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Segunda-Feira, 23 de Setembro de 2019 às 15:00:00
Seminário evidencia importância da doação de órgãos
Com o tema “Doação de Órgãos no Estado de Sergipe”, o evento abordou diversas palestras voltadas para profissionais do Huse e da Rede de Atenção, acadêmicos da área de saúde, além de profissionais externos

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Central de Transplantes (CET) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Estado, realizou nesta segunda-feira (23) no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), um evento em homenagem ao Setembro Verde e em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, comemorado próximo dia 27. Com o tema “Doação de Órgãos no Estado de Sergipe”, o evento abordou diversas palestras voltadas para profissionais do Huse e da Rede de Atenção, acadêmicos da área de saúde, além de profissionais externos.

O secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, participou da abertura do evento e destacou a importância desse chamamento e sensibilização das pessoas quanto à doação de órgãos. Segundo ele, é extremamente importante disparar o momento que celebra a vida pela vida.

“Em pleno século XXI, a gente observa uma resistência de algumas pessoas entenderem essa necessidade da doação de órgãos. Doar órgãos é um ato de celebração da vida e a SES recebeu recentemente a visita de um técnico do Ministério da Saúde, que foi visitar o Hospital Universitário para habilitar aquela unidade de saúde para fazer transplante renal e a SES é o órgão que faz esse trâmite, portanto, estamos na vanguarda apesar de Sergipe ter recuado um pouco, mas nesse momento precisamos habilitar o estado para voltar a fazer transplante renal, todos os trâmites já estão bem adiantados. Hoje o suporte no Estado em relação ao paciente que necessita de terapia renal substitutiva não deixa a desejar, temos uma cobertura muito boa mas precisamos puxar o transplante para cá, porque não é fácil conversar com um paciente que precisa estar submetido dia sim dia não a uma máquina de dialise, é um sofrimento grande”, declarou o secretário.

O coordenador da Central de Transplantes em Sergipe, Benito Fernandez, destacou que é necessário formar multiplicadores da informação e abriu as apresentações temáticas com a palestra Perfil da Doação/Transplantes no Brasil. De acordo com ele, no Setembro Verde, se procura intensificar ações para mobilizar a sociedade no sentido de instrumentalizá-la sobre o processo de doação e transplante.

“As pessoas ainda desconhecem o processo e têm muito medo da doação de órgãos. Mas a gente esclarece que o transplante é uma modalidade terapêutica que depende da doação e sem o doador não podemos fazer nada, só retira esse órgão quando a família autoriza depois do diagnóstico da morte encefálica o coração ainda está batendo, então a gente tem que esclarecer isso a sociedade, a gente não morre apenas quando o coração para, existe uma morte que é a encefálica que é onde a gente tem oportunidade de doar órgãos. Por isso é importante a gente reduzir o índice de recusa familiar no estado que é de 78% e o aceitável é que em média seja de 40%”, explicou.

O diretor técnico do Huse, Vagner Andrade, enfatizou que o Huse é um hospital de média e alta complexidade e destacou a criação de dois leitos específicos para o acolhimento dos pacientes em morte encefálica. Ele enfatiza que a unidade tem um número de potenciais doadores muito grande que passam pelo Huse.

“ Com a criação de dois leitos específicos para o acolhimento dos pacientes em morte encefálica, a SES, juntamente com a central de captação de órgãos conseguiu dar um aumento no número de possíveis doadores, então, a gente vem numa escala ascendente de possíveis doadores e até de captação de órgãos no estado de Sergipe graças ao aumento da conscientização e a criação desses dois leitos específicos na Unidade de Acolhimento Crítico do Huse”, disse.

O publicitário paulista, Alexandre Barroso, receptor de três transplantes (duas vezes de fígado e uma de rim) é voluntário e viaja o país para contar a sua história de superação e renascimento. Junto à Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o publicitário participa hoje do Jornada Asas do Bem.

“Eu já praticava esporte, mas ver o fim de vida muda tudo para gente é um outro olhar depois do transplante e me arrisco a dizer que hoje sou mais feliz e consciente depois do transplante. A gente montou como gratidão ajudar outras pessoas, hoje são 40 mil pessoas na fila e eu comecei a sensibilizar as pessoas para a doação de órgãos. É preciso que a central ao captar um doador encontre com o receptor a tempo e isso é só via aérea, daí o programa que já se chamava Asas do Bem, quando me trouxe virou Jornada do Bem”, pontuou.

A programação contou ainda com as palestras Manutenção de Potencial Doador, Comunicação de Más Notícias/Entrevista Familiar e Diagnóstico de Morte Encefálica. “A morte encefálica é um conceito definido por lei no Brasil, então existe uma resolução de novembro de 2017 que define os critérios clínicos e de exames complementar sobre o termo morte encefálica, porque existem conceitos leigos na população, por isso é importante deixar claro respeitando a lei, não tem erro é altamente específico, a sensibilidade é importante mas a prioridade de definição é não cometer erros, então a gente respeitar os critérios do diagnostico, exames clínicos, um teste de apneia, exame complementar, critérios de pre requisitos para adentrarmos a discussão do diagnóstico não teremos erro nenhum, então toda a população tem que ter a confiança quando o médico e a equipe disser que estamos em procedimento de protocolo de morte encefálica, vamos executar as etapas, eles acompanham as etapas e uma vez concluídas não restará dúvidas do diagnóstico de morte encefálica”, concluiu o neurologista Marcelo Paixão.

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Seminário evidencia importância da doação de órgãos
Com o tema “Doação de Órgãos no Estado de Sergipe”, o evento abordou diversas palestras voltadas para profissionais do Huse e da Rede de Atenção, acadêmicos da área de saúde, além de profissionais externos
Segunda-Feira, 23 de Setembro de 2019 às 15:00:00

A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Central de Transplantes (CET) e da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Estado, realizou nesta segunda-feira (23) no auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), um evento em homenagem ao Setembro Verde e em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, comemorado próximo dia 27. Com o tema “Doação de Órgãos no Estado de Sergipe”, o evento abordou diversas palestras voltadas para profissionais do Huse e da Rede de Atenção, acadêmicos da área de saúde, além de profissionais externos.

O secretário de Estado da Saúde, Valberto de Oliveira, participou da abertura do evento e destacou a importância desse chamamento e sensibilização das pessoas quanto à doação de órgãos. Segundo ele, é extremamente importante disparar o momento que celebra a vida pela vida.

“Em pleno século XXI, a gente observa uma resistência de algumas pessoas entenderem essa necessidade da doação de órgãos. Doar órgãos é um ato de celebração da vida e a SES recebeu recentemente a visita de um técnico do Ministério da Saúde, que foi visitar o Hospital Universitário para habilitar aquela unidade de saúde para fazer transplante renal e a SES é o órgão que faz esse trâmite, portanto, estamos na vanguarda apesar de Sergipe ter recuado um pouco, mas nesse momento precisamos habilitar o estado para voltar a fazer transplante renal, todos os trâmites já estão bem adiantados. Hoje o suporte no Estado em relação ao paciente que necessita de terapia renal substitutiva não deixa a desejar, temos uma cobertura muito boa mas precisamos puxar o transplante para cá, porque não é fácil conversar com um paciente que precisa estar submetido dia sim dia não a uma máquina de dialise, é um sofrimento grande”, declarou o secretário.

O coordenador da Central de Transplantes em Sergipe, Benito Fernandez, destacou que é necessário formar multiplicadores da informação e abriu as apresentações temáticas com a palestra Perfil da Doação/Transplantes no Brasil. De acordo com ele, no Setembro Verde, se procura intensificar ações para mobilizar a sociedade no sentido de instrumentalizá-la sobre o processo de doação e transplante.

“As pessoas ainda desconhecem o processo e têm muito medo da doação de órgãos. Mas a gente esclarece que o transplante é uma modalidade terapêutica que depende da doação e sem o doador não podemos fazer nada, só retira esse órgão quando a família autoriza depois do diagnóstico da morte encefálica o coração ainda está batendo, então a gente tem que esclarecer isso a sociedade, a gente não morre apenas quando o coração para, existe uma morte que é a encefálica que é onde a gente tem oportunidade de doar órgãos. Por isso é importante a gente reduzir o índice de recusa familiar no estado que é de 78% e o aceitável é que em média seja de 40%”, explicou.

O diretor técnico do Huse, Vagner Andrade, enfatizou que o Huse é um hospital de média e alta complexidade e destacou a criação de dois leitos específicos para o acolhimento dos pacientes em morte encefálica. Ele enfatiza que a unidade tem um número de potenciais doadores muito grande que passam pelo Huse.

“ Com a criação de dois leitos específicos para o acolhimento dos pacientes em morte encefálica, a SES, juntamente com a central de captação de órgãos conseguiu dar um aumento no número de possíveis doadores, então, a gente vem numa escala ascendente de possíveis doadores e até de captação de órgãos no estado de Sergipe graças ao aumento da conscientização e a criação desses dois leitos específicos na Unidade de Acolhimento Crítico do Huse”, disse.

O publicitário paulista, Alexandre Barroso, receptor de três transplantes (duas vezes de fígado e uma de rim) é voluntário e viaja o país para contar a sua história de superação e renascimento. Junto à Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o publicitário participa hoje do Jornada Asas do Bem.

“Eu já praticava esporte, mas ver o fim de vida muda tudo para gente é um outro olhar depois do transplante e me arrisco a dizer que hoje sou mais feliz e consciente depois do transplante. A gente montou como gratidão ajudar outras pessoas, hoje são 40 mil pessoas na fila e eu comecei a sensibilizar as pessoas para a doação de órgãos. É preciso que a central ao captar um doador encontre com o receptor a tempo e isso é só via aérea, daí o programa que já se chamava Asas do Bem, quando me trouxe virou Jornada do Bem”, pontuou.

A programação contou ainda com as palestras Manutenção de Potencial Doador, Comunicação de Más Notícias/Entrevista Familiar e Diagnóstico de Morte Encefálica. “A morte encefálica é um conceito definido por lei no Brasil, então existe uma resolução de novembro de 2017 que define os critérios clínicos e de exames complementar sobre o termo morte encefálica, porque existem conceitos leigos na população, por isso é importante deixar claro respeitando a lei, não tem erro é altamente específico, a sensibilidade é importante mas a prioridade de definição é não cometer erros, então a gente respeitar os critérios do diagnostico, exames clínicos, um teste de apneia, exame complementar, critérios de pre requisitos para adentrarmos a discussão do diagnóstico não teremos erro nenhum, então toda a população tem que ter a confiança quando o médico e a equipe disser que estamos em procedimento de protocolo de morte encefálica, vamos executar as etapas, eles acompanham as etapas e uma vez concluídas não restará dúvidas do diagnóstico de morte encefálica”, concluiu o neurologista Marcelo Paixão.