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Quarta-Feira, 03 de Abril de 2024 às 16:45:00
Colégio Estadual Monsenhor Olímpio Campos conquista primeiro lugar estadual na categoria Educação Profissional do  Prêmio Educador Transformador 2024
O ‘Upcycling: A Moda Agora’ foi um projeto desenvolvido durante o curso profissionalizante de Modelagem e Vestuário e buscou soluções criativas e sustentáveis para a moda local

A força da Rede Estadual de Ensino segue com tudo e, desta vez, na área da Educação Profissional. Estudantes do Colégio Estadual Monsenhor Olímpio Campos, localizado em Itabaianinha, no sul sergipano (DRE 1), conquistaram o primeiro lugar da categoria “Educação Profissional”, na etapa estadual da segunda edição do Prêmio Educador Transformador, com o projeto “Upcycling: A Moda Agora”, coordenado pela professora Thays Ribeiro. Agora, os participantes aguardam ansiosamente os resultados da Etapa Regional do prêmio, dia 5, para carimbar de vez o passaporte para a premiação nacional em São Paulo, no dia 26.

O colégio, que iniciou o curso profissionalizante de Modelagem e Vestuário no primeiro semestre do último ano, reflete a política de expansão da educação profissional e tecnológica promovida pela Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), relacionada à cadeia produtiva regional de cada diretoria regional de educação em Sergipe. A cidade de Itabaianinha é considerada a “Cidade da Moda” por ser muito conhecida no eixo de produção cultural e design, além da confecção de peças da área têxtil, fortemente presente no sul sergipano.

A diretora do colégio, Karla de Jesus Santos, resumiu o projeto como uma iniciativa originada das aulas de modelagem do vestuário, focada na moda consciente e no upcycling para combater a poluição causada pela indústria da moda. A coleção desenvolvida foi apresentada com sucesso no "Moda Mix", maior evento de moda do estado, recebendo uma ótima aceitação tanto pelo conceito quanto pelas peças em si.

“Quando soubemos da possibilidade de inscrição do projeto como uma ação para o Prêmio Educador Transformador, tivemos uma conversa com a professora Thays para nos inscrevermos e levarmos a proposta do Upcycling ao maior número de pessoas possível. Consideramos esse projeto uma iniciativa que pode mudar o cenário tanto ambiental quanto social, e estar entre os selecionados da Etapa Regional é uma honra, pois essa é a concretização de que estamos no caminho certo”, ressaltou a diretora.

Uma das principais responsáveis pelo projeto foi justamente a professora Thays Ribeiro. Ela explicou que o projeto foi pensado, elaborado e confeccionado em apenas uma semana. “Eu queria levar para eles um projeto que tivesse sentido dentro do que eles estavam aprendendo sobre o mundo da moda, que tem seu lado bonito, mas tem seu lado obscuro também, que é o impacto ambiental causado”, disse a professora.

Ainda de acordo com Thays, o Upcycling foi uma maneira criativa de trazer essa reflexão para resolução de um grande problema identificado por eles. Para isso, a professora ministrou aulas sobre sustentabilidade e os impactos da moda para o meio ambiente, trazendo o problema e desenvolvendo soluções biologicamente viáveis.

“O trabalho foi feito de uma forma linda em equipe. Cada um com suas funções, mas todos sempre unidos e se ajudando. Isso tudo faz com que essa classificação seja valiosa. É a consequência de todo esforço e empenho dos alunos, meu, e da gestão do Colégio Estadual Monsenhor Olímpio Campos”, finalizou.

Vale destacar que nada disso seria possível sem o esforço e a criatividade presentes dentro das salas de aula do curso profissionalizante. Um desses talentos é a estudante Kely Matias, de 41 anos, que está cursando “Moda e Vestuário” na modalidade subsequente. A aluna já atuava na área da moda, porém não tinha um curso para formalizar suas experiências. Ao entrar para o Olímpio Campos viu no curso profissionalizante ofertado uma possibilidade de aprimorar mais a moda, que considera a paixão da sua vida.

“A cada dia estou ficando mais apaixonada. Eu participo de cada projeto e de cada desafio que é lançado em nosso curso, e essa experiência para mim está sendo bem gratificante. Estou desenvolvendo a criatividade, o trabalho em conjunto; estou entendendo mais os conceitos de moda e também de modelagem. Eu falo que eu já tinha uma sementinha nesse mundo da moda, que está crescendo e gerando frutos graças ao curso profissionalizante ofertado pelo colégio e pela Seduc”, afirmou Kely.

É importante ressaltar que essa modalidade de educação teve início em 2008, com a oferta de cursos subsequentes e centros de educação profissionalizante. No entanto, a partir de 2017, há uma integração entre o ensino médio e a educação profissional. Cursos técnicos como 'Modelagem e Vestuário', ‘Rede de Computadores’, ‘Programação em Jogos Digitais’, ‘Química’, ‘Mecânica’, ‘Segurança no Trabalho’ e outros são ofertados em colégios estaduais e centros de educação profissionalizante. 

Categorias Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos

Os professores da rede pública estadual de ensino Givanildo Batista da Silva e Marluce Pinto dos Santos também foram finalistas e representarão Sergipe na etapa regional Nordeste do Prêmio Educador Transformador 2024.

Os professores foram os finalistas na etapa estadual nas categorias “Ensino Médio” e “Educação de Jovens e Adultos”, respectivamente, e vão concorrer com mais outros finalistas de cada estado nordestino ao prêmio nacional. A professora Marluce Pinto inscreveu o projeto “O Cordel que transforma”, que consiste em uma disciplina integradora denominada "Atividade Integradora: Linguagens e Códigos”, realizada no período do primeiro semestre de 2023, no Centro de Referência de Jovens e Adultos Professor Marcos Ferreira, em Simão Dias.

Para Marluce, “O Cordel que transforma” é um projeto especial que busca promover a valorização da literatura de cordel dentro da escola e da sociedade e difundir o hábito de ler e escrever entre os estudantes, proporcionando uma viagem fascinante a um universo textual, completamente diferente do habitual. “É um privilégio ser reconhecida pelo meu trabalho, realizado com muita dedicação, durante anos de minha carreira. Que esse prêmio me inspire a continuar buscando uma educação de excelência, sempre em prol dos meus alunos”, disse a professora.

No primeiro lugar da categoria “Ensino Médio” foi selecionado o “Plant Therapy: Produção de sabonetes terapêuticos e álcool em gel aromático, a partir de óleos essenciais extraídos de plantas do CEJRL", orientado pelo professor Givanildo Batista da Silva, que lecionava, na época, no Centro de Excelência José Rollemberg Leite, em Aracaju, e agora está lotado no Centro de Excelência Leandro Maciel, também na capital.

Givanildo Batista disse que o projeto, desenvolvido em 2023 por alunos do Centro de Excelência José Rollemberg (CEJRL), extraiu plantas fitoterápicas cultivadas na própria escola e a partir daí foi produzido gel, álcool e sabonetes. “Esse projeto é a consolidação de um trabalho coletivo. Estou feliz por estar na Regional. E não é só meu; é um prêmio da educação básica sergipana, dos alunos, do professor Bosco, do professor Celso, e da equipe diretiva. A inclusão de um aluno surdo no projeto foi um divisor de águas. Os alunos criaram a partir daí um clube de Libras para melhorar a comunicação”, explicou.

 

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O ‘Upcycling: A Moda Agora’ foi um projeto desenvolvido durante o curso profissionalizante de Modelagem e Vestuário e buscou soluções criativas e sustentáveis para a moda local
Quarta-Feira, 03 de Abril de 2024 às 16:45:00

A força da Rede Estadual de Ensino segue com tudo e, desta vez, na área da Educação Profissional. Estudantes do Colégio Estadual Monsenhor Olímpio Campos, localizado em Itabaianinha, no sul sergipano (DRE 1), conquistaram o primeiro lugar da categoria “Educação Profissional”, na etapa estadual da segunda edição do Prêmio Educador Transformador, com o projeto “Upcycling: A Moda Agora”, coordenado pela professora Thays Ribeiro. Agora, os participantes aguardam ansiosamente os resultados da Etapa Regional do prêmio, dia 5, para carimbar de vez o passaporte para a premiação nacional em São Paulo, no dia 26.

O colégio, que iniciou o curso profissionalizante de Modelagem e Vestuário no primeiro semestre do último ano, reflete a política de expansão da educação profissional e tecnológica promovida pela Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), relacionada à cadeia produtiva regional de cada diretoria regional de educação em Sergipe. A cidade de Itabaianinha é considerada a “Cidade da Moda” por ser muito conhecida no eixo de produção cultural e design, além da confecção de peças da área têxtil, fortemente presente no sul sergipano.

A diretora do colégio, Karla de Jesus Santos, resumiu o projeto como uma iniciativa originada das aulas de modelagem do vestuário, focada na moda consciente e no upcycling para combater a poluição causada pela indústria da moda. A coleção desenvolvida foi apresentada com sucesso no "Moda Mix", maior evento de moda do estado, recebendo uma ótima aceitação tanto pelo conceito quanto pelas peças em si.

“Quando soubemos da possibilidade de inscrição do projeto como uma ação para o Prêmio Educador Transformador, tivemos uma conversa com a professora Thays para nos inscrevermos e levarmos a proposta do Upcycling ao maior número de pessoas possível. Consideramos esse projeto uma iniciativa que pode mudar o cenário tanto ambiental quanto social, e estar entre os selecionados da Etapa Regional é uma honra, pois essa é a concretização de que estamos no caminho certo”, ressaltou a diretora.

Uma das principais responsáveis pelo projeto foi justamente a professora Thays Ribeiro. Ela explicou que o projeto foi pensado, elaborado e confeccionado em apenas uma semana. “Eu queria levar para eles um projeto que tivesse sentido dentro do que eles estavam aprendendo sobre o mundo da moda, que tem seu lado bonito, mas tem seu lado obscuro também, que é o impacto ambiental causado”, disse a professora.

Ainda de acordo com Thays, o Upcycling foi uma maneira criativa de trazer essa reflexão para resolução de um grande problema identificado por eles. Para isso, a professora ministrou aulas sobre sustentabilidade e os impactos da moda para o meio ambiente, trazendo o problema e desenvolvendo soluções biologicamente viáveis.

“O trabalho foi feito de uma forma linda em equipe. Cada um com suas funções, mas todos sempre unidos e se ajudando. Isso tudo faz com que essa classificação seja valiosa. É a consequência de todo esforço e empenho dos alunos, meu, e da gestão do Colégio Estadual Monsenhor Olímpio Campos”, finalizou.

Vale destacar que nada disso seria possível sem o esforço e a criatividade presentes dentro das salas de aula do curso profissionalizante. Um desses talentos é a estudante Kely Matias, de 41 anos, que está cursando “Moda e Vestuário” na modalidade subsequente. A aluna já atuava na área da moda, porém não tinha um curso para formalizar suas experiências. Ao entrar para o Olímpio Campos viu no curso profissionalizante ofertado uma possibilidade de aprimorar mais a moda, que considera a paixão da sua vida.

“A cada dia estou ficando mais apaixonada. Eu participo de cada projeto e de cada desafio que é lançado em nosso curso, e essa experiência para mim está sendo bem gratificante. Estou desenvolvendo a criatividade, o trabalho em conjunto; estou entendendo mais os conceitos de moda e também de modelagem. Eu falo que eu já tinha uma sementinha nesse mundo da moda, que está crescendo e gerando frutos graças ao curso profissionalizante ofertado pelo colégio e pela Seduc”, afirmou Kely.

É importante ressaltar que essa modalidade de educação teve início em 2008, com a oferta de cursos subsequentes e centros de educação profissionalizante. No entanto, a partir de 2017, há uma integração entre o ensino médio e a educação profissional. Cursos técnicos como 'Modelagem e Vestuário', ‘Rede de Computadores’, ‘Programação em Jogos Digitais’, ‘Química’, ‘Mecânica’, ‘Segurança no Trabalho’ e outros são ofertados em colégios estaduais e centros de educação profissionalizante. 

Categorias Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos

Os professores da rede pública estadual de ensino Givanildo Batista da Silva e Marluce Pinto dos Santos também foram finalistas e representarão Sergipe na etapa regional Nordeste do Prêmio Educador Transformador 2024.

Os professores foram os finalistas na etapa estadual nas categorias “Ensino Médio” e “Educação de Jovens e Adultos”, respectivamente, e vão concorrer com mais outros finalistas de cada estado nordestino ao prêmio nacional. A professora Marluce Pinto inscreveu o projeto “O Cordel que transforma”, que consiste em uma disciplina integradora denominada "Atividade Integradora: Linguagens e Códigos”, realizada no período do primeiro semestre de 2023, no Centro de Referência de Jovens e Adultos Professor Marcos Ferreira, em Simão Dias.

Para Marluce, “O Cordel que transforma” é um projeto especial que busca promover a valorização da literatura de cordel dentro da escola e da sociedade e difundir o hábito de ler e escrever entre os estudantes, proporcionando uma viagem fascinante a um universo textual, completamente diferente do habitual. “É um privilégio ser reconhecida pelo meu trabalho, realizado com muita dedicação, durante anos de minha carreira. Que esse prêmio me inspire a continuar buscando uma educação de excelência, sempre em prol dos meus alunos”, disse a professora.

No primeiro lugar da categoria “Ensino Médio” foi selecionado o “Plant Therapy: Produção de sabonetes terapêuticos e álcool em gel aromático, a partir de óleos essenciais extraídos de plantas do CEJRL", orientado pelo professor Givanildo Batista da Silva, que lecionava, na época, no Centro de Excelência José Rollemberg Leite, em Aracaju, e agora está lotado no Centro de Excelência Leandro Maciel, também na capital.

Givanildo Batista disse que o projeto, desenvolvido em 2023 por alunos do Centro de Excelência José Rollemberg (CEJRL), extraiu plantas fitoterápicas cultivadas na própria escola e a partir daí foi produzido gel, álcool e sabonetes. “Esse projeto é a consolidação de um trabalho coletivo. Estou feliz por estar na Regional. E não é só meu; é um prêmio da educação básica sergipana, dos alunos, do professor Bosco, do professor Celso, e da equipe diretiva. A inclusão de um aluno surdo no projeto foi um divisor de águas. Os alunos criaram a partir daí um clube de Libras para melhorar a comunicação”, explicou.