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Segunda-Feira, 29 de Setembro de 2025 às 16:45:00
SES participa de qualificação do Ministério da Saúde para diagnóstico precoce e tratamento de hanseníase
Sergipe não é considerado um estado hiperendêmico, mas apresenta elevada taxa de detecção de novos casos da doença

O Brasil é o segundo país do mundo que mais registra novos casos de hanseníase, segundo o Ministério da Saúde. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou, nesta segunda-feira, 29, a segunda etapa da capacitação para qualificação de diagnóstico precoce da doença, tratamento e avaliação neurológica simplificada. As atividades foram direcionadas aos profissionais de saúde de Itabaiana e região, e seguem até a sexta-feira, 3.

A ação de qualificação foi promovida pela Coordenação-Geral de Vigilância da Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde (CGHDE/MS), em parceria com a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da SES e a Secretaria Municipal de Saúde de Itabaiana. Além de fazer parte de um projeto financiado pela Fundação Nippon, organização internacional e filantrópica que promove atividades educativas em diversos países.

A primeira etapa do curso aconteceu na regional de Lagarto e envolveu seis municípios. Nesta segunda fase, em Itabaiana, 13 cidades participaram. O objetivo é qualificar os profissionais para realizarem o diagnóstico precoce e avaliação neurológica simplificada, padronizando condutas, minimizando sequelas e otimizando a reabilitação.

De acordo com a referência técnica do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES, Fátima Dias, Sergipe não é considerado um estado hiperendêmico, mas apresenta uma elevada taxa de detecção de novos casos da doença, registrada em 14,01 em 2024. Com esse índice, o território sergipano ocupou a nona posição entre os estados brasileiros que mais identificaram novas ocorrências da enfermidade no ano anterior.

“Essa taxa mostra que somos eficazes em detectar a doença e que precisamos continuar em alerta. A hanseníase é uma doença que afeta nervos e pele, podendo levar à imobilidade. Quando o profissional de saúde faz o diagnóstico precoce, o paciente já pode iniciar o tratamento e evitar que o caso se agrave”, explicou Fátima.

Segundo o representante da CGHDE/MS, Alexandre Casimiro, a capacitação é direcionada aos profissionais que atuam desde o diagnóstico até o tratamento da hanseníase. “Essa qualificação envolve agentes comunitários de saúde, profissionais da área médica; da reabilitação, como a fisioterapia e a terapia ocupacional; além das equipes de enfermagem e dos laboratórios, com o objetivo de proporcionar cuidado integral aos pacientes acometidos pela hanseníase”, destacou.

Para a secretária municipal de saúde de Itabaiana, Genilza Santos, é fundamental realizar a busca ativa de hanseníase, visto que a doença ainda está em alta na região. “Em Itabaiana, já registramos 11 casos de hanseníase em 2025. Todos estão sendo tratados. Por isso, é muito importante capacitar esses profissionais, para realizar diagnósticos precoces, fazer uma busca ativa e dar qualidade de vida a esses pacientes”, enfatizou.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, curável e não hereditária, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele e os nervos, causando lesões, perda de sensibilidade e força muscular. É essencial que os profissionais de saúde estejam capacitados para realizarem o diagnóstico precoce da enfermidade a fim de evitar que os pacientes tenham sequelas físicas irreversíveis.

Profissionais capacitados

Para a enfermeira Beatriz Almeida, que atua no Programa Saúde da Família do município de Itabaiana, a ação de qualificação também colabora na desmistificação da hanseníase. “Essa é uma doença muito estigmatizada e muitos pacientes de casos mais avançados, que ficaram com sequelas físicas, sofrem preconceito. É importante conscientizar os próprios profissionais para educar a população que não é uma doença transmitida pelo toque ou respiração”, declarou.

O médico Marcelo Santana reforçou a relevância da capacitação para melhorar o diagnóstico precoce da infecção. “A hanseníase tem uma prevalência muito alta, mas muitas vezes não é diagnosticada cedo porque tem um período de incubação. Então, esse tipo de capacitação é muito importante para que nós, profissionais, estejamos em alerta para melhor diagnosticar os casos dessa doença”, pontuou.

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SES participa de qualificação do Ministério da Saúde para diagnóstico precoce e tratamento de hanseníase
Sergipe não é considerado um estado hiperendêmico, mas apresenta elevada taxa de detecção de novos casos da doença
Segunda-Feira, 29 de Setembro de 2025 às 16:45:00

O Brasil é o segundo país do mundo que mais registra novos casos de hanseníase, segundo o Ministério da Saúde. Diante desse cenário, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) iniciou, nesta segunda-feira, 29, a segunda etapa da capacitação para qualificação de diagnóstico precoce da doença, tratamento e avaliação neurológica simplificada. As atividades foram direcionadas aos profissionais de saúde de Itabaiana e região, e seguem até a sexta-feira, 3.

A ação de qualificação foi promovida pela Coordenação-Geral de Vigilância da Hanseníase e Doenças em Eliminação do Ministério da Saúde (CGHDE/MS), em parceria com a Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) da SES e a Secretaria Municipal de Saúde de Itabaiana. Além de fazer parte de um projeto financiado pela Fundação Nippon, organização internacional e filantrópica que promove atividades educativas em diversos países.

A primeira etapa do curso aconteceu na regional de Lagarto e envolveu seis municípios. Nesta segunda fase, em Itabaiana, 13 cidades participaram. O objetivo é qualificar os profissionais para realizarem o diagnóstico precoce e avaliação neurológica simplificada, padronizando condutas, minimizando sequelas e otimizando a reabilitação.

De acordo com a referência técnica do Programa Estadual de Controle da Hanseníase da SES, Fátima Dias, Sergipe não é considerado um estado hiperendêmico, mas apresenta uma elevada taxa de detecção de novos casos da doença, registrada em 14,01 em 2024. Com esse índice, o território sergipano ocupou a nona posição entre os estados brasileiros que mais identificaram novas ocorrências da enfermidade no ano anterior.

“Essa taxa mostra que somos eficazes em detectar a doença e que precisamos continuar em alerta. A hanseníase é uma doença que afeta nervos e pele, podendo levar à imobilidade. Quando o profissional de saúde faz o diagnóstico precoce, o paciente já pode iniciar o tratamento e evitar que o caso se agrave”, explicou Fátima.

Segundo o representante da CGHDE/MS, Alexandre Casimiro, a capacitação é direcionada aos profissionais que atuam desde o diagnóstico até o tratamento da hanseníase. “Essa qualificação envolve agentes comunitários de saúde, profissionais da área médica; da reabilitação, como a fisioterapia e a terapia ocupacional; além das equipes de enfermagem e dos laboratórios, com o objetivo de proporcionar cuidado integral aos pacientes acometidos pela hanseníase”, destacou.

Para a secretária municipal de saúde de Itabaiana, Genilza Santos, é fundamental realizar a busca ativa de hanseníase, visto que a doença ainda está em alta na região. “Em Itabaiana, já registramos 11 casos de hanseníase em 2025. Todos estão sendo tratados. Por isso, é muito importante capacitar esses profissionais, para realizar diagnósticos precoces, fazer uma busca ativa e dar qualidade de vida a esses pacientes”, enfatizou.

Hanseníase

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa, curável e não hereditária, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele e os nervos, causando lesões, perda de sensibilidade e força muscular. É essencial que os profissionais de saúde estejam capacitados para realizarem o diagnóstico precoce da enfermidade a fim de evitar que os pacientes tenham sequelas físicas irreversíveis.

Profissionais capacitados

Para a enfermeira Beatriz Almeida, que atua no Programa Saúde da Família do município de Itabaiana, a ação de qualificação também colabora na desmistificação da hanseníase. “Essa é uma doença muito estigmatizada e muitos pacientes de casos mais avançados, que ficaram com sequelas físicas, sofrem preconceito. É importante conscientizar os próprios profissionais para educar a população que não é uma doença transmitida pelo toque ou respiração”, declarou.

O médico Marcelo Santana reforçou a relevância da capacitação para melhorar o diagnóstico precoce da infecção. “A hanseníase tem uma prevalência muito alta, mas muitas vezes não é diagnosticada cedo porque tem um período de incubação. Então, esse tipo de capacitação é muito importante para que nós, profissionais, estejamos em alerta para melhor diagnosticar os casos dessa doença”, pontuou.