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Quarta-Feira, 29 de Novembro de 2023 às 15:30:00
Governo do Estado apoia diversidade de produtos expostos por agricultores familiares na Feira da Reforma Agrária Sergipana
O evento teve início nesta quarta-feira, 29, e segue até o sábado, 2, e oferece aos consumidores produtos agrícolas in natura de origem animal e vegetal, produtos de base agroecológica, agroindustrializados, minimamente processados e artesanato

Alimentos frescos, sem agrotóxicos, e artesanatos locais podem ser encontrados na Feira da Reforma Agrária e da Agroecologia Sergipana. O evento, que teve início nesta quarta-feira, 29, e segue até o sábado, 2, é fruto de um convênio entre a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). 

O Parque de Exposições João Cleophas, no bairro José Conrado de Araújo, em Aracaju, reservou um espaço para a comercialização de produtos alimentícios e artesanais oriundos de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária e de pequenos agricultores de todas as regiões do estado. Além disso, a feira conta com programação educacional, cultural, técnica e de saúde. 

De acordo com o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Estado de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, além da comercialização de produtos saudáveis, os visitantes e assentados poderão acompanhar palestras que tratam sobre a agricultura familiar e cooperativismo, o que é importante para poder agregar valor aos produtos da agricultura familiar e, assim, fortalecer essa corrente. 

“Uma dessas palestras vai abordar sobre o desperdício de alimentos, que nós sabemos que há um volume grande de alimentos descartados por falta de conhecimento do manejo. Outra vai tratar sobre a produção de alimentos saudáveis com a agroecologia, tudo em relação à saúde. E o Governo do Estado espera que o público aracajuano venha conhecer essa feira, são pessoas que produzem o que nós chamamos de agricultura familiar”, informou. 

Durante o período de realização, a feira vai beneficiar diretamente mil pessoas, e indiretamente 10 mil famílias de todas as regiões sergipanas, representando todas as categorias de agricultores camponeses do estado, a exemplo de indígenas, quilombolas, agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos ciganos, pescadores e extrativistas como as catadoras de mangaba.

O coordenador estadual do Movimento Rural Sem Terra (MST), Zé Roberto, disse que o objetivo maior da feira é aproximar os agricultores assentados e acampados, pequenos agricultores e quilombolas. “Além disso, é uma oportunidade de aproximar os produtos de qualidade, sem agrotóxicos, dos consumidores”, enfatizou.  

Agricultores 

O casal Clenice dos Santos e Petrônio da Silva vieram de Pacatuba e já são veteranos em feiras da Agricultura Familiar. Na banca deles, mel e óleo de coco estão à disposição dos consumidores para venda. “Essa é uma experiência única, trazer o fruto do nosso trabalho para a cidade. Vendemos em feiras aqui no estado, Brasil afora e também através da internet”, informou. 

Já na banca de Petrônio, frutas como coco, banana e abacaxi enchem os olhos de quem passa. Para o agricultor familiar, essa é uma oportunidade de movimentar a economia do estado. “Essa feira é a prova que a reforma agrária dá resultado. Se a pessoa tiver vocação para trabalhar com a terra, ela gera emprego e renda na comunidade e tem a barriga cheia o tempo todo”, destacou. 

Representando a comunidade quilombola na feira e a Rede Balaio, Maria de Fátima Ferreira, é de Ilha das Flores e está comercializando arroz agroecológico e massa de milho orgânico. Os produtos dela são produzidos na região do Baixo São Francisco e sempre estão presentes nas feiras da Agricultura Familiar. “A minha expectativa de venda nesta feira está muito boa, mas mais que vendas, o que temos aqui é uma troca de experiências e de vivências”, descreveu. 

A feirante Marizete de Sá produz juntamente com sua filha peças de artesanato através da planta taboa. “Estou muito animada em participar de mais uma feira. A minha expectativa é vender todas essas bolsas e cestos”, disse apontando para os produtos. 

A aposentada Sueli Vasconcelos, ficou encantada com as bolsas que Marizete produz e aproveitou para levar uma. “Eu nunca tinha ido a uma feira dessas, estou gostando muito da qualidade das coisas. Além da bolsa, vou levar frutas e verduras para toda a família”, disse satisfeita. 

Sobre a feira

Os feirantes estão organizados em 250 núcleos de comercialização oferecendo produtos agrícolas in natura de origem animal e vegetal, produtos de base agroecológica, agroindustrializados, minimamente processados e artesanato. 

Com o carrinho de feira repleto de produtos, o marinheiro aposentado Antônio Almeida, que é morador do bairro Marcos Freire II, em Nossa Senhora do Socorro, aproveitou para abastecer sua casa de alimentos frescos. “Valeu muito a pena vir aqui”, declarou. Entre os produtos da feira, foi a banca de mudas de plantas que mais chamou a atenção da professora Mércia Prado. “Gosto muito de plantas, principalmente as medicinais”, afirmou. 

Programação cultural

Além de promover a comercialização de produtos alimentícios e artesanais, difundir a cultura camponesa e integrar culturalmente as populações urbanas e do campo, a Feira da Reforma Agrária e da Agroecologia Sergipana vai contar com uma programação cultural, durante os quatro dias de evento, sempre no período da tarde. No local, serão realizadas apresentações artísticas com o grupo Renovação, Mimi do Acordeon, banda Quixaba do Nordeste, Batuque das Mulheres de Cruiri e Fabinho Forrozão.
 

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Governo do Estado apoia diversidade de produtos expostos por agricultores familiares na Feira da Reforma Agrária Sergipana
O evento teve início nesta quarta-feira, 29, e segue até o sábado, 2, e oferece aos consumidores produtos agrícolas in natura de origem animal e vegetal, produtos de base agroecológica, agroindustrializados, minimamente processados e artesanato
Quarta-Feira, 29 de Novembro de 2023 às 15:30:00

Alimentos frescos, sem agrotóxicos, e artesanatos locais podem ser encontrados na Feira da Reforma Agrária e da Agroecologia Sergipana. O evento, que teve início nesta quarta-feira, 29, e segue até o sábado, 2, é fruto de um convênio entre a Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). 

O Parque de Exposições João Cleophas, no bairro José Conrado de Araújo, em Aracaju, reservou um espaço para a comercialização de produtos alimentícios e artesanais oriundos de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária e de pequenos agricultores de todas as regiões do estado. Além disso, a feira conta com programação educacional, cultural, técnica e de saúde. 

De acordo com o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário do Estado de Sergipe (Emdagro), Gilson dos Anjos, além da comercialização de produtos saudáveis, os visitantes e assentados poderão acompanhar palestras que tratam sobre a agricultura familiar e cooperativismo, o que é importante para poder agregar valor aos produtos da agricultura familiar e, assim, fortalecer essa corrente. 

“Uma dessas palestras vai abordar sobre o desperdício de alimentos, que nós sabemos que há um volume grande de alimentos descartados por falta de conhecimento do manejo. Outra vai tratar sobre a produção de alimentos saudáveis com a agroecologia, tudo em relação à saúde. E o Governo do Estado espera que o público aracajuano venha conhecer essa feira, são pessoas que produzem o que nós chamamos de agricultura familiar”, informou. 

Durante o período de realização, a feira vai beneficiar diretamente mil pessoas, e indiretamente 10 mil famílias de todas as regiões sergipanas, representando todas as categorias de agricultores camponeses do estado, a exemplo de indígenas, quilombolas, agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos ciganos, pescadores e extrativistas como as catadoras de mangaba.

O coordenador estadual do Movimento Rural Sem Terra (MST), Zé Roberto, disse que o objetivo maior da feira é aproximar os agricultores assentados e acampados, pequenos agricultores e quilombolas. “Além disso, é uma oportunidade de aproximar os produtos de qualidade, sem agrotóxicos, dos consumidores”, enfatizou.  

Agricultores 

O casal Clenice dos Santos e Petrônio da Silva vieram de Pacatuba e já são veteranos em feiras da Agricultura Familiar. Na banca deles, mel e óleo de coco estão à disposição dos consumidores para venda. “Essa é uma experiência única, trazer o fruto do nosso trabalho para a cidade. Vendemos em feiras aqui no estado, Brasil afora e também através da internet”, informou. 

Já na banca de Petrônio, frutas como coco, banana e abacaxi enchem os olhos de quem passa. Para o agricultor familiar, essa é uma oportunidade de movimentar a economia do estado. “Essa feira é a prova que a reforma agrária dá resultado. Se a pessoa tiver vocação para trabalhar com a terra, ela gera emprego e renda na comunidade e tem a barriga cheia o tempo todo”, destacou. 

Representando a comunidade quilombola na feira e a Rede Balaio, Maria de Fátima Ferreira, é de Ilha das Flores e está comercializando arroz agroecológico e massa de milho orgânico. Os produtos dela são produzidos na região do Baixo São Francisco e sempre estão presentes nas feiras da Agricultura Familiar. “A minha expectativa de venda nesta feira está muito boa, mas mais que vendas, o que temos aqui é uma troca de experiências e de vivências”, descreveu. 

A feirante Marizete de Sá produz juntamente com sua filha peças de artesanato através da planta taboa. “Estou muito animada em participar de mais uma feira. A minha expectativa é vender todas essas bolsas e cestos”, disse apontando para os produtos. 

A aposentada Sueli Vasconcelos, ficou encantada com as bolsas que Marizete produz e aproveitou para levar uma. “Eu nunca tinha ido a uma feira dessas, estou gostando muito da qualidade das coisas. Além da bolsa, vou levar frutas e verduras para toda a família”, disse satisfeita. 

Sobre a feira

Os feirantes estão organizados em 250 núcleos de comercialização oferecendo produtos agrícolas in natura de origem animal e vegetal, produtos de base agroecológica, agroindustrializados, minimamente processados e artesanato. 

Com o carrinho de feira repleto de produtos, o marinheiro aposentado Antônio Almeida, que é morador do bairro Marcos Freire II, em Nossa Senhora do Socorro, aproveitou para abastecer sua casa de alimentos frescos. “Valeu muito a pena vir aqui”, declarou. Entre os produtos da feira, foi a banca de mudas de plantas que mais chamou a atenção da professora Mércia Prado. “Gosto muito de plantas, principalmente as medicinais”, afirmou. 

Programação cultural

Além de promover a comercialização de produtos alimentícios e artesanais, difundir a cultura camponesa e integrar culturalmente as populações urbanas e do campo, a Feira da Reforma Agrária e da Agroecologia Sergipana vai contar com uma programação cultural, durante os quatro dias de evento, sempre no período da tarde. No local, serão realizadas apresentações artísticas com o grupo Renovação, Mimi do Acordeon, banda Quixaba do Nordeste, Batuque das Mulheres de Cruiri e Fabinho Forrozão.