Falta menos de uma semana para começar a época mais aguardada do ano e a expectativa não é apenas da população, que vai curtir os 30 dias de forró, mas também dos artistas, que se apresentarão na capital e interior. Os sanfoneiros, por exemplo, são essenciais para os festejos. Sem eles, não há evento. Antes mesmo do início do calendário, os músicos já estão com a agenda cheia. É o caso de Erivaldo de Carira, que, entre uma apresentação e outra, arrumou tempo para falar da satisfação com o planejamento do Governo do Estado para o São João de Sergipe. Para ele, o empenho da gestão pública em preparar os espaços para as mais de 250 atrações reforça a cultura, sobretudo a sergipana. 

O São João de Sergipe, organizado pelo Governo do Estado, conta com mais de 250 atrações, que incluem 140 nomes do cenário musical sergipano e 40 artistas nacionais, além de 40 trios pés de serra e 60 apresentações de quadrilhas juninas. 

“Eu faço a música tradicional, quero dizer, eu canto aquilo que os outros não querem cantar mais. Quero agradecer ao Governo do Estado pela iniciativa, que beneficia principalmente o pequeno artista, que aguarda essa época para faturar”, declarou Erivaldo, que é conhecido por tocar sanfona com o fole fechado, o que é visto como raro, devido ao grau de dificuldade de execução. 

Erivaldo lembrou que o Arraiá do Povo, realizado na Orla de Atalaia, é um momento oportuno para os artistas exporem seus trabalhos para os turistas. “Os grandes artistas geralmente têm agenda o ano inteiro, mas os menores se valem mais dos festejos juninos e estender as comemorações por 30 dias é uma grande oportunidade para os músicos”, considerou o artista, que foi escalado para se apresentar na abertura do Arraiá do Povo, dia 1º de junho. 

O ex-Calcinha Preta, Missinho do Acordeon, declarou que tem shows agendados até o final do ano e mais uma vez se apresentará no Arraiá do Povo. Ele vê com otimismo a estratégia do governo em reforçar o turismo local, ao ampliar os festejos juninos para 30 dias, fato que não ocorria há pelo menos dez anos no estado. “É uma valorização do sanfoneiro. No meu caso não, como sou um pouco mais conhecido, trabalho acompanhando outros artistas o ano inteiro. Toco o ano todo. Mas a maioria dos sanfoneiros depende do mês de junho para fazer dinheiro. Foi uma excelente sacada do governo ter feito os 30 dias de forró, porque isso vai ajudar muita gente. Eu toco mais acompanhando outros artistas”, ponderou.

Apesar da agenda atribulada, o sanfoneiro Lucas Campelo conseguiu dar uma pausa em seus compromissos para falar de seu reconhecimento quanto ao esforço que tem sido feito para valorizar a cultura e fomentar a economia, por meio  do ‘Sergipe é o País do Forró’. Para ele, os festejos juninos realizados pelo Governo do Estado favorecem uma série de setores, desde os pequenos aos grandes empreendedores. “É uma festa sobre a nossa cultura, com a nossa identidade e quem mais sabe o valor e nossa identidade é o povo de Sergipe! É o povo que representa e detém os valores e significados de sua cultura. São inúmeros setores que podem ser favorecidos economicamente através de seus produtos, porque tudo da cultura do povo de Sergipe tem um valor inestimável para nós. O que é comercializado nesse período tem um impacto imenso para quem trabalha. Evidentemente que durante os 30 dias essa concentração aumenta, mas durante todo o ano eu acredito que seria fundamental esse olhar para o turismo. Se durante os 30 dias é favorável a inúmeros setores da nossa cultura, durante o ano todo eu não tenho dúvida que terá o mesmo impacto e mesma importância para o povo de Sergipe”.

As apresentações do Arraiá do Povo se dividem entre o Palco Rogério, Barracão da Sergipe e Coreto da Marluce. Além da Orla de Atalaia, a festa também acontece no Gonzagão, Centro de Criatividade e no bairro 18 do Forte, em Aracaju.