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Quinta-Feira, 17 de Junho de 2021 às 13:15:00
Centro de Excelência Milton Dortas promove live sobre respeito e diversidade LGBTI +

Os professores de Linguagens do Centro de Excelência Milton Dortas, unidade que oferta o ensino médio em tempo integral, em Simão Dias, realizou nesta quarta-feira, 16, um encontro remoto com o intuito de trazer para o ambiente escolar o respeito às diferenças e às dissidências sexuais e de gênero por meio das Artes. Com o tema ARTivismo, participaram os professores Carlos Marcelo e Marcos Nobre; o presidente da ONG CasAmor, Eron Neto; a cantora, atriz e ativista LGBTI+, Maluh Andrade, e Dri Moreno, ativista e mãe de LGBT.

O professor Marcos Nobre trouxe para o encontro a arte como ingerência de conhecimento e de respeito no ambiente escolar. Para ele, é comum à cultura escolar a abertura de espaços para debates importantes e necessários sobre o racismo e a valorização da vida. Contudo, segundo o professor, a escola ainda não se habituou às pautas das minorias LGBTQIA+. “Falar sobre as dissidências sexuais e de gênero no contexto escolar é uma forma de combater o preconceito e minimizar os desafios persistentes na aceitação das sexualidades. Quando legitimamos os direitos humanos em sala de aula, geramos reflexão, pensamento crítico e quebras de tabu”, afirmou.

O professor ainda disse que a escola precisa ser um ambiente acolhedor, onde os estudantes LGBTQIA+ não sintam medo e não sejam alvos de agressões. E para que isso aconteça, conforme ele explicou, é importante que a sexualidade seja discutida constantemente, não apenas pelos professores da área de linguagens e ciências humanas, mas também nas ações concretas de todos os atores do espaço escolar.

Segundo Eron Neto, a escola precisa ser palco de discussões que envolvam a diversidade de gênero e sexualidade. “Não podemos deixar de acolher nossos estudantes para que o local de aprendizado seja inclusivo, justo e saudável para todos. Falar da importância do ativismo, dentro do contexto da disciplina de Arte, é fazer despertar a empatia, a solidariedade e, principalmente, a representatividade”, destacou.

Dri Moreno disse que enquanto mãe de LGBT, o objetivo é deixar um mundo melhor do que quando ela chegou, e fez um questionamento: "Como será viver com a sensação de que você não devia existir?". Segundo ela, as crianças e jovens LGBTs passam a maior parte do tempo nas escolas e, quando não têm acolhimento em casa, é na escola que passa a buscar esse apoio. “Existe um alto índice de abandono escolar dessas crianças e jovens justamente por não existir esse apoio. A escola é um alicerce fundamental para os adultos do amanhã. E que mundo os educadores querem apresentar para esses novos adultos?”, perguntou.

Moreno respondeu afirmando que crianças LGBTs existem, e é necessária uma ação conjunta entre a sociedade, educadores e Governo. “É uma responsabilidade social de todos nós. São crianças e jovens como qualquer outro. E é muito importante para elas não sofrerem esse preconceito dentro das escolas. É necessário serem ouvidas, respeitadas, acolhidas e amadas. O amor quanto mais se divide, mais se multiplica”, afirmou.

Maluh Andrade destaca como muito importantes o ambiente onde se pode levar falas questionadoras e que promovem reflexão e provocação. “Através da arte é muito importante para dar visibilidade as inquietações”, afirma.

A live ainda pode ser vista por meio do link https://www.youtube.com/watch?v=2e_x__jJPCM

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Centro de Excelência Milton Dortas promove live sobre respeito e diversidade LGBTI +
Quinta-Feira, 17 de Junho de 2021 às 13:15:00

Os professores de Linguagens do Centro de Excelência Milton Dortas, unidade que oferta o ensino médio em tempo integral, em Simão Dias, realizou nesta quarta-feira, 16, um encontro remoto com o intuito de trazer para o ambiente escolar o respeito às diferenças e às dissidências sexuais e de gênero por meio das Artes. Com o tema ARTivismo, participaram os professores Carlos Marcelo e Marcos Nobre; o presidente da ONG CasAmor, Eron Neto; a cantora, atriz e ativista LGBTI+, Maluh Andrade, e Dri Moreno, ativista e mãe de LGBT.

O professor Marcos Nobre trouxe para o encontro a arte como ingerência de conhecimento e de respeito no ambiente escolar. Para ele, é comum à cultura escolar a abertura de espaços para debates importantes e necessários sobre o racismo e a valorização da vida. Contudo, segundo o professor, a escola ainda não se habituou às pautas das minorias LGBTQIA+. “Falar sobre as dissidências sexuais e de gênero no contexto escolar é uma forma de combater o preconceito e minimizar os desafios persistentes na aceitação das sexualidades. Quando legitimamos os direitos humanos em sala de aula, geramos reflexão, pensamento crítico e quebras de tabu”, afirmou.

O professor ainda disse que a escola precisa ser um ambiente acolhedor, onde os estudantes LGBTQIA+ não sintam medo e não sejam alvos de agressões. E para que isso aconteça, conforme ele explicou, é importante que a sexualidade seja discutida constantemente, não apenas pelos professores da área de linguagens e ciências humanas, mas também nas ações concretas de todos os atores do espaço escolar.

Segundo Eron Neto, a escola precisa ser palco de discussões que envolvam a diversidade de gênero e sexualidade. “Não podemos deixar de acolher nossos estudantes para que o local de aprendizado seja inclusivo, justo e saudável para todos. Falar da importância do ativismo, dentro do contexto da disciplina de Arte, é fazer despertar a empatia, a solidariedade e, principalmente, a representatividade”, destacou.

Dri Moreno disse que enquanto mãe de LGBT, o objetivo é deixar um mundo melhor do que quando ela chegou, e fez um questionamento: "Como será viver com a sensação de que você não devia existir?". Segundo ela, as crianças e jovens LGBTs passam a maior parte do tempo nas escolas e, quando não têm acolhimento em casa, é na escola que passa a buscar esse apoio. “Existe um alto índice de abandono escolar dessas crianças e jovens justamente por não existir esse apoio. A escola é um alicerce fundamental para os adultos do amanhã. E que mundo os educadores querem apresentar para esses novos adultos?”, perguntou.

Moreno respondeu afirmando que crianças LGBTs existem, e é necessária uma ação conjunta entre a sociedade, educadores e Governo. “É uma responsabilidade social de todos nós. São crianças e jovens como qualquer outro. E é muito importante para elas não sofrerem esse preconceito dentro das escolas. É necessário serem ouvidas, respeitadas, acolhidas e amadas. O amor quanto mais se divide, mais se multiplica”, afirmou.

Maluh Andrade destaca como muito importantes o ambiente onde se pode levar falas questionadoras e que promovem reflexão e provocação. “Através da arte é muito importante para dar visibilidade as inquietações”, afirma.

A live ainda pode ser vista por meio do link https://www.youtube.com/watch?v=2e_x__jJPCM