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Sexta-Feira, 23 de Maio de 2008 às 15:37:00
Corregedoria da Polícia Civil agiliza procedimentos administrativos
A Corregedoria passa a contar com profissionais exclusivos para integrar suas quatro comissões

A partir deste mês de maio, a Corregedoria da Polícia Civil de Sergipe passa a contar com profissionais exclusivos para integrar suas quatro comissões de disciplina voltadas à apuração de crimes e infrações administrativas praticadas pelos servidores da instituição. A medida foi tomada para aprimorar os procedimentos do setor, detectando com mais rapidez e coibindo as irregularidades encontradas nas diligências da polícia judiciária.

De acordo com a corregedora-geral, delegada Katarina Feitoza, antes as pessoas que faziam parte das comissões, incluindo a de correição e de sindicância, não tinham dedicação exclusiva. "Eram profissionais que trabalhavam nas delegacias e só vinham à Corregedoria para participar das reuniões semanais, quando tinham disponibilidade. Além disso, democratizamos as comissões, pois hoje elas são compostas, além do secretário e do delegado, por agentes e escrivães, escolhidos com base na estabilidade e na idoneidade, que não respondem a nenhum procedimento administrativo", explica.

Além de Katarina Feitoza, a Corregedoria conta com o trabalho de três delegados: Paulo Márcio Ramos Cruz, que só responde pela parte administrativa; Antônio Sérgio Araújo e José Inephânio Cardoso. Estes dois últimos são responsáveis tanto pelas funções administrativas como pelos procedimentos criminais. Atualmente o órgão possui 31 servidores, dentre agentes e escrivães, com dedicação exclusiva e que trabalham durante oito horas por dia, podendo participar de reuniões diárias, se necessário.

A expectativa é de que a mudança possa trazer bons resultados estatísticos. Nos últimos oito meses, a Corregedoria concluiu 20 procedimentos administrativos. "Somente este ano, cerca de 40 procedimentos criminais foram encaminhados à Justiça e sete policiais foram afastados da instituição, dada a prática de crimes de concussão, peculato, dentre outros. A Polícia Civil precisa ter uma Corregedoria forte para adquirir a credibilidade da população, apurando e coibindo as condutas irregulares do servidor", diz a corregedora.

As ações do órgão também possuem caráter preventivo. A comissão de correição manteve recentemente reuniões com chefes de cartório para orientar procedimentos técnico-administrativos e unificar as rotinas de trabalho, com o intuito de prevenir a ocorrência de atos ilícitos por parte dos policiais. As informações da Corregedoria acabam ainda implicando em determinadas decisões políticas a serem tomadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, indicando as áreas que requerem prioridade no plano de investimentos da instituição.

"Se percebermos que houve muitas denúncias de crimes de abusos de autoridade, por exemplo, podemos propor à diretoria da Acadepol que providencie cursos para capacitar o policial a manter o bom relacionamento com o público, ou até mesmo encaminhar o profissional a um tratamento psicológico, pois pode tratar-se de stress. Então nossa função também é de orientação, não só de punição", ressalta Katarina Feitoza.

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Corregedoria da Polícia Civil agiliza procedimentos administrativos
A Corregedoria passa a contar com profissionais exclusivos para integrar suas quatro comissões
Sexta-Feira, 23 de Maio de 2008 às 15:37:00

A partir deste mês de maio, a Corregedoria da Polícia Civil de Sergipe passa a contar com profissionais exclusivos para integrar suas quatro comissões de disciplina voltadas à apuração de crimes e infrações administrativas praticadas pelos servidores da instituição. A medida foi tomada para aprimorar os procedimentos do setor, detectando com mais rapidez e coibindo as irregularidades encontradas nas diligências da polícia judiciária.

De acordo com a corregedora-geral, delegada Katarina Feitoza, antes as pessoas que faziam parte das comissões, incluindo a de correição e de sindicância, não tinham dedicação exclusiva. "Eram profissionais que trabalhavam nas delegacias e só vinham à Corregedoria para participar das reuniões semanais, quando tinham disponibilidade. Além disso, democratizamos as comissões, pois hoje elas são compostas, além do secretário e do delegado, por agentes e escrivães, escolhidos com base na estabilidade e na idoneidade, que não respondem a nenhum procedimento administrativo", explica.

Além de Katarina Feitoza, a Corregedoria conta com o trabalho de três delegados: Paulo Márcio Ramos Cruz, que só responde pela parte administrativa; Antônio Sérgio Araújo e José Inephânio Cardoso. Estes dois últimos são responsáveis tanto pelas funções administrativas como pelos procedimentos criminais. Atualmente o órgão possui 31 servidores, dentre agentes e escrivães, com dedicação exclusiva e que trabalham durante oito horas por dia, podendo participar de reuniões diárias, se necessário.

A expectativa é de que a mudança possa trazer bons resultados estatísticos. Nos últimos oito meses, a Corregedoria concluiu 20 procedimentos administrativos. "Somente este ano, cerca de 40 procedimentos criminais foram encaminhados à Justiça e sete policiais foram afastados da instituição, dada a prática de crimes de concussão, peculato, dentre outros. A Polícia Civil precisa ter uma Corregedoria forte para adquirir a credibilidade da população, apurando e coibindo as condutas irregulares do servidor", diz a corregedora.

As ações do órgão também possuem caráter preventivo. A comissão de correição manteve recentemente reuniões com chefes de cartório para orientar procedimentos técnico-administrativos e unificar as rotinas de trabalho, com o intuito de prevenir a ocorrência de atos ilícitos por parte dos policiais. As informações da Corregedoria acabam ainda implicando em determinadas decisões políticas a serem tomadas pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, indicando as áreas que requerem prioridade no plano de investimentos da instituição.

"Se percebermos que houve muitas denúncias de crimes de abusos de autoridade, por exemplo, podemos propor à diretoria da Acadepol que providencie cursos para capacitar o policial a manter o bom relacionamento com o público, ou até mesmo encaminhar o profissional a um tratamento psicológico, pois pode tratar-se de stress. Então nossa função também é de orientação, não só de punição", ressalta Katarina Feitoza.