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Quinta-Feira, 18 de Janeiro de 2007 às 06:30:00
Secretário fala de ações do Governo para representantes do Sintese
Ele informou sobre as medidas que o Governo do Estado está adotando na Secretaria de Educação (SEED), como a suspensão do pregão eletrônico para aquisição de alimentos e outros materiais para a SEED por suspeita de superfaturamento.

Foto: Joarez Silveira/SEEDO secretário de Estado da Educação, professor José Fernandes de Lima, se reuniu na quarta-feira, 17, com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintese). Ele informou sobre as medidas que o Governo do Estado está adotando na Secretaria de Educação (SEED), como a suspensão do pregão eletrônico para aquisição de alimentos e outros materiais para a SEED por suspeita de superfaturamento. Também está previsto que, em 20 dias, a sindicância aberta para apurar a denúncia de desvio da carne da merenda escolar esteja concluída.Segundo o secretário, se a irregularidade for confirmada, um processo administrativo deve ser aberto para apurar o caso. Além disso, a SEED enviou toda a documentação do processo de aquisição e entrega da merenda escolar para o Ministério Público Estadual. O secretário também já providenciou a execução de uma nova licitação para aquisição da merenda, para evitar o desabastecimento das escolas no início do ano letivo, previsto para começar no dia 12 de fevereiro. O secretário informou ainda que na próxima semana deve começar uma campanha publicitária para promover as matrículas. O objetivo é estimular os pais a matricularem seus filhos na escola pública, dentro de uma perspectiva de inclusão. De acordo com professor Lima, em 2004 foram matriculados na rede pública estadual 274 mil alunos, em 2006, 246 mil. A campanha que mudar este quadro. As fichas de matrícula, diários de classe e outros materiais utilizados pelos professores em sala de aula já estão sendo confeccionados. O secretário disse que no próximo ano vai ser possível elaborar diários de classe adequados às necessidades dos professores.ReivindicaçõesCom relação à denúncia de que o aluno com um ou dois anos de defasagem na relação idade/série é obrigado a se matricular no Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), e não no ensino regular, o secretário se comprometeu a buscar uma alternativa, analisando a legislação específica.Os sindicalistas também reclamaram da falta de escolas de nível médio em algumas cidades do interior, como Santana do São Francisco e Nossa Senhora da Glória, que contam com apenas um colégio para atender o município. Segundo o secretário, um levantamento da situação será feito e os prefeitos da cidade serão ouvidos, já que a situação envolve, também, o ensino fundamental. "Temos que saber onde o aluno está e levar a escola até ele. Sabemos que existem salas de aula ociosas em alguns locais e em outros faltam espaço. Tudo isso está sendo levantado e analisado", disse José Fernandes Lima.Outro problema que será analisado pelo Governo do Estado é em relação às dificuldades que os professores enfrentam para ensinar no interior, especialmente por falta de transporte. O secretário de Educação designou um técnico da SEED para buscar uma solução. "Precisamos pensar a educação como sistema, verificar os problemas e buscar soluções definitivas. O professor tem que estar onde o aluno estiver", afirmou professor Lima. O secretário também anunciou que fará um levantamento para saber onde cada professor e funcionário estão, se existe desvio de função e se o funcionário está recebendo gratificações indevidas. "Vamos fazer um diagnóstico completo da situação", disse.QualificaçãoCom relação ao programa de Qualificação dos Docentes, professor Lima que já entrou em contato com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e vai retomar o repasse dos recursos para viabilizar o retorno do programa. A dívida do Estado com a UFS chega a mais de R$ 280 mil."Parte das reivindicações tem que esperar pelos diagnósticos, outras já estão sendo atendidas. Estamos fazendo as mudanças e colocando as pessoas para trabalhar. Não podemos nos precipitar e nem perder o foco principal que é o aluno", afirmou o secretário, ao reforçar que o diálogo com o sindicato está aberto e que vai analisar as outras reivindicações da categoria. Para professor Lima, o que preocupa é que o aluno está aprendendo pouco. "Isso demonstra que o sistema não está funcionando bem e temos que pensar em fazer uma avaliação do nível de educação, do sistema e do aprendizado, para o aluno sair da escola sabendo ler, escrever, contar e ser um cidadão".

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Secretário fala de ações do Governo para representantes do Sintese
Ele informou sobre as medidas que o Governo do Estado está adotando na Secretaria de Educação (SEED), como a suspensão do pregão eletrônico para aquisição de alimentos e outros materiais para a SEED por suspeita de superfaturamento.
Quinta-Feira, 18 de Janeiro de 2007 às 06:30:00

Foto: Joarez Silveira/SEEDO secretário de Estado da Educação, professor José Fernandes de Lima, se reuniu na quarta-feira, 17, com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintese). Ele informou sobre as medidas que o Governo do Estado está adotando na Secretaria de Educação (SEED), como a suspensão do pregão eletrônico para aquisição de alimentos e outros materiais para a SEED por suspeita de superfaturamento. Também está previsto que, em 20 dias, a sindicância aberta para apurar a denúncia de desvio da carne da merenda escolar esteja concluída.Segundo o secretário, se a irregularidade for confirmada, um processo administrativo deve ser aberto para apurar o caso. Além disso, a SEED enviou toda a documentação do processo de aquisição e entrega da merenda escolar para o Ministério Público Estadual. O secretário também já providenciou a execução de uma nova licitação para aquisição da merenda, para evitar o desabastecimento das escolas no início do ano letivo, previsto para começar no dia 12 de fevereiro. O secretário informou ainda que na próxima semana deve começar uma campanha publicitária para promover as matrículas. O objetivo é estimular os pais a matricularem seus filhos na escola pública, dentro de uma perspectiva de inclusão. De acordo com professor Lima, em 2004 foram matriculados na rede pública estadual 274 mil alunos, em 2006, 246 mil. A campanha que mudar este quadro. As fichas de matrícula, diários de classe e outros materiais utilizados pelos professores em sala de aula já estão sendo confeccionados. O secretário disse que no próximo ano vai ser possível elaborar diários de classe adequados às necessidades dos professores.ReivindicaçõesCom relação à denúncia de que o aluno com um ou dois anos de defasagem na relação idade/série é obrigado a se matricular no Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA), e não no ensino regular, o secretário se comprometeu a buscar uma alternativa, analisando a legislação específica.Os sindicalistas também reclamaram da falta de escolas de nível médio em algumas cidades do interior, como Santana do São Francisco e Nossa Senhora da Glória, que contam com apenas um colégio para atender o município. Segundo o secretário, um levantamento da situação será feito e os prefeitos da cidade serão ouvidos, já que a situação envolve, também, o ensino fundamental. "Temos que saber onde o aluno está e levar a escola até ele. Sabemos que existem salas de aula ociosas em alguns locais e em outros faltam espaço. Tudo isso está sendo levantado e analisado", disse José Fernandes Lima.Outro problema que será analisado pelo Governo do Estado é em relação às dificuldades que os professores enfrentam para ensinar no interior, especialmente por falta de transporte. O secretário de Educação designou um técnico da SEED para buscar uma solução. "Precisamos pensar a educação como sistema, verificar os problemas e buscar soluções definitivas. O professor tem que estar onde o aluno estiver", afirmou professor Lima. O secretário também anunciou que fará um levantamento para saber onde cada professor e funcionário estão, se existe desvio de função e se o funcionário está recebendo gratificações indevidas. "Vamos fazer um diagnóstico completo da situação", disse.QualificaçãoCom relação ao programa de Qualificação dos Docentes, professor Lima que já entrou em contato com a Universidade Federal de Sergipe (UFS) e vai retomar o repasse dos recursos para viabilizar o retorno do programa. A dívida do Estado com a UFS chega a mais de R$ 280 mil."Parte das reivindicações tem que esperar pelos diagnósticos, outras já estão sendo atendidas. Estamos fazendo as mudanças e colocando as pessoas para trabalhar. Não podemos nos precipitar e nem perder o foco principal que é o aluno", afirmou o secretário, ao reforçar que o diálogo com o sindicato está aberto e que vai analisar as outras reivindicações da categoria. Para professor Lima, o que preocupa é que o aluno está aprendendo pouco. "Isso demonstra que o sistema não está funcionando bem e temos que pensar em fazer uma avaliação do nível de educação, do sistema e do aprendizado, para o aluno sair da escola sabendo ler, escrever, contar e ser um cidadão".