A Praça General Valadão, no Centro de Aracaju, foi palco, na segunda-feira, 29, de um grande adesivaço da campanha Feminicídio Zero, iniciativa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Secretaria de Estado de Políticas para as Mulheres (SPM), com participação ativa da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic). A ação marcou o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio e reuniu diferentes órgãos públicos, movimentos sociais e a sociedade civil em uma mobilização de enfrentamento à violência letal contra as mulheres.

Durante toda a manhã, equipes distribuíram adesivos da campanha e dialogaram com a população sobre a importância de denunciar e prevenir todo tipo de violência baseada em gênero. O evento também reforçou os canais de denúncia e apoio às mulheres em situação de risco.

Para a secretária da Seasic, Érica Mitidieri, a data reforça o compromisso do Estado com a defesa da vida das mulheres. “Falar sobre feminicídio é falar de um ciclo de violências que precisa ser interrompido o quanto antes. A campanha Feminicídio Zero traz um recado claro: não podemos aceitar que o machismo continue matando mulheres. A Seasic está presente nesta luta, como sempre esteve, apoiando ações intersetoriais e políticas públicas que protejam as mulheres e promovam igualdade e justiça social”, afirmou.

A coordenadora de Promoção da Igualdade Racial da Seasic, Ianne Cavalcante, destacou a importância da ação enquanto espaço de escuta e mobilização popular. “Nós estamos aqui no adesivaço e numa campanha de informação e combate a todo tipo de violência contra a mulher, as violências que a gente sabe que culminam no feminicídio. Hoje a gente está aqui evidenciando a importância de combater esse mal, porque toda mulher merece ser protegida e viver sua vida”. 

União de esforços 

A técnica de articulação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Silvania Santos, ressaltou que ações de rua são fundamentais para aproximar o debate da população. “Essas atividades são muito importantes para que a gente possa falar com a comunidade e dizer não ao feminicídio e ao transfeminicídio. Graças a Deus, Sergipe está na contramão dos dados nacionais, com uma redução significativa nos casos, mas a luta não para. Precisamos continuar mobilizados para proteger nossas mulheres e nossas famílias.”

A diretora de Proteção e Políticas para as Mulheres da SPM, Ana Carolina, reforçou o chamado à sociedade para somar forças na prevenção. “Essa é uma ação conjunta entre secretarias e a sociedade civil, porque o feminicídio é um crime que precisa ser combatido. Precisamos estar atentos e reagir”. 

Como denunciar

Casos de violência doméstica podem e devem ser denunciados. Se a agressão estiver acontecendo no momento, a Polícia Militar deve ser acionada pelo número 190. Já situações recorrentes ou que não estejam em flagrante podem ser comunicadas à Polícia Civil, através do Disque-Denúncia, pelo número 181.

A denúncia pode ser feita tanto pela vítima quanto por qualquer pessoa que testemunhe ou suspeite da violência. Em Aracaju, o atendimento especializado é realizado pelo Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), localizado na rua Itabaiana, 258, bairro São José. O telefone é (79) 3205-9400.