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Quinta-Feira, 17 de Junho de 2010 às 18:18:00
Samu contará com aparelhos de telecardiografia para diagnóstico de infarto
O equipamento permite que, em menos de cinco minutos, o médico já tenha o diagnóstico de infarto do paciente

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) passará a contar com uma importante ferramenta para a garantia do atendimento de qualidade. Serão instalados aparelhos de telecardiografia em dez das 14 Unidades de Suporte Avançado (USA) do Estado. O equipamento permite que, em menos de cinco minutos, o médico já tenha o diagnóstico de infarto do paciente. A primeira capacitação aconteceu nesta quinta-feira, 17, na Universidade Tiradentes (Unit).

Conforme explicou o superintendente do Samu, Edvaldo Santos, o equipamento é um eletrocardiógrafo digital que transmite via internet, celular ou telefone fixo o som captado. “Este som é transformado em eletrocardiograma na central de cardiologia do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. Lá, o cardiologista faz o diagnóstico e, em até cinco minutos, o médico do Samu tem acesso ao laudo do eletrocardiograma”, explicou.

Ao todo, 58 médicos e enfermeiros passarão pelo treinamento que termina nesta sexta-feira, 18. “Esta capacitação tem um significado incalculável para o Samu. Na verdade, este encontro significa avanço tecnológico e, principalmente, a melhoria da prestação de serviço. Um sertanejo de Canindé (município a 199 quilômetros da capital), por exemplo, vai ter seu diagnóstico em poucos minutos”, ressaltou Antônio Carlos Guimarães, presidente da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), órgão responsável por gerenciar o Samu 192 Sergipe.

O presidente da FHS ainda salientou o bom desempenho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Sergipe. “Sou de São Paulo e lá não temos um Samu tão estruturado quanto o daqui. Na verdade, Sergipe é um dos poucos estados que conta com o Samu regionalizado”, reforçou. Somente o Acre, Santa Catarina e Goiás, além do Distrito Federal, apresentam o mesmo cenário.

Projeto

O projeto é uma parceria entre o Ministério da Saúde (MS) e o Hospital do Coração (HCor), um dos seis hospitais de excelência do país. Destinados para as ambulâncias de suporte avançado de todo território nacional, os aparelhos de telecardiografia permitem a realização de eletrocardiograma de 12 derivações em um paciente com uma suspeita de infarto.

“Este exame pode ser feito em qualquer lugar: na rua, na casa do paciente. O material é encaminhando online para o HCor, onde há um cardiologista de plantão, que vai fazer o diagnóstico do eletro e retornar o laudo para essa viatura”, frisou Antônio Cláudio de Oliveira, enfermeiro do Centro de Treinamento da unidade de excelência.

Hoje, 120 viaturas em todo o país já contam com o serviço. O Ministério da Saúde prevê a implantação em 450. “Não tem custo nenhum de implantação para rede Samu da região. Tudo custeado pelo MS e Hospital do Coração”, afirmou Antônio Cláudio. Segundo ele, a partir do diagnóstico correto o paciente será encaminhando para a unidade que ofereça tratamento adequado.
“Isso evita que o paciente seja encaminhando para um hospital que não tem condições de recebê-lo e que esse paciente espere muito tempo para ser atendido. Numa região onde o médico está muito longe do hospital, com o diagnóstico em mãos, ele tem como escolher o melhor hospital para atender aquele paciente”, reforçou o enfermeiro do HCor.

Contrapartida

A contrapartida feita pelo Estado de Sergipe foi a aquisição de uma medicação trombolítica, caracterizada como a mais moderna para o tratamento do infarto. Cada ampola da medicação custa, em média, R$ 2.600. “Quando um infarto é diagnosticado nas primeiras seis horas de dor, a medicação consegue dissolver o coágulo. Então, o paciente não apresenta nenhuma sequela na fibra miocárdica”, detalhou o superintendente do Samu 192 Sergipe.

O custo do tratamento de um paciente através desse método chega até R$ 6 mil, contando com duas ampolas necessárias por paciente e mais a medicação coadjuvante usada. “Além de garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes, este tratamento gera economia para o Estado, porque diminui sequelas, a insuficiência cardíaca, as aposentadorias precoces, o tempo de internação hospitalar e dispensa a internação em UTI”, concluiu Edvaldo Santos.

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Samu contará com aparelhos de telecardiografia para diagnóstico de infarto
O equipamento permite que, em menos de cinco minutos, o médico já tenha o diagnóstico de infarto do paciente
Quinta-Feira, 17 de Junho de 2010 às 18:18:00

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) passará a contar com uma importante ferramenta para a garantia do atendimento de qualidade. Serão instalados aparelhos de telecardiografia em dez das 14 Unidades de Suporte Avançado (USA) do Estado. O equipamento permite que, em menos de cinco minutos, o médico já tenha o diagnóstico de infarto do paciente. A primeira capacitação aconteceu nesta quinta-feira, 17, na Universidade Tiradentes (Unit).

Conforme explicou o superintendente do Samu, Edvaldo Santos, o equipamento é um eletrocardiógrafo digital que transmite via internet, celular ou telefone fixo o som captado. “Este som é transformado em eletrocardiograma na central de cardiologia do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. Lá, o cardiologista faz o diagnóstico e, em até cinco minutos, o médico do Samu tem acesso ao laudo do eletrocardiograma”, explicou.

Ao todo, 58 médicos e enfermeiros passarão pelo treinamento que termina nesta sexta-feira, 18. “Esta capacitação tem um significado incalculável para o Samu. Na verdade, este encontro significa avanço tecnológico e, principalmente, a melhoria da prestação de serviço. Um sertanejo de Canindé (município a 199 quilômetros da capital), por exemplo, vai ter seu diagnóstico em poucos minutos”, ressaltou Antônio Carlos Guimarães, presidente da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), órgão responsável por gerenciar o Samu 192 Sergipe.

O presidente da FHS ainda salientou o bom desempenho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em Sergipe. “Sou de São Paulo e lá não temos um Samu tão estruturado quanto o daqui. Na verdade, Sergipe é um dos poucos estados que conta com o Samu regionalizado”, reforçou. Somente o Acre, Santa Catarina e Goiás, além do Distrito Federal, apresentam o mesmo cenário.

Projeto

O projeto é uma parceria entre o Ministério da Saúde (MS) e o Hospital do Coração (HCor), um dos seis hospitais de excelência do país. Destinados para as ambulâncias de suporte avançado de todo território nacional, os aparelhos de telecardiografia permitem a realização de eletrocardiograma de 12 derivações em um paciente com uma suspeita de infarto.

“Este exame pode ser feito em qualquer lugar: na rua, na casa do paciente. O material é encaminhando online para o HCor, onde há um cardiologista de plantão, que vai fazer o diagnóstico do eletro e retornar o laudo para essa viatura”, frisou Antônio Cláudio de Oliveira, enfermeiro do Centro de Treinamento da unidade de excelência.

Hoje, 120 viaturas em todo o país já contam com o serviço. O Ministério da Saúde prevê a implantação em 450. “Não tem custo nenhum de implantação para rede Samu da região. Tudo custeado pelo MS e Hospital do Coração”, afirmou Antônio Cláudio. Segundo ele, a partir do diagnóstico correto o paciente será encaminhando para a unidade que ofereça tratamento adequado.
“Isso evita que o paciente seja encaminhando para um hospital que não tem condições de recebê-lo e que esse paciente espere muito tempo para ser atendido. Numa região onde o médico está muito longe do hospital, com o diagnóstico em mãos, ele tem como escolher o melhor hospital para atender aquele paciente”, reforçou o enfermeiro do HCor.

Contrapartida

A contrapartida feita pelo Estado de Sergipe foi a aquisição de uma medicação trombolítica, caracterizada como a mais moderna para o tratamento do infarto. Cada ampola da medicação custa, em média, R$ 2.600. “Quando um infarto é diagnosticado nas primeiras seis horas de dor, a medicação consegue dissolver o coágulo. Então, o paciente não apresenta nenhuma sequela na fibra miocárdica”, detalhou o superintendente do Samu 192 Sergipe.

O custo do tratamento de um paciente através desse método chega até R$ 6 mil, contando com duas ampolas necessárias por paciente e mais a medicação coadjuvante usada. “Além de garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes, este tratamento gera economia para o Estado, porque diminui sequelas, a insuficiência cardíaca, as aposentadorias precoces, o tempo de internação hospitalar e dispensa a internação em UTI”, concluiu Edvaldo Santos.