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Segunda-Feira, 23 de Março de 2009 às 11:35:00
Princípio de rebelião no Copemcan foi totalmente controlado
Insatisfação foi motivada por mudanças no sistema de visitas solicitadas por familiares

Um início de amotinamento de presos ocorrido no final da tarde do último sábado, 21, no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) foi inteiramente debelado apenas algumas horas após o seu início. A insatisfação dos internos teria sido motivada por mudanças no sistema de visitas e, após a negociação realizada pela diretoria do Copemcan e do Departamento do Sistema Penitenciário do Estado (Desipe) junto aos presos amotinados, a maior parte deles retornou pacificamente às suas celas.

“O problema aconteceu apenas com os internos de uma única ala, a A, do Pavilhão 2, que insistiram em não retornar às suas celas”, disse o diretor do Copemcan, Rosman Pereira. Com a insistência dos internos, a diretoria do presídio utilizou-se das suas prerrogativas legais e convocou o Grupo de Operações Penitenciárias (Gope), que usou balas de borracha e bombas de efeito moral para acalmar os presos e conduzi-los aos seus alojamentos. “Nada de mais grave ocorreu. Ainda assim tomamos todas as providências e chamamos o Samu 192 Sergipe para atender os feridos. Ao todo, foram seis internos que sofreram escoriações. Desses, apenas dois necessitaram de um atendimento mais detalhado, recebendo dois pontos na perna cada um deles”, informou Pereira.

Quanto ao motivo do princípio de rebelião, o diretor do Desipe, Manuel Lúcio Neto, foi enfático. “Toda mudança gera algum tipo de insatisfação, ainda que tenha sido por parte de uma minoria. Mas é bom que fique claro que a mudança no sistema de visitação vem sendo discutido há cinco meses com o conhecimento da Vara de Execuções Penais e foi motivada por pedidos dos próprios familiares dos detentos”, frisou. "Nós sabemos que tudo isso será benéfico para a maioria. E como vivemos em um regime democrático, o que for escolhido pela maioria é o que ficará valendo”, acrescentou Manuel Lúcio Neto.

“A visita íntima mantem-se normalmente aos sábados. Mas o problema é que tínhamos uma média de 1,1 mil visitantes a cada domingo, chegando a picos de até 1,6 mil visitantes em um mesmo dia, o que era impraticável. Basta analisar o tempo que uma pessoa levava para entrar no Copemcan, sendo que algumas pessoas se dirigiam para a porta do presídio ainda na noite de sábado. Por isso, os próprios visitantes nos pediram algum tipo de providência no sentido de minorar esse sofrimento”, garantiu Manuel Lúcio.

Como ficou a visitação

Com as novas regras para visitação, os internos passam a receber a visita geral juntamente nos dias em que já recebiam as chamadas 'mensagens', ou seja, a entrega de alimentos em menor quantidade, a exemplo de lanches e afins. “Ou seja, vamos inclusive desonerar as famílias dos internos, que agora poderão fazer a visita geral no dia em que iam ao presídio para levar o lanche. Com isso, também diminuiremos o tempo de revista, além de fazê-la de forma ainda mais rigorosa. Agora, qualquer visitante levará entre quarenta minutos e uma hora para ter acesso ao Copemcan”, destacou Manuel Lúcio.

Todos os pavilhões, juntamente com as suas alas, terão visitação organizada pelos dias da semana. O diretor do Copemcan informou que nas segundas-feiras será liberada a visitação ao Pavilhão 1; nas terças, ao Pavilhão 2; nas quartas, ao Pavilhão 3; quintas, Pavilhão 4 e sextas-feiras ao Pavilhão 5. “Além disso, para que ninguém saia prejudicado, por conta destes serem dias úteis, aumentamos o números de cadastrados para a visita de cinco para doze pessoas. Dessa forma, nenhum interno e nem seus familiares poderão ser prejudicados”, finalizou Rosman Pereira.

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Princípio de rebelião no Copemcan foi totalmente controlado
Insatisfação foi motivada por mudanças no sistema de visitas solicitadas por familiares
Segunda-Feira, 23 de Março de 2009 às 11:35:00

Um início de amotinamento de presos ocorrido no final da tarde do último sábado, 21, no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan) foi inteiramente debelado apenas algumas horas após o seu início. A insatisfação dos internos teria sido motivada por mudanças no sistema de visitas e, após a negociação realizada pela diretoria do Copemcan e do Departamento do Sistema Penitenciário do Estado (Desipe) junto aos presos amotinados, a maior parte deles retornou pacificamente às suas celas.

“O problema aconteceu apenas com os internos de uma única ala, a A, do Pavilhão 2, que insistiram em não retornar às suas celas”, disse o diretor do Copemcan, Rosman Pereira. Com a insistência dos internos, a diretoria do presídio utilizou-se das suas prerrogativas legais e convocou o Grupo de Operações Penitenciárias (Gope), que usou balas de borracha e bombas de efeito moral para acalmar os presos e conduzi-los aos seus alojamentos. “Nada de mais grave ocorreu. Ainda assim tomamos todas as providências e chamamos o Samu 192 Sergipe para atender os feridos. Ao todo, foram seis internos que sofreram escoriações. Desses, apenas dois necessitaram de um atendimento mais detalhado, recebendo dois pontos na perna cada um deles”, informou Pereira.

Quanto ao motivo do princípio de rebelião, o diretor do Desipe, Manuel Lúcio Neto, foi enfático. “Toda mudança gera algum tipo de insatisfação, ainda que tenha sido por parte de uma minoria. Mas é bom que fique claro que a mudança no sistema de visitação vem sendo discutido há cinco meses com o conhecimento da Vara de Execuções Penais e foi motivada por pedidos dos próprios familiares dos detentos”, frisou. "Nós sabemos que tudo isso será benéfico para a maioria. E como vivemos em um regime democrático, o que for escolhido pela maioria é o que ficará valendo”, acrescentou Manuel Lúcio Neto.

“A visita íntima mantem-se normalmente aos sábados. Mas o problema é que tínhamos uma média de 1,1 mil visitantes a cada domingo, chegando a picos de até 1,6 mil visitantes em um mesmo dia, o que era impraticável. Basta analisar o tempo que uma pessoa levava para entrar no Copemcan, sendo que algumas pessoas se dirigiam para a porta do presídio ainda na noite de sábado. Por isso, os próprios visitantes nos pediram algum tipo de providência no sentido de minorar esse sofrimento”, garantiu Manuel Lúcio.

Como ficou a visitação

Com as novas regras para visitação, os internos passam a receber a visita geral juntamente nos dias em que já recebiam as chamadas 'mensagens', ou seja, a entrega de alimentos em menor quantidade, a exemplo de lanches e afins. “Ou seja, vamos inclusive desonerar as famílias dos internos, que agora poderão fazer a visita geral no dia em que iam ao presídio para levar o lanche. Com isso, também diminuiremos o tempo de revista, além de fazê-la de forma ainda mais rigorosa. Agora, qualquer visitante levará entre quarenta minutos e uma hora para ter acesso ao Copemcan”, destacou Manuel Lúcio.

Todos os pavilhões, juntamente com as suas alas, terão visitação organizada pelos dias da semana. O diretor do Copemcan informou que nas segundas-feiras será liberada a visitação ao Pavilhão 1; nas terças, ao Pavilhão 2; nas quartas, ao Pavilhão 3; quintas, Pavilhão 4 e sextas-feiras ao Pavilhão 5. “Além disso, para que ninguém saia prejudicado, por conta destes serem dias úteis, aumentamos o números de cadastrados para a visita de cinco para doze pessoas. Dessa forma, nenhum interno e nem seus familiares poderão ser prejudicados”, finalizou Rosman Pereira.