A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), por meio da Assessoria de Colaboração e Assistência aos Municípios (Ascam), iniciou na manhã desta segunda-feira, 14, por meio do Google Meet, o II Ciclo de Reuniões Técnicas com o público da Diretoria Regional de Educação 3 e das secretarias municipais de educação dos 14 municípios jurisdicionados que correspondem ao território do Agreste sergipano. Todas as diretorias regionais de educação participarão do ciclo. Nesta terça-feira, 15, participam os municípios jurisdicionados à Diretora do Centro Sul Sergipano (DRE1).

A ação ocorre de forma intersetorial com o Departamento de Inspeção Escolar (Dies), Editoria Seduc, Departamento de Educação (DED), Coordenadoria de Estudos e Avaliação Educacional (Ceave) e Assessoria de Tecnologia e Informática (Astin), na direção de promover reflexões sobre os desafios e perspectivas do cenário educacional.

O encontro teve como tema principal a equalização dos calendários escolares entre as Redes Públicas Estadual e Municipais. A apresentação desse tema percorreu a perspectiva de evolução para condução do ano letivo dentro do ano civil; procedimentos para equalização dos calendários e seus desafios; bem como os indicadores dos municípios circunscritos à DRE 3 que conseguiram equalizar e os demais que estão na iminência de alcançar.

“O projeto do Dies para equalizar o calendário escolar na Rede iniciou em 2017. A nossa projeção é de que 95% das nossas escolas terminem o ano letivo 2021 dentro do ano civil, e em termos de dados de fato o que aconteceu foi um trabalho passo a passo com diagnóstico e planejamento. A equalização se dá com a consciência da importância, e também a vantagem para nossa Rede alinhando o transporte escolar, evasão escolar, contribuindo para a facilidade de transferência e a preparação para o aluno em relação aos exames externos, por exemplo”, explicou a assessora do Departamento de Inspeção Escolar, professora Patrícia Maia.

Para Andrea Lima Dantas, diretora da Ascam, a parceria entre os setores da Seduc em função da articulação e assessoria aos municípios possibilita alcançar as metas de equalização do calendário, em uma espécie de força-tarefa entre as comunidades escolares estaduais e municipais, envolvendo gestores escolares e gestores das secretarias municipais de educação.

“Por meio das ações que estão sendo implementadas nos municípios a partir das regionais, nós trabalhamos em conjunto para chegarmos a resultados positivos em relação ao calendário escolar, contando com o fato de que nosso estado é pequeno, temos apenas 75 municípios”, ressaltou Andrea Lima Dantas.

Outro ponto focal do encontro foi a divulgação do edital geral nº 21/2021 lançado este mês pela Seduc, o qual regulamenta o programa de incentivo à publicação de livros e revistas impressos e digitais. O coordenador do Programa Editorial da Seduc, Sidiney Menezes Gerônimo, reforçou o convite às comunidades escolares para que participem do edital e concorram à publicação de seus trabalhos em coleções que contemplam todo o público estudantil e docente.

Também foi divulgado o sistema que consiste em computar as métricas de leitura e escrita dos alunos atendidos pelo Programa Alfabetizar pra Valer a ser utilizado pelos professores. O público presente conheceu a interface de digitação da avaliação para turmas das redes públicas municipais; o espaço de diagnósticos de leitura e escrita; o espaço de monitoramento do programa e outros detalhes.

Além disso, foi apresentado o cronograma da Avaliação de Fluência em Sergipe, por parte da Coordenadoria de Estudos e Avaliação Educacional (Ceave). Por fim, gestores e demais técnicos foram provocados sobre o Programa Sergipe na Idade Certa (ProSIC), que contempla as ações do Plano do Governo de Sergipe no quadriênio 2019-2022, a fim de promover intervenções pedagógicas para o avanço das aprendizagens dos estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino que se encontram em situação de distorção idade-série.

Para Kelly Valença, chefe do Serviço de Ensino Fundamental (SEF/Seduc), é preciso entender os motivos pelos quais as crianças não são alfabetizadas em idade escolar, com o propósito de tratar a distorção idade/série em Sergipe, pensar questões de território e identificar de onde vem esse indicador. “Para pensar na concepção da função social da escola nós nos colocamos na situação sobre a qual originou esse indicador no estudante. Nós somos movidos por três verbos: escutar, acolher e construir, e vamos partir dos saberes desses estudantes, cujo protagonismo é um deles”, concluiu.