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Segunda-Feira, 15 de Janeiro de 2024 às 12:30:00
Perímetro irrigado do Governo do Estado fornece produtos para alimentação animal em Lagarto
Produção atende rebanhos extensivos ou intensivos também de fora do perímetro, quando ocorre a integração irrigado-sequeiro

Unidades produtivas do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe, em Lagarto, fornecem matéria prima para compor a ração animal dos próprios criatórios de gado de leite, de corte e equinos, e também de seus clientes. Em 2023, o perímetro administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), produziu 713,5 toneladas de capim.

Durante o mesmo ano, também foram produzidas mais de 1,5 mil toneladas de milho verde na irrigação pública de Lagarto. Versáteis, as folhas e talos do cereal, depois de colhidas as espigas, servem para compor a ração in natura ou para fazer silagem. Isso quando esses irrigantes não usam, inclusive, as espigas nos silos, como forma de enriquecimento protéico desse alimento para o gado.

A Coderse - vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) - fornece irrigação e assistência técnica às 421 unidades produtivas do perímetro Piauí. Em visita à área irrigada do Rancho São Francisco, o técnico agrícola da empresa, Jackson Ribeiro, conta que os produtores dão preferência ao BRS Capiaçu, variedade melhorada pela Embrapa, e ainda uma gramínea do gênero Cynodon.

“Ele está colhendo o Capiaçu com 50 dias. Quando a proteína bruta dele chega a até 10%. Enquanto que o capim Tifton chega a 17% ou 18% de proteína bruta. Este produtor produz a ração na propriedade. O consumo é retirado da terra. Mas ele e outros plantam o milho, fazem a silagem e fornecem ao gado. Diminuindo assim os custos de produção”, avaliou Jackson Ribeiro.

Gerente do Rancho São Francisco, Roberto Nascimento confirma que o Capiaçu irrigado diminui o custo da ração, que também é composta do milho de outros irrigantes. “É bem importante, se não fosse a Coderse aqui, a gente não tinha essa capineira. A silagem, a gente planta ou compra, mas o capim irrigado sai mais barato. Ele junta mais água e para a vaca de leite é o ideal”, observou. Na propriedade, segundo o gerente, o capim Cynodon também é usado na alimentação dos bovinos, principalmente na fase de crescimento dos bezerros.

Responsável pela alimentação do rebanho no rancho, Silvano Souza explica que são 130 vacas, 100 em lactação, que recebem três refeições por dia. “Às 10h e às 15h, são o Capiaçu e a silagem. A gente irriga o capim com o pessoal da Coderse e só cortamos o capim novo. Não deixamos crescer muito, porque não tem muita qualidade para a gente, para o gado de leite”, disse o funcionário, informando que a fazenda produz uma média de 2.200 litros de leite por dia.

Milho verde

De acordo com o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida, muitos produtores pequenos do perímetro produzem milho verde para vender e o restante, a palha, fazem a silagem para alimentar o gado. “Fornecemos a água tanto ao grande quanto ao pequeno, abastecemos ambos. A palha serve tanto no confinamento de corte, quanto para produção de leite. No caso do Roberto, o gerente da propriedade, ele investiu muito na genética do rebanho e os pequenos já estão se espelhando e se organizando assim”, anunciou.

Gildo Almeida também observa que há propriedades sustentáveis, que plantam toda ração do rebanho a partir da irrigação, como também tem irrigante que comercializa esse material forrageiro para criadores fora do perímetro, vendendo capim, palhada e o próprio milho para silagem. “Essa relação de cooperação produtiva, dos perímetros com áreas não-irrigadas, é chamada de integração irrigado-sequeiro”, destacou.

Equinos

Roberto Nascimento expõe que o rancho tem um plantel de cerca de 20 equinos da raça ‘Quarto de Milha’, entre adultos e filhotes. São animais usados na venda de material genético e potros, em concursos e competições. Com o capim Cynodon irrigado é feito feno na própria propriedade, usado para alimentar os cavalos. “A plantação de Tifton é indicada para cavalo. Na propriedade tem uma parte de cavalos de vaquejada. Com 40 dias, corto o capim, daí, jogo o adubo, a irrigação do perímetro irrigado e, com 40 dias, está bom de cortar de novo”, conclui Roberto.

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Perímetro irrigado do Governo do Estado fornece produtos para alimentação animal em Lagarto
Produção atende rebanhos extensivos ou intensivos também de fora do perímetro, quando ocorre a integração irrigado-sequeiro
Segunda-Feira, 15 de Janeiro de 2024 às 12:30:00

Unidades produtivas do Perímetro Irrigado Piauí, mantido pelo Governo de Sergipe, em Lagarto, fornecem matéria prima para compor a ração animal dos próprios criatórios de gado de leite, de corte e equinos, e também de seus clientes. Em 2023, o perímetro administrado pela Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse), produziu 713,5 toneladas de capim.

Durante o mesmo ano, também foram produzidas mais de 1,5 mil toneladas de milho verde na irrigação pública de Lagarto. Versáteis, as folhas e talos do cereal, depois de colhidas as espigas, servem para compor a ração in natura ou para fazer silagem. Isso quando esses irrigantes não usam, inclusive, as espigas nos silos, como forma de enriquecimento protéico desse alimento para o gado.

A Coderse - vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) - fornece irrigação e assistência técnica às 421 unidades produtivas do perímetro Piauí. Em visita à área irrigada do Rancho São Francisco, o técnico agrícola da empresa, Jackson Ribeiro, conta que os produtores dão preferência ao BRS Capiaçu, variedade melhorada pela Embrapa, e ainda uma gramínea do gênero Cynodon.

“Ele está colhendo o Capiaçu com 50 dias. Quando a proteína bruta dele chega a até 10%. Enquanto que o capim Tifton chega a 17% ou 18% de proteína bruta. Este produtor produz a ração na propriedade. O consumo é retirado da terra. Mas ele e outros plantam o milho, fazem a silagem e fornecem ao gado. Diminuindo assim os custos de produção”, avaliou Jackson Ribeiro.

Gerente do Rancho São Francisco, Roberto Nascimento confirma que o Capiaçu irrigado diminui o custo da ração, que também é composta do milho de outros irrigantes. “É bem importante, se não fosse a Coderse aqui, a gente não tinha essa capineira. A silagem, a gente planta ou compra, mas o capim irrigado sai mais barato. Ele junta mais água e para a vaca de leite é o ideal”, observou. Na propriedade, segundo o gerente, o capim Cynodon também é usado na alimentação dos bovinos, principalmente na fase de crescimento dos bezerros.

Responsável pela alimentação do rebanho no rancho, Silvano Souza explica que são 130 vacas, 100 em lactação, que recebem três refeições por dia. “Às 10h e às 15h, são o Capiaçu e a silagem. A gente irriga o capim com o pessoal da Coderse e só cortamos o capim novo. Não deixamos crescer muito, porque não tem muita qualidade para a gente, para o gado de leite”, disse o funcionário, informando que a fazenda produz uma média de 2.200 litros de leite por dia.

Milho verde

De acordo com o gerente do perímetro Piauí, Gildo Almeida, muitos produtores pequenos do perímetro produzem milho verde para vender e o restante, a palha, fazem a silagem para alimentar o gado. “Fornecemos a água tanto ao grande quanto ao pequeno, abastecemos ambos. A palha serve tanto no confinamento de corte, quanto para produção de leite. No caso do Roberto, o gerente da propriedade, ele investiu muito na genética do rebanho e os pequenos já estão se espelhando e se organizando assim”, anunciou.

Gildo Almeida também observa que há propriedades sustentáveis, que plantam toda ração do rebanho a partir da irrigação, como também tem irrigante que comercializa esse material forrageiro para criadores fora do perímetro, vendendo capim, palhada e o próprio milho para silagem. “Essa relação de cooperação produtiva, dos perímetros com áreas não-irrigadas, é chamada de integração irrigado-sequeiro”, destacou.

Equinos

Roberto Nascimento expõe que o rancho tem um plantel de cerca de 20 equinos da raça ‘Quarto de Milha’, entre adultos e filhotes. São animais usados na venda de material genético e potros, em concursos e competições. Com o capim Cynodon irrigado é feito feno na própria propriedade, usado para alimentar os cavalos. “A plantação de Tifton é indicada para cavalo. Na propriedade tem uma parte de cavalos de vaquejada. Com 40 dias, corto o capim, daí, jogo o adubo, a irrigação do perímetro irrigado e, com 40 dias, está bom de cortar de novo”, conclui Roberto.