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Segunda-Feira, 20 de Janeiro de 2020 às 09:30:00
Representantes da sociedade civil são empossadas no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher
Entidades terão cadeira no colegiado para a gestão 2020–2022

Na última sexta-feira (17), 22 mulheres representantes da sociedade civil foram empossadas para integrar o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM). A solenidade de posse aconteceu na Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS) e celebrou a admissão de 11 titulares e 11 suplentes, que atuarão durante o biênio 2020-2022. Com o objetivo de contribuir para a deliberação e fiscalização de políticas relativas aos direitos da mulher, o Conselho foi criado em 1998, pela Lei estadual número 3.972, e conta com representantes de diversos setores da sociedade.

Para a secretária de Inclusão e Assistência Social, Lêda Couto, o CEDM reflete o avanço na luta contra o feminicídio e outras questões importantes relacionadas à garantia dos direitos das mulheres no Estado. “Hoje é o dia de celebrar a nova gestão, que dará continuidade aos desafios já existentes e aos que virão na luta pelos direitos das mulheres. Sabemos da dificuldade que nós temos por sermos ‘mulher’ nesta sociedade machista e patriarcal. Portanto, é muito importante que existam espaços de construção coletiva como este, para encontrarmos alternativas de enfrentamento e construirmos juntas uma política de Estado que garanta o acesso das mulheres a todos os serviços e benefícios públicos”, afirmou.

Uma das conselheiras eleitas é Nelmires Ferreira, que representa a Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ela dialogou com as companheiras sobre a importância de assumir a gestão e fortalecer a união. “Estou muito feliz em assumir este papel. Acredito na importância do Conselho e, acima de tudo, tem duas questões que eu entendo como fundamentais. Primeiro, no contexto de agressão à nossa participação social, de agressão à democracia. Estar no Conselho é um compromisso com a democracia deste país. Outra questão é que estamos caminhando para retrocessos sem precedentes na história, e por isso é fundamental que estejamos sempre unidas, nos fortalecendo e buscando alternativas para combater as mazelas sociais”, concluiu.

Outra conselheira eleita foi a presidenta da gestão anterior, Edinalva Monteiro, que destacou a importância dos movimentos sociais integrarem o Conselho, somando forças para garantir os direitos. “Desde 2008, fundamos o Movimento de Lésbicas de Sergipe (MOLS) e, apesar do curto tempo, tivemos um aprendizado muito grande vendo as lutas de perto, sobretudo quando estivemos a frente do Conselho. Nós representamos outras mulheres que não estão aqui, mas que tem voz através das nossas vozes, tendo a gente como referência para que se efetivem as políticas públicas já existentes. Teremos um ano de muita luta e vamos buscar outras políticas que favoreçam as mulheres, sempre atentas também à questão da violência”, disse.

A coordenadora de políticas públicas para as mulheres da SEIAS, Linei Pereira, reiterou a importância de discutir e combater as situações de vulnerabilidade e violência às quais as mulheres estão expostas. “Vivemos historicamente um momento em que a sociedade civil está sendo criminalizada. É importante refletir nesses espaços públicos o quanto essa conjuntura tem nos ferido enquanto cidadãs, mulheres, trabalhadoras, enfraquecendo a nossa participação. Estando aqui hoje, nós temos a obrigação de puxar as outras mulheres e os outros movimentos que não participaram, para fortalecer essa luta”, ressaltou.

Confira aqui a lista das empossadas.

 

 

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Representantes da sociedade civil são empossadas no Conselho Estadual dos Direitos da Mulher
Entidades terão cadeira no colegiado para a gestão 2020–2022
Segunda-Feira, 20 de Janeiro de 2020 às 09:30:00

Na última sexta-feira (17), 22 mulheres representantes da sociedade civil foram empossadas para integrar o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDM). A solenidade de posse aconteceu na Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (SEIAS) e celebrou a admissão de 11 titulares e 11 suplentes, que atuarão durante o biênio 2020-2022. Com o objetivo de contribuir para a deliberação e fiscalização de políticas relativas aos direitos da mulher, o Conselho foi criado em 1998, pela Lei estadual número 3.972, e conta com representantes de diversos setores da sociedade.

Para a secretária de Inclusão e Assistência Social, Lêda Couto, o CEDM reflete o avanço na luta contra o feminicídio e outras questões importantes relacionadas à garantia dos direitos das mulheres no Estado. “Hoje é o dia de celebrar a nova gestão, que dará continuidade aos desafios já existentes e aos que virão na luta pelos direitos das mulheres. Sabemos da dificuldade que nós temos por sermos ‘mulher’ nesta sociedade machista e patriarcal. Portanto, é muito importante que existam espaços de construção coletiva como este, para encontrarmos alternativas de enfrentamento e construirmos juntas uma política de Estado que garanta o acesso das mulheres a todos os serviços e benefícios públicos”, afirmou.

Uma das conselheiras eleitas é Nelmires Ferreira, que representa a Universidade Federal de Sergipe (UFS). Ela dialogou com as companheiras sobre a importância de assumir a gestão e fortalecer a união. “Estou muito feliz em assumir este papel. Acredito na importância do Conselho e, acima de tudo, tem duas questões que eu entendo como fundamentais. Primeiro, no contexto de agressão à nossa participação social, de agressão à democracia. Estar no Conselho é um compromisso com a democracia deste país. Outra questão é que estamos caminhando para retrocessos sem precedentes na história, e por isso é fundamental que estejamos sempre unidas, nos fortalecendo e buscando alternativas para combater as mazelas sociais”, concluiu.

Outra conselheira eleita foi a presidenta da gestão anterior, Edinalva Monteiro, que destacou a importância dos movimentos sociais integrarem o Conselho, somando forças para garantir os direitos. “Desde 2008, fundamos o Movimento de Lésbicas de Sergipe (MOLS) e, apesar do curto tempo, tivemos um aprendizado muito grande vendo as lutas de perto, sobretudo quando estivemos a frente do Conselho. Nós representamos outras mulheres que não estão aqui, mas que tem voz através das nossas vozes, tendo a gente como referência para que se efetivem as políticas públicas já existentes. Teremos um ano de muita luta e vamos buscar outras políticas que favoreçam as mulheres, sempre atentas também à questão da violência”, disse.

A coordenadora de políticas públicas para as mulheres da SEIAS, Linei Pereira, reiterou a importância de discutir e combater as situações de vulnerabilidade e violência às quais as mulheres estão expostas. “Vivemos historicamente um momento em que a sociedade civil está sendo criminalizada. É importante refletir nesses espaços públicos o quanto essa conjuntura tem nos ferido enquanto cidadãs, mulheres, trabalhadoras, enfraquecendo a nossa participação. Estando aqui hoje, nós temos a obrigação de puxar as outras mulheres e os outros movimentos que não participaram, para fortalecer essa luta”, ressaltou.

Confira aqui a lista das empossadas.