tele-educação sobre o "Controle de qualidade das amostras da covid-19". A abordagem do tema buscou minimizar erros pré-analíticos, de processamento, que possam interferir no resultado e/ou invalidar a amostra. 

Aberta a profissionais de saúde em geral, além de técnicos encarregados desse processamento nas unidades, a webaula foi ministrada pela referência técnica (RT) do Núcleo Estadual de Segurança do Paciente e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, Maiza Daiane A. de Souza. Durante a webpalestra, a RT afirmou que o sucesso do diagnóstico depende da qualidade do espécime clínico coletado, do transporte adequado e das condições de armazenamento antes do processamento no laboratório. “Em situações de surto, as coletas de amostras clínicas devem ser realizadas na unidade de saúde mais próxima ou dentro do próprio ambiente de ocorrência do surto, caso haja condições de minimizar a transmissão do agente infeccioso durante o procedimento”.

A coleta e armazenamento do espécime para investigação do coronavírus (SARS-CoV-2) deve seguir criteriosamente o protocolo para Influenza publicado pelo Ministério da Saúde (MS). De acordo com a palestrante, de uma forma geral, “o espécime preferencial para o diagnóstico laboratorial é a secreção da nasofaringe (SNF). Se necessário, a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF), ou a amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronco alveolar), considerando novos vírus ou novos subtipos virais em processos pandêmicos e estado clínico do paciente”, explicou.

Maiza reforçou que é importante ter atenção na escolha do que será coletado, pois existem outros exames, de acordo com a citomatologia do paciente, e saber o que vai coletar, a região anatômica correta a ser coletada e o momento adequado. “É na fase pré-analítica que se garante a qualidade do material que será processado, desde a coleta de swabs combinado nasofaringe (nasal/oral), obtido entre o terceiro e sétimo dia do início do aparecimento dos sintomas, período de fase aguda da doença, mantida a uma refrigeração adequada de 4°C a 8°C e encaminhadas ao Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), preferencialmente no mesmo dia ou em até 48h, se mantida adequadamente refrigerada”.

Transporte do material
 
Antes do envio do material, o responsável pela coleta deve cadastrar a requisição de solicitação de exame no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), preenchido adequadamente, conforme orientação dos órgãos competentes. Essa ficha deve ir junto à amostra, com sua respectiva identificação. O transporte também é quesito de interferência e deve ser otimizado para garantir uma máxima recuperação dos espécimes. “O Meio de Transporte Viral (MTV) utilizado é determinante de garantia de qualidade. Por isso é necessário que o Swab com material coletado esteja corretamente introduzido no meio com suas hastes cortadas e o tubo devidamente fechado, de forma que garanta o não vazamento do meio durante o transporte”, destacou Maiza. 

Antes do processamento, na fase analítica, deve-se avaliar se o espécime foi adequadamente coletado e transportado, para evitar a geração de falsos resultados e formação de aerossóis. Também é preciso notificar a Unidade Sentinela no eventual recebimento de amostras inadequadas. Considerando a possibilidade da manipulação de um vírus exótico ou emergente, a amostra deve ser encaminhada ao Laboratório de Referência Nacional/Fiocruz.

Ao receber o material, o Lacen separa alíquotas distintas, sendo uma para o diagnóstico do paciente e enviado a unidade, e a outra para envio ao Laboratório de Referência. A alíquota que será enviada ao laboratório de referência deverá ser armazenada e congelada, preferencialmente a -70°C, até seu envio, em gelo seco. Dessa forma, o Lacen processará o material na mesma semana epidemiológica do recebimento da amostra.

A tele-educação desta quarta-feira, 20, teve a participação de 43 pontos de acesso em 23 municípios de cinco estados brasileiros. Em breve estará disponível no YouTube, no canal Telessaúde Sergipe. “O Telessaúde Sergipe busca qualificar os trabalhadores de saúde em todos os serviços. Na webpalestra de hoje abordamos um importante tema para o enfrentamento dessa pandemia, que objetivou instrumentalizar esses profissionais de modo a garantir a qualidade dos resultados obtidos nos testes de covid-19. Por isso o processo de coleta da amostra e seu devido registro é parte fundamental”, informou a coordenadora do Telessaúde Sergipe, Eneida Ferreira. 

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Controle de qualidade das amostras de covid-19 é tema de tele-educação
A abordagem do tema buscou minimizar erros pré-analíticos, de processamento, que possam interferir no resultado e/ou invalidar a amostra. 
Quinta-Feira, 21 de Maio de 2020 às 10:30:00

Com o objetivo de orientar e esclarecer os pontos  do controle de qualidade, após a coleta no paciente, para um processamento adequado e um resultado fidedigno, a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através do Telessaúde Sergipe, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), promoveu, nesta quarta-feira, 20, uma tele-educação sobre o "Controle de qualidade das amostras da covid-19". A abordagem do tema buscou minimizar erros pré-analíticos, de processamento, que possam interferir no resultado e/ou invalidar a amostra. 

Aberta a profissionais de saúde em geral, além de técnicos encarregados desse processamento nas unidades, a webaula foi ministrada pela referência técnica (RT) do Núcleo Estadual de Segurança do Paciente e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, Maiza Daiane A. de Souza. Durante a webpalestra, a RT afirmou que o sucesso do diagnóstico depende da qualidade do espécime clínico coletado, do transporte adequado e das condições de armazenamento antes do processamento no laboratório. “Em situações de surto, as coletas de amostras clínicas devem ser realizadas na unidade de saúde mais próxima ou dentro do próprio ambiente de ocorrência do surto, caso haja condições de minimizar a transmissão do agente infeccioso durante o procedimento”.

A coleta e armazenamento do espécime para investigação do coronavírus (SARS-CoV-2) deve seguir criteriosamente o protocolo para Influenza publicado pelo Ministério da Saúde (MS). De acordo com a palestrante, de uma forma geral, “o espécime preferencial para o diagnóstico laboratorial é a secreção da nasofaringe (SNF). Se necessário, a coleta de aspirado de nasofaringe (ANF), ou a amostra de secreção respiratória inferior (escarro ou lavado traqueal ou lavado bronco alveolar), considerando novos vírus ou novos subtipos virais em processos pandêmicos e estado clínico do paciente”, explicou.

Maiza reforçou que é importante ter atenção na escolha do que será coletado, pois existem outros exames, de acordo com a citomatologia do paciente, e saber o que vai coletar, a região anatômica correta a ser coletada e o momento adequado. “É na fase pré-analítica que se garante a qualidade do material que será processado, desde a coleta de swabs combinado nasofaringe (nasal/oral), obtido entre o terceiro e sétimo dia do início do aparecimento dos sintomas, período de fase aguda da doença, mantida a uma refrigeração adequada de 4°C a 8°C e encaminhadas ao Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), preferencialmente no mesmo dia ou em até 48h, se mantida adequadamente refrigerada”.

Transporte do material
 
Antes do envio do material, o responsável pela coleta deve cadastrar a requisição de solicitação de exame no Sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), preenchido adequadamente, conforme orientação dos órgãos competentes. Essa ficha deve ir junto à amostra, com sua respectiva identificação. O transporte também é quesito de interferência e deve ser otimizado para garantir uma máxima recuperação dos espécimes. “O Meio de Transporte Viral (MTV) utilizado é determinante de garantia de qualidade. Por isso é necessário que o Swab com material coletado esteja corretamente introduzido no meio com suas hastes cortadas e o tubo devidamente fechado, de forma que garanta o não vazamento do meio durante o transporte”, destacou Maiza. 

Antes do processamento, na fase analítica, deve-se avaliar se o espécime foi adequadamente coletado e transportado, para evitar a geração de falsos resultados e formação de aerossóis. Também é preciso notificar a Unidade Sentinela no eventual recebimento de amostras inadequadas. Considerando a possibilidade da manipulação de um vírus exótico ou emergente, a amostra deve ser encaminhada ao Laboratório de Referência Nacional/Fiocruz.

Ao receber o material, o Lacen separa alíquotas distintas, sendo uma para o diagnóstico do paciente e enviado a unidade, e a outra para envio ao Laboratório de Referência. A alíquota que será enviada ao laboratório de referência deverá ser armazenada e congelada, preferencialmente a -70°C, até seu envio, em gelo seco. Dessa forma, o Lacen processará o material na mesma semana epidemiológica do recebimento da amostra.

A tele-educação desta quarta-feira, 20, teve a participação de 43 pontos de acesso em 23 municípios de cinco estados brasileiros. Em breve estará disponível no YouTube, no canal Telessaúde Sergipe. “O Telessaúde Sergipe busca qualificar os trabalhadores de saúde em todos os serviços. Na webpalestra de hoje abordamos um importante tema para o enfrentamento dessa pandemia, que objetivou instrumentalizar esses profissionais de modo a garantir a qualidade dos resultados obtidos nos testes de covid-19. Por isso o processo de coleta da amostra e seu devido registro é parte fundamental”, informou a coordenadora do Telessaúde Sergipe, Eneida Ferreira.