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Terça-Feira, 04 de Fevereiro de 2014 às 15:10:00
Quase 50% dos pacientes da Pediatria do Huse são de Aracaju
Índice se mantém na pediatria da Unidade

No último quadrimestre de 2013, dos 8.093 pacientes que deram entrada na Pediatria do Huse, 3.757 (46,42%) eram de Aracaju. O segundo município que mais demandou pacientes foi Nossa Senhora do Socorro com 1.687 (20,8%), seguido de São Cristóvão, com 1.306 pacientes (16,11%).  Das demais cidades sergipanas, foram atendidos 895 pacientes (11%) e de outros estados, 448 (5,5%).

"70% dos pacientes do Huse são pacientes das Unidades de Pronto Atendimento ou de Unidades Básicas de Saúde", afirmou a coordenadora da Unidade Pediátrica da Unidade, Christianne Souza Barreto. O índice se refere ao período 2009/2010, resultado de um trabalho da equipe que participou em 2010 do curso de capacitação "Gestão da Clínica nos Hospitais do SUS". Christianne Barreto participou deste treinamento ao lado de outros profissionais da Secretaria de Estado da Saúde.

Na avaliação da coordenadora, esse índice se mantém na Pediatria do Hospital de Urgência de Sergipe. "Na pediatria deve ser igual à unidade de adultos", disse. Para ela, a falta de resolutividade nas unidades de saúde dos bairros e da própria UPA Zona Norte que não tem atendimento pediátrico e Zona Sul contribui significativamente para lotar o Huse.

A dona de casa Patrícia Maciel levou a filha de 4 anos, que sentiu dor no ouvido, para o posto de saúde do seu bairro e conta que, chegando lá, a atendente encaminhou mãe e filha para a Pediatria do HUSE. "Fiquei muito preocupada com minha filha e a primeira coisa que fiz foi levá-la no posto de saúde que fica aqui pertinho da minha casa, mas lá não tinha médico e o atendimento ia demorar então eles encaminharam para o Huse. Graças a Deus minha filha foi medicada e fez exames. Tudo certinho", esclareceu.

O caso volta a se repetir com o filho de 5 anos da dona de casa Acácia dos Anjos que, por causa de um quadro de tosse, a mãe procurou atendimento no posto de saúde do bairro. "Meu filho está tossindo muito há dois meses e eu correndo de um posto para outro e ninguém resolve nada, só passava um xarope e ele não melhorava e não faziam nenhum exame. Resolvi trazer aqui na Pediatria do Huse e ele fez hemograma completo, raio-x do pulmão e recebeu medicação", informou a mãe.

Segundo a coordenadora da Pediatria, essa é a rotina: a maioria dos casos que chega à Unidade Pediátrica do Huse é de crianças com infecção das vias aéreas, amigdalites, infecção de pele, diarréia e asma leve. "Casos que o médico diagnostica, medica e o paciente vai embora", complementou.

A dona de casa Edvânia Muniz, 40, acompanhou, na semana passada, o filho que apresentava uma alergia. "Busquei atendimento em várias unidades como o Zona Norte e Zona Sul e não fui atendida. As recepcionistas informam que não tem médico para o caso, então dessa vez não quis arriscar e vim direto para o HUSE. Aqui se demorar um pouco é lucro por que ele vai sair medicado e com os exames prontos", afirmou.

Christianne Barreto acredita que, após a completa capacitação de acolhimento e classificação de risco, baseado no protocolo de Manchester, que é também uma das diretrizes do SOS Emergências, essas ocorrências de casos mais leves reduzam no Huse. O curso aconteceu em janeiro. A Triagem de Manchester teve origem na Inglaterra, na cidade de Manchester e tem como estratégia reduzir a superlotação nas portas dos pronto socorros e hospitais.

Correndo de um lado para outro estava o pequeno Jaime Silva, 3. Mesmo com uma irritação nos olhos e a preocupação da sua mãe, a dona de casa Cheila Silva, o garotinho não parava de brincar enquanto aguardava o resultado do exame, na Área Azul, da Pediatria do Huse. "As pessoas falam muito desse hospital mas aqui foi o único que atendeu meu filho com dignidade. Ele recebeu o atendimento e fez os exames necessários. Fui em um centro médico e não resolveram nada", explicou.

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Quase 50% dos pacientes da Pediatria do Huse são de Aracaju
Índice se mantém na pediatria da Unidade
Terça-Feira, 04 de Fevereiro de 2014 às 15:10:00

No último quadrimestre de 2013, dos 8.093 pacientes que deram entrada na Pediatria do Huse, 3.757 (46,42%) eram de Aracaju. O segundo município que mais demandou pacientes foi Nossa Senhora do Socorro com 1.687 (20,8%), seguido de São Cristóvão, com 1.306 pacientes (16,11%).  Das demais cidades sergipanas, foram atendidos 895 pacientes (11%) e de outros estados, 448 (5,5%).

"70% dos pacientes do Huse são pacientes das Unidades de Pronto Atendimento ou de Unidades Básicas de Saúde", afirmou a coordenadora da Unidade Pediátrica da Unidade, Christianne Souza Barreto. O índice se refere ao período 2009/2010, resultado de um trabalho da equipe que participou em 2010 do curso de capacitação "Gestão da Clínica nos Hospitais do SUS". Christianne Barreto participou deste treinamento ao lado de outros profissionais da Secretaria de Estado da Saúde.

Na avaliação da coordenadora, esse índice se mantém na Pediatria do Hospital de Urgência de Sergipe. "Na pediatria deve ser igual à unidade de adultos", disse. Para ela, a falta de resolutividade nas unidades de saúde dos bairros e da própria UPA Zona Norte que não tem atendimento pediátrico e Zona Sul contribui significativamente para lotar o Huse.

A dona de casa Patrícia Maciel levou a filha de 4 anos, que sentiu dor no ouvido, para o posto de saúde do seu bairro e conta que, chegando lá, a atendente encaminhou mãe e filha para a Pediatria do HUSE. "Fiquei muito preocupada com minha filha e a primeira coisa que fiz foi levá-la no posto de saúde que fica aqui pertinho da minha casa, mas lá não tinha médico e o atendimento ia demorar então eles encaminharam para o Huse. Graças a Deus minha filha foi medicada e fez exames. Tudo certinho", esclareceu.

O caso volta a se repetir com o filho de 5 anos da dona de casa Acácia dos Anjos que, por causa de um quadro de tosse, a mãe procurou atendimento no posto de saúde do bairro. "Meu filho está tossindo muito há dois meses e eu correndo de um posto para outro e ninguém resolve nada, só passava um xarope e ele não melhorava e não faziam nenhum exame. Resolvi trazer aqui na Pediatria do Huse e ele fez hemograma completo, raio-x do pulmão e recebeu medicação", informou a mãe.

Segundo a coordenadora da Pediatria, essa é a rotina: a maioria dos casos que chega à Unidade Pediátrica do Huse é de crianças com infecção das vias aéreas, amigdalites, infecção de pele, diarréia e asma leve. "Casos que o médico diagnostica, medica e o paciente vai embora", complementou.

A dona de casa Edvânia Muniz, 40, acompanhou, na semana passada, o filho que apresentava uma alergia. "Busquei atendimento em várias unidades como o Zona Norte e Zona Sul e não fui atendida. As recepcionistas informam que não tem médico para o caso, então dessa vez não quis arriscar e vim direto para o HUSE. Aqui se demorar um pouco é lucro por que ele vai sair medicado e com os exames prontos", afirmou.

Christianne Barreto acredita que, após a completa capacitação de acolhimento e classificação de risco, baseado no protocolo de Manchester, que é também uma das diretrizes do SOS Emergências, essas ocorrências de casos mais leves reduzam no Huse. O curso aconteceu em janeiro. A Triagem de Manchester teve origem na Inglaterra, na cidade de Manchester e tem como estratégia reduzir a superlotação nas portas dos pronto socorros e hospitais.

Correndo de um lado para outro estava o pequeno Jaime Silva, 3. Mesmo com uma irritação nos olhos e a preocupação da sua mãe, a dona de casa Cheila Silva, o garotinho não parava de brincar enquanto aguardava o resultado do exame, na Área Azul, da Pediatria do Huse. "As pessoas falam muito desse hospital mas aqui foi o único que atendeu meu filho com dignidade. Ele recebeu o atendimento e fez os exames necessários. Fui em um centro médico e não resolveram nada", explicou.