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Terça-Feira, 12 de Novembro de 2019 às 10:00:00
Governo realiza roda de conversa ‘Mulheres Negras que Resistem’ em Carmópolis nesta terça
Seit leva debate aos Centros de Referência Especializados de Atenção à Mulher em oito municípios até o final do mês

Nesta terça-feira, 12 de novembro, o município de Carmópolis receberá a roda de conversa “Mulheres Negras que Resistem”, facilitada pela diretoria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Inclusão Social (DIDH/Seit). A atividade integra a programação ‘Novembro Negro’, desenvolvida pelo governo de Sergipe em alusão ao Mês da Consciência Negra. Num recorte de gênero, a Seit pensou uma programação para levar, às comunidades atendidas pelos Centros de Referência Especializados de Atenção à Mulher (CREAMs), debates sobre o papel e o protagonismo da mulher negra na sociedade.

A Programação teve início no município da Barra dos Coqueiros e, além de Carmópolis, a Roda de Conversa será realizada nos CREAMs de Poço Redondo, Itabaiana, Propriá, Estância, Japaratuba e Maruim, até o dia 29 deste mês. Na Barra, cerca de 30 mulheres estiveram presentes no evento, que foi articulado em parceria com a Prefeitura do município. Segundo Edênia Oliveira, coordenadora do CREAM e coordenadora de políticas públicas para as mulheres do município, o Centro recebe muitas mulheres vítimas de violência doméstica e abusos, o que torna as rodas de conversa fundamentais para que elas sintam-se acolhidas. “É de suma importância colocar a mulher em pauta, sobretudo no mês da consciência negra. Para além da comemoração da data, é importante a gente debater, trazendo a importância do lugar de fala, do empoderamento feminino, fortalecendo essas mulheres que foram vítimas de violência doméstica e abusos”, disse.

De acordo com Linei Pereira, referência técnica de políticas para as mulheres da DIDH/Seit, em novembro, as atividades realizadas pela diretoria de Direitos Humanos, em relação aos seus diversos públicos [Juventude, Povos e Comunidades Tradicionais, LGBTQI+ e Mulher] estarão todas voltadas para o mês da Consciência Negra. “Na roda de conversa pudemos discutir prioritariamente o papel da mulher negra dentro da sociedade, principalmente com o objetivo de combater a invisibilização da mulher preta. Então quisemos trazer uma reflexão sobre isso, para fortalecer e empoderar essas mulheres que estiveram presentes”, afirmou.

Gleide dos Anjos, moradora da Barra dos Coqueiros, foi uma das participantes da Roda de Conversa. Para ela, as atividades realizadas no CREAM ajudam na reflexão sobre a sua existência no mundo, e impactam na melhoria da sua qualidade de vida. “Eu sempre participo das atividades. Há nove anos eu convivo aqui. Nós somos muito bem acolhidas, por isso, não deixo de vir. Aprendo muita coisa, me sinto feliz, e hoje essa palestra me ajudou muito a entender o tanto que ainda sofremos na sociedade. Mas somos fortes”, destacou.

União e empoderamento

A diretora do departamento de Igualdade Racial da Barra dos Coqueiros, Aline da Conceição, foi a palestrante da atividade, e abordou questões cotidianas dessas mulheres, as diversas formas através das quais o machismo afeta a sociedade e o que fazer para se fortalecer e sair de uma situação de violência. “Esta abordagem está relacionada ao Mês da Consciência Negra, porém, é importante explicar um pouco sobre como as mulheres resistem ao machismo, pois sabemos que é muito nocivo a todas nós, trazendo também o recorte de raça. Percebemos que as mulheres que estão inseridas nessa realidade são, em sua maioria, negras, e todas elas já passaram por alguma situação de violência”, ressaltou.

Também presente na roda de conversa, Maria José de Jesus estava atenta à palestra e destacou a importância dessas atividades para as mulheres. “Pra nós, ações desse tipo são essenciais. Eu já frequento o CREAM há muito tempo e eu aprendo muito, tanto nas oficinas quanto nas palestras. A palestra de hoje foi necessária para nós mulheres, porque nos ensinou a nos fortalecer e a reconhecer situações ruins que passamos, incentivou a união para o enfrentamento das dificuldades que temos no dia a dia, pois não é fácil”.

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Governo realiza roda de conversa ‘Mulheres Negras que Resistem’ em Carmópolis nesta terça
Seit leva debate aos Centros de Referência Especializados de Atenção à Mulher em oito municípios até o final do mês
Terça-Feira, 12 de Novembro de 2019 às 10:00:00

Nesta terça-feira, 12 de novembro, o município de Carmópolis receberá a roda de conversa “Mulheres Negras que Resistem”, facilitada pela diretoria de Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Inclusão Social (DIDH/Seit). A atividade integra a programação ‘Novembro Negro’, desenvolvida pelo governo de Sergipe em alusão ao Mês da Consciência Negra. Num recorte de gênero, a Seit pensou uma programação para levar, às comunidades atendidas pelos Centros de Referência Especializados de Atenção à Mulher (CREAMs), debates sobre o papel e o protagonismo da mulher negra na sociedade.

A Programação teve início no município da Barra dos Coqueiros e, além de Carmópolis, a Roda de Conversa será realizada nos CREAMs de Poço Redondo, Itabaiana, Propriá, Estância, Japaratuba e Maruim, até o dia 29 deste mês. Na Barra, cerca de 30 mulheres estiveram presentes no evento, que foi articulado em parceria com a Prefeitura do município. Segundo Edênia Oliveira, coordenadora do CREAM e coordenadora de políticas públicas para as mulheres do município, o Centro recebe muitas mulheres vítimas de violência doméstica e abusos, o que torna as rodas de conversa fundamentais para que elas sintam-se acolhidas. “É de suma importância colocar a mulher em pauta, sobretudo no mês da consciência negra. Para além da comemoração da data, é importante a gente debater, trazendo a importância do lugar de fala, do empoderamento feminino, fortalecendo essas mulheres que foram vítimas de violência doméstica e abusos”, disse.

De acordo com Linei Pereira, referência técnica de políticas para as mulheres da DIDH/Seit, em novembro, as atividades realizadas pela diretoria de Direitos Humanos, em relação aos seus diversos públicos [Juventude, Povos e Comunidades Tradicionais, LGBTQI+ e Mulher] estarão todas voltadas para o mês da Consciência Negra. “Na roda de conversa pudemos discutir prioritariamente o papel da mulher negra dentro da sociedade, principalmente com o objetivo de combater a invisibilização da mulher preta. Então quisemos trazer uma reflexão sobre isso, para fortalecer e empoderar essas mulheres que estiveram presentes”, afirmou.

Gleide dos Anjos, moradora da Barra dos Coqueiros, foi uma das participantes da Roda de Conversa. Para ela, as atividades realizadas no CREAM ajudam na reflexão sobre a sua existência no mundo, e impactam na melhoria da sua qualidade de vida. “Eu sempre participo das atividades. Há nove anos eu convivo aqui. Nós somos muito bem acolhidas, por isso, não deixo de vir. Aprendo muita coisa, me sinto feliz, e hoje essa palestra me ajudou muito a entender o tanto que ainda sofremos na sociedade. Mas somos fortes”, destacou.

União e empoderamento

A diretora do departamento de Igualdade Racial da Barra dos Coqueiros, Aline da Conceição, foi a palestrante da atividade, e abordou questões cotidianas dessas mulheres, as diversas formas através das quais o machismo afeta a sociedade e o que fazer para se fortalecer e sair de uma situação de violência. “Esta abordagem está relacionada ao Mês da Consciência Negra, porém, é importante explicar um pouco sobre como as mulheres resistem ao machismo, pois sabemos que é muito nocivo a todas nós, trazendo também o recorte de raça. Percebemos que as mulheres que estão inseridas nessa realidade são, em sua maioria, negras, e todas elas já passaram por alguma situação de violência”, ressaltou.

Também presente na roda de conversa, Maria José de Jesus estava atenta à palestra e destacou a importância dessas atividades para as mulheres. “Pra nós, ações desse tipo são essenciais. Eu já frequento o CREAM há muito tempo e eu aprendo muito, tanto nas oficinas quanto nas palestras. A palestra de hoje foi necessária para nós mulheres, porque nos ensinou a nos fortalecer e a reconhecer situações ruins que passamos, incentivou a união para o enfrentamento das dificuldades que temos no dia a dia, pois não é fácil”.