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Quarta-Feira, 06 de Novembro de 2013 às 11:01:00
SSP e UFS discutem parceria para criação de Mestrado em Segurança
Proposta é de que o Mestrado em Segurança e Sociedade, cuja categoria será profissional, seja oferecido a partir de 2015

Um curso de mestrado poderá ser criado para estudos sobre a Segurança Pública em Sergipe. A iniciativa surgirá de uma parceria a ser firmada entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp), ligada à Universidade Federal de Sergipe (UFS). O início das discussões sobre o projeto foi marcado por uma reunião realizada na tarde desta terça-feira, 5, entre o secretário adjunto da SSP, João Batista Santos Júnior, e as professoras Joelina Menezes (coordenadora da Renasp), Christine Jacquet e Denise Leal Albano (vice-coordenadoras).

A proposta é de que o Mestrado em Segurança e Sociedade, cuja categoria será profissional, seja oferecido a partir de 2015, após o projeto de criação do curso ser avaliado e aprovado pela Pró-Reitoria de Graduação e Pesquisa da UFS (Posgrap) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação (MEC) que regula os cursos de pós-graduação no Brasil. O projeto será entregue ao final deste mês de novembro à Posgrap – e à Capes, em março de 2014.

De acordo com a professora Denise, a ideia é de que sejam ofertadas pelo menos 30 vagas, tendo os policiais e outros profissionais do sistema de segurança pública como público-alvo preferencial, mas não exclusivo. Já a equipe de professores envolvida no projeto é multidisciplinar, englobando áreas como Ciências Sociais, Antropologia, Administração e Direito. “A perspectiva é de um mestrado profissional que tenha essa perspectiva e dimensão interdisciplinar. Não queremos restringir [o acesso aos policiais], porque nós concebemos a segurança pública em uma dimensão mais ampla”, disse ela.

A participação da SSP no Mestrado se dará através da Academia de Polícia Civil (Acadepol), que já participa dos quatro cursos de pós-graduação já oferecidos por meio da Renaesp desde 2006 – o quinto curso será oferecido em março do ano que vem. Denise Leal explica que a parceria da UFS com a SSP atende um requisito da Capes que pede o envolvimento entre universidades e instituições locais para desenvolver as atividades de mestrado profissional.

“Como o curso é sobre Segurança e Sociedade, decidimos buscar a SSP para viabilizar essa parceria, com vistas a termos também um espaço para ser compartilhado e professores da Acadepol que também possam ensinar no Mestrado. Temos na universidade já um grupo de professores e pesquisadores que têm um acúmulo que nos permite desenvolver atividades de ensino e pesquisa nesta área, mas buscando também o conhecimento adquirido no fazer, na atividade prática dos profissionais que diretamente atuam na segurança pública. Daí, a importância dessa parceria, dessa conjunção de quadros qualificados que permitam exatamente ter um curso que tenha a teoria como um suporte para orientar a prática, para possibilitar intervenções mais qualificadas no campo da segurança”, afirmou a professora.

A proposta de criação do mestrado foi muito bem recebida pelo secretário adjunto, que colocou a SSP à disposição das docentes para a viabilização da parceria e do curso. Para João Batista, o conhecimento acadêmico pode ser um aliado importante no combate ao crime. “Todo mundo sabe que a criminalidade é um fenômeno de alta complexidade. Não é só a atividade de prevenção ou investigação que vai resolver a questão. Tem que ser um trabalho multidisciplinar, engajar todos os setores da sociedade. E um dos mais importantes é a Universidade, onde estão os professores, pesquisadores e cientistas. É muito interessante que eles se debrucem no fenômeno da violência e consigam nos dar um norte pra isso. Quanto mais a gente se aproximar dos pesquisadores, do mundo acadêmico, é mais uma ferramenta que vamos ter para nos auxiliar no combate à criminalidade”, destacou.

Foi ressaltado ainda que todos os trabalhos de conclusão de curso do Mestrado em Segurança terão que ser voltados para casos práticos do cotidiano, relativos a problemas que acontecem em Sergipe. “Um mestrado que tem como foco principal a questão da segurança será importante, porque vai criar trabalhos específicos no campo da segurança que servirão de bússola para o gestor. Imagine você ter daqui a quatro ou cinco anos uma série de mestrados que produzam trabalhos específicos sobre a segurança pública em Sergipe, e um gestor público que tenha acesso ou até tenha trabalhos específicos neste sentido. Será essencial para formular as políticas de segurança pública que serão feitas nos próximos anos”, afirmou Batista.

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SSP e UFS discutem parceria para criação de Mestrado em Segurança
Proposta é de que o Mestrado em Segurança e Sociedade, cuja categoria será profissional, seja oferecido a partir de 2015
Quarta-Feira, 06 de Novembro de 2013 às 11:01:00

Um curso de mestrado poderá ser criado para estudos sobre a Segurança Pública em Sergipe. A iniciativa surgirá de uma parceria a ser firmada entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp), ligada à Universidade Federal de Sergipe (UFS). O início das discussões sobre o projeto foi marcado por uma reunião realizada na tarde desta terça-feira, 5, entre o secretário adjunto da SSP, João Batista Santos Júnior, e as professoras Joelina Menezes (coordenadora da Renasp), Christine Jacquet e Denise Leal Albano (vice-coordenadoras).

A proposta é de que o Mestrado em Segurança e Sociedade, cuja categoria será profissional, seja oferecido a partir de 2015, após o projeto de criação do curso ser avaliado e aprovado pela Pró-Reitoria de Graduação e Pesquisa da UFS (Posgrap) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação (MEC) que regula os cursos de pós-graduação no Brasil. O projeto será entregue ao final deste mês de novembro à Posgrap – e à Capes, em março de 2014.

De acordo com a professora Denise, a ideia é de que sejam ofertadas pelo menos 30 vagas, tendo os policiais e outros profissionais do sistema de segurança pública como público-alvo preferencial, mas não exclusivo. Já a equipe de professores envolvida no projeto é multidisciplinar, englobando áreas como Ciências Sociais, Antropologia, Administração e Direito. “A perspectiva é de um mestrado profissional que tenha essa perspectiva e dimensão interdisciplinar. Não queremos restringir [o acesso aos policiais], porque nós concebemos a segurança pública em uma dimensão mais ampla”, disse ela.

A participação da SSP no Mestrado se dará através da Academia de Polícia Civil (Acadepol), que já participa dos quatro cursos de pós-graduação já oferecidos por meio da Renaesp desde 2006 – o quinto curso será oferecido em março do ano que vem. Denise Leal explica que a parceria da UFS com a SSP atende um requisito da Capes que pede o envolvimento entre universidades e instituições locais para desenvolver as atividades de mestrado profissional.

“Como o curso é sobre Segurança e Sociedade, decidimos buscar a SSP para viabilizar essa parceria, com vistas a termos também um espaço para ser compartilhado e professores da Acadepol que também possam ensinar no Mestrado. Temos na universidade já um grupo de professores e pesquisadores que têm um acúmulo que nos permite desenvolver atividades de ensino e pesquisa nesta área, mas buscando também o conhecimento adquirido no fazer, na atividade prática dos profissionais que diretamente atuam na segurança pública. Daí, a importância dessa parceria, dessa conjunção de quadros qualificados que permitam exatamente ter um curso que tenha a teoria como um suporte para orientar a prática, para possibilitar intervenções mais qualificadas no campo da segurança”, afirmou a professora.

A proposta de criação do mestrado foi muito bem recebida pelo secretário adjunto, que colocou a SSP à disposição das docentes para a viabilização da parceria e do curso. Para João Batista, o conhecimento acadêmico pode ser um aliado importante no combate ao crime. “Todo mundo sabe que a criminalidade é um fenômeno de alta complexidade. Não é só a atividade de prevenção ou investigação que vai resolver a questão. Tem que ser um trabalho multidisciplinar, engajar todos os setores da sociedade. E um dos mais importantes é a Universidade, onde estão os professores, pesquisadores e cientistas. É muito interessante que eles se debrucem no fenômeno da violência e consigam nos dar um norte pra isso. Quanto mais a gente se aproximar dos pesquisadores, do mundo acadêmico, é mais uma ferramenta que vamos ter para nos auxiliar no combate à criminalidade”, destacou.

Foi ressaltado ainda que todos os trabalhos de conclusão de curso do Mestrado em Segurança terão que ser voltados para casos práticos do cotidiano, relativos a problemas que acontecem em Sergipe. “Um mestrado que tem como foco principal a questão da segurança será importante, porque vai criar trabalhos específicos no campo da segurança que servirão de bússola para o gestor. Imagine você ter daqui a quatro ou cinco anos uma série de mestrados que produzam trabalhos específicos sobre a segurança pública em Sergipe, e um gestor público que tenha acesso ou até tenha trabalhos específicos neste sentido. Será essencial para formular as políticas de segurança pública que serão feitas nos próximos anos”, afirmou Batista.