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Terça-Feira, 04 de Fevereiro de 2014 às 11:05:00
Pesquisa aponta SE como um dos estados com menos mortes em assaltos a banco
A pesquisa revelou, ainda, que os tipos de ocorrências mais comuns são as famosas “saidinhas de banco” com 49% dos eventos criminosos, assaltos a correspondentes bancários (22%) e roubos a agências (12%)

Pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), divulgada no final de janeiro de 2014, aponta Sergipe como um dos estados brasileiros onde menos ocorreram mortes por assaltos a banco no ano passado. Os dados mostram que o Estado não registrou homicídios em agências bancárias no ano de 2011, contabilizou uma em 2012 e outra em 2013. Considerando que houve um aumento de 14,04% nos registros de mortes em todo o Brasil, a Secretaria de Segurança Pública comemora os dados.

Confrontando os dados da pesquisa com a estatística produzida pelo Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil verifica-se que a morte contabilizada na pesquisa não ocorreu em uma agência bancária, mas em um correspondente bancário na cidade de Salgado. “Este fato ocorreu em ponto  Banese e teve como vítima um vigilante de uma empresa de segurança”, destacou o diretor do Cope, delegado Flávio Albuquerque. Ainda assim,  afirma o delegado, levando-se em conta apenas os dados da Contraf-CUT, os resultados alcançados em Sergipe são muito positivos.

Os dados gerais mostram que foram registradas em 2011, 49 mortes, subindo para 57 em 2012 e no passado esse número chegou a 65. São Paulo aparece na pesquisa como líder em mortes em assaltos a banco no País com 17 eventos, representando 26% das ocorrências do Brasil. Rio de Janeiro vem em segundo lugar com 17%, seguido pelo Estado da Bahia com 11% dos homicídios ocorridos nas agências.

A pesquisa revelou, ainda, que os tipos de ocorrências mais comuns são as famosas “saidinhas de banco” com 49% dos eventos criminosos, assaltos a correspondentes bancários (22%) e roubos a agências (12%). O perfil das vítimas também foi alvo do estudo que comprovou que 55% delas são clientes das instituições financeiras, 15% são vigilantes que trabalham nesses locais e 11% são policiais acionados para atender as ocorrências. 92,3% das vítimas são do sexo masculino.

Para o secretário de segurança pública, João Eloy de Menezes, a pesquisa comprovou que os bancos não investem como deveriam na segurança de suas instituições financeiras. Segundo a pesquisa, os cinco maiores bancos do país investiram R$ 2,4 bilhões em segurança frente a um lucro líquido de R$ 42,2 bilhões.  “A verdade é que os bancos encontram brechas na legislação e instalam um corresponde bancário em qualquer esquina sem a menor estrutura física, sem vigilância, câmeras de segurança ou portas giratórias”, explicou.

Flávio Albuquerque frisou que após consultoria do Cope, o Banco do Estado de Sergipe (Banese) passou a investir na segurança de suas agências e a consequência foi uma redução significativa no número de eventos delituosos. “No Brasil, é a Polícia Federal quem fiscaliza se a legislação federal que determina os itens mínimos de segurança das instituições financeiras estão sendo cumpridos. Felizmente, esta pesquisa informou que 28 bancos vão pagar R$ 24,3 em multas por desobedecer a legislação”, disse.

Metodologia

A pesquisa da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNV) repercutiu bastante na imprensa brasileira nos últimos dias. A metodologia utilizada pelas confederações baseou-se em notícias veiculadas pela própria imprensa e tiveram apoio técnico do Dieese.

Combate aos roubos

Graças a um trabalho coordenado do Cope com apoio da Divisão de Inteligência Policial (Dipol) e da Polícia Militar, Sergipe mantém um alto índice de elucidação nos crimes de assaltos, arrombamentos e explosões contra agências bancárias. Ao todo, foram 37 casos registrados em Sergipe no ano de 2013, incluindo três assaltos com sequestros de gerentes, cinco assaltos diretos à mão armada, oito arrombamentos de caixas eletrônicos com maçaricos e 21 explosões contra tais equipamentos, entre tentativas e atos consumados.

Segundo a superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitoza, a maioria absoluta dos casos já teve seus autores descobertos, presos e processados, através de investigações e trabalhos conjuntos das polícias Civil e Militar.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, destacou que a Polícia Militar realizou diversas prisões em parceria com a Polícia Civil em vários pontos do Nordeste. Uma das prisões ocorreu em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza. Nesta cidade foi presa uma de quadrilha acusada de roubar um carro-forte que abastecia o Banese, do bairro Santo Antônio, e a agência do Banco Itaú, da avenida Hermes Fontes, no dia 9 de abril. Não houve vítimas fatais nestes assaltos.

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A pesquisa revelou, ainda, que os tipos de ocorrências mais comuns são as famosas “saidinhas de banco” com 49% dos eventos criminosos, assaltos a correspondentes bancários (22%) e roubos a agências (12%)
Terça-Feira, 04 de Fevereiro de 2014 às 11:05:00

Pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), divulgada no final de janeiro de 2014, aponta Sergipe como um dos estados brasileiros onde menos ocorreram mortes por assaltos a banco no ano passado. Os dados mostram que o Estado não registrou homicídios em agências bancárias no ano de 2011, contabilizou uma em 2012 e outra em 2013. Considerando que houve um aumento de 14,04% nos registros de mortes em todo o Brasil, a Secretaria de Segurança Pública comemora os dados.

Confrontando os dados da pesquisa com a estatística produzida pelo Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil verifica-se que a morte contabilizada na pesquisa não ocorreu em uma agência bancária, mas em um correspondente bancário na cidade de Salgado. “Este fato ocorreu em ponto  Banese e teve como vítima um vigilante de uma empresa de segurança”, destacou o diretor do Cope, delegado Flávio Albuquerque. Ainda assim,  afirma o delegado, levando-se em conta apenas os dados da Contraf-CUT, os resultados alcançados em Sergipe são muito positivos.

Os dados gerais mostram que foram registradas em 2011, 49 mortes, subindo para 57 em 2012 e no passado esse número chegou a 65. São Paulo aparece na pesquisa como líder em mortes em assaltos a banco no País com 17 eventos, representando 26% das ocorrências do Brasil. Rio de Janeiro vem em segundo lugar com 17%, seguido pelo Estado da Bahia com 11% dos homicídios ocorridos nas agências.

A pesquisa revelou, ainda, que os tipos de ocorrências mais comuns são as famosas “saidinhas de banco” com 49% dos eventos criminosos, assaltos a correspondentes bancários (22%) e roubos a agências (12%). O perfil das vítimas também foi alvo do estudo que comprovou que 55% delas são clientes das instituições financeiras, 15% são vigilantes que trabalham nesses locais e 11% são policiais acionados para atender as ocorrências. 92,3% das vítimas são do sexo masculino.

Para o secretário de segurança pública, João Eloy de Menezes, a pesquisa comprovou que os bancos não investem como deveriam na segurança de suas instituições financeiras. Segundo a pesquisa, os cinco maiores bancos do país investiram R$ 2,4 bilhões em segurança frente a um lucro líquido de R$ 42,2 bilhões.  “A verdade é que os bancos encontram brechas na legislação e instalam um corresponde bancário em qualquer esquina sem a menor estrutura física, sem vigilância, câmeras de segurança ou portas giratórias”, explicou.

Flávio Albuquerque frisou que após consultoria do Cope, o Banco do Estado de Sergipe (Banese) passou a investir na segurança de suas agências e a consequência foi uma redução significativa no número de eventos delituosos. “No Brasil, é a Polícia Federal quem fiscaliza se a legislação federal que determina os itens mínimos de segurança das instituições financeiras estão sendo cumpridos. Felizmente, esta pesquisa informou que 28 bancos vão pagar R$ 24,3 em multas por desobedecer a legislação”, disse.

Metodologia

A pesquisa da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNV) repercutiu bastante na imprensa brasileira nos últimos dias. A metodologia utilizada pelas confederações baseou-se em notícias veiculadas pela própria imprensa e tiveram apoio técnico do Dieese.

Combate aos roubos

Graças a um trabalho coordenado do Cope com apoio da Divisão de Inteligência Policial (Dipol) e da Polícia Militar, Sergipe mantém um alto índice de elucidação nos crimes de assaltos, arrombamentos e explosões contra agências bancárias. Ao todo, foram 37 casos registrados em Sergipe no ano de 2013, incluindo três assaltos com sequestros de gerentes, cinco assaltos diretos à mão armada, oito arrombamentos de caixas eletrônicos com maçaricos e 21 explosões contra tais equipamentos, entre tentativas e atos consumados.

Segundo a superintendente da Polícia Civil, Katarina Feitoza, a maioria absoluta dos casos já teve seus autores descobertos, presos e processados, através de investigações e trabalhos conjuntos das polícias Civil e Militar.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, destacou que a Polícia Militar realizou diversas prisões em parceria com a Polícia Civil em vários pontos do Nordeste. Uma das prisões ocorreu em Aquiraz, região metropolitana de Fortaleza. Nesta cidade foi presa uma de quadrilha acusada de roubar um carro-forte que abastecia o Banese, do bairro Santo Antônio, e a agência do Banco Itaú, da avenida Hermes Fontes, no dia 9 de abril. Não houve vítimas fatais nestes assaltos.