Notícias
Notícias
Sexta-Feira, 04 de Setembro de 2020 às 14:30:00
Sergipanos desenvolvem material sustentável para limpeza de água poluída por óleo
Proposta do Aqualuffa se baseia em esponja abundante no Nordeste

Pesquisadores focados na área de Engenharia de Petróleo estão desenvolvendo, em Sergipe, uma ferramenta sustentável, voltada à despoluição de águas através da absorção e degradação de óleo. Baseado no aproveitamento da Luffa, espécie de esponja abundante no Nordeste brasileiro, o projeto deve reduzir o impacto ambiental gerado por águas oleosas oriundas de esgoto doméstico, postos de combustível, lava-jato e derramamento de petróleos leves e derivados. Intitulado Aqualuffa, o projeto conta com o suporte do Programa Centelha, executado pelo Governo do Estado por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec).

Corresponsável pela gestão do projeto, Denisson Santos é mestre e doutor em Engenharia de Petróleo. Ele explica que, após serem tratadas e modificadas, as esponjas do tipo Luffa são capazes de absorver o óleo contaminante e promover sua fotodegradação. “Entre os benefícios trazidos pelo projeto, pode-se listar o desenvolvimento de um material de baixo custo e sem uso de agentes químicos adicionais, além de ambientalmente correto. Outro benefício é a formação de recursos humanos especializados no Nordeste e, em especial, em Sergipe”, afirma.

Ainda segundo o gestor, o Programa Centelha foi um facilitador para a expansão do Aqualuffa. “O Centelha vai tornar possível a inserção do produto no mercado através de estratégias de marketing, que já estão sendo desenvolvidas. Essas ações tem o intuito de certificar os potenciais clientes da necessidade de utilizar nossa solução sustentável para remediar a contaminação de água com óleo em suas operações. Deste modo, esperamos que seja possível o estabelecimento de novos contratos”, explica.

Etapas

A gestão do projeto é conduzida por Denisson Santos em parceria com a pesquisadora Silvia Maria Egues Dariva. Também integram a equipe, a mestre e doutora Juliana Faccin De Conto e a doutoranda Mychelli Andrade Santos, ambas na área de Engenharia de Processos, e o estudante de Engenharia de Petróleo Victor Barbosa Lemos Cabral. 

Atualmente, o projeto encontra-se em fase de testes e ampliação do protótipo. O plano de ações também está sendo redefinido para que o produto seja apresentado às principais redes de postos de combustíveis da região. “Vamos fazer um sistema de contrato, para que o cliente só pague quando obtiver o resultado, de forma proporcional. Será vendido não só o produto, mas a cadeia completa, desde a instalação no local até a análise da água ao final do tratamento. Também serão ofertados serviços de consultoria sobre derramamento de óleo, incluindo plano de contingência, com o intuito de ajudar o cliente a manter o produto em prontidão para aplicações em casos emergenciais”, detalha Denisson.

Centelha

O Programa Centelha visa disseminar a cultura empreendedora no Brasil e estimular a criação de empreendimentos inovadores. Em Sergipe, o Governo de Sergipe operacionaliza a iniciativa por meio da Fapitec, vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). Entre 579 ideias submetidas, 23 projetos foram aprovados na fase final do edital somente no estado.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), são os promotores do Programa. A Fundação CERTI também integra a parceira, sendo responsável pela operação.

Compartilhe            
Notícia
/ Notícias / desenvolvimento

Sergipanos desenvolvem material sustentável para limpeza de água poluída por óleo
Proposta do Aqualuffa se baseia em esponja abundante no Nordeste
Sexta-Feira, 04 de Setembro de 2020 às 14:30:00

Pesquisadores focados na área de Engenharia de Petróleo estão desenvolvendo, em Sergipe, uma ferramenta sustentável, voltada à despoluição de águas através da absorção e degradação de óleo. Baseado no aproveitamento da Luffa, espécie de esponja abundante no Nordeste brasileiro, o projeto deve reduzir o impacto ambiental gerado por águas oleosas oriundas de esgoto doméstico, postos de combustível, lava-jato e derramamento de petróleos leves e derivados. Intitulado Aqualuffa, o projeto conta com o suporte do Programa Centelha, executado pelo Governo do Estado por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec).

Corresponsável pela gestão do projeto, Denisson Santos é mestre e doutor em Engenharia de Petróleo. Ele explica que, após serem tratadas e modificadas, as esponjas do tipo Luffa são capazes de absorver o óleo contaminante e promover sua fotodegradação. “Entre os benefícios trazidos pelo projeto, pode-se listar o desenvolvimento de um material de baixo custo e sem uso de agentes químicos adicionais, além de ambientalmente correto. Outro benefício é a formação de recursos humanos especializados no Nordeste e, em especial, em Sergipe”, afirma.

Ainda segundo o gestor, o Programa Centelha foi um facilitador para a expansão do Aqualuffa. “O Centelha vai tornar possível a inserção do produto no mercado através de estratégias de marketing, que já estão sendo desenvolvidas. Essas ações tem o intuito de certificar os potenciais clientes da necessidade de utilizar nossa solução sustentável para remediar a contaminação de água com óleo em suas operações. Deste modo, esperamos que seja possível o estabelecimento de novos contratos”, explica.

Etapas

A gestão do projeto é conduzida por Denisson Santos em parceria com a pesquisadora Silvia Maria Egues Dariva. Também integram a equipe, a mestre e doutora Juliana Faccin De Conto e a doutoranda Mychelli Andrade Santos, ambas na área de Engenharia de Processos, e o estudante de Engenharia de Petróleo Victor Barbosa Lemos Cabral. 

Atualmente, o projeto encontra-se em fase de testes e ampliação do protótipo. O plano de ações também está sendo redefinido para que o produto seja apresentado às principais redes de postos de combustíveis da região. “Vamos fazer um sistema de contrato, para que o cliente só pague quando obtiver o resultado, de forma proporcional. Será vendido não só o produto, mas a cadeia completa, desde a instalação no local até a análise da água ao final do tratamento. Também serão ofertados serviços de consultoria sobre derramamento de óleo, incluindo plano de contingência, com o intuito de ajudar o cliente a manter o produto em prontidão para aplicações em casos emergenciais”, detalha Denisson.

Centelha

O Programa Centelha visa disseminar a cultura empreendedora no Brasil e estimular a criação de empreendimentos inovadores. Em Sergipe, o Governo de Sergipe operacionaliza a iniciativa por meio da Fapitec, vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). Entre 579 ideias submetidas, 23 projetos foram aprovados na fase final do edital somente no estado.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), são os promotores do Programa. A Fundação CERTI também integra a parceira, sendo responsável pela operação.