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Sexta-Feira, 19 de Dezembro de 2008 às 19:17:00
Prefeitos destacam apoio do Estado na reestruturação da Rede Básica de Saúde
Todos os 75 municípios sergipanos estão recebendo melhorias na Rede de Atenção Básica

Com a formalização dos convênios entre o Governo de Sergipe e 40 municípios para a implantação de mais 41 Clínicas de Saúde da Família (CSF), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) fecha o ano de 2008 contemplando 100% das cidades sergipanas, no que se refere à estrutura necessária para a melhoria e ampliação dos serviços da Rede de Atenção Básica. "A gente sabe que esse tipo de serviço, incluindo a destinação de recursos para a infra-estrutura, é de responsabilidade das prefeituras, mas se o Estado ajuda, fica mais fácil de atender a população", destacou o prefeito de Pedrinhas, José Cleber de Santana Fonseca.
 
José Cleber, assim como outros prefeitos das demais cidades beneficiadas, compareceu na manhã desta sexta-feira, 19, ao auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) para participar da solenidade de assinatura do convênio, juntamente com o governador Marcelo Déda, que vai permitir que o município, o qual administrará até 31 de dezembro, receba R$ 590 mil para a construção de uma clínica. Desse total, R$ 500 mil serão destinados à obra e o restante à aquisição de equipamentos. "Como estou finalizando agora o meu segundo mandato, fico então na torcida para que tudo dê certo", disse José Cleber.
 
A implantação dessas 41 CSF integra a segunda etapa do projeto de reestruturação da Rede de Atenção Básica de Sergipe. Dessa vez, os recursos a serem repassados aos 40 municípios perfazem um total de R$ 26,5 milhões. Na primeira etapa, foram contempladas 38 cidades com 56 clínicas, num investimento de mais de R$ 32 milhões. As obras em algumas dessas unidades se encontram em estágio adiantado e duas delas já foram concluídas, sendo uma em Laranjeiras e a outra em Itabaiana. A inauguração de ambas acontece nesta segunda-feira, 22.
 
Três das 75 cidades sergipanas estão novamente sendo contempladas - Nossa Senhora do Socorro, Poço Verde e Simão Dias - e algumas, numa única etapa, receberam recursos para a implantação de mais de uma CSF, a exemplo de Estância (3), Itabi (2) e São Miguel do Aleixo (3). A ordem de prioridade e o número de unidades foram definidos a partir de um criterioso processo de avaliação das instalações das unidades básicas de saúde de todo o estado, bem como da demanda de atendimento. O estudo foi feito em 2007 pela Coordenação de Atenção Básica da SES e levou três meses para ser concluído.
 
Padrão de qualidade
 
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, ao estabelecer esse pacto com as prefeituras, destinando recursos para a implantação das CSF, o Governo de Sergipe está assumindo o desafio de qualificar a Rede de Atenção Básica com investimentos em infra-estrutura que permitem a realização de serviços básicos, através da introdução de padrões de ambiência, insumo, equipe, oferta e organização produtiva. "O que nós estamos buscando é compatibilizar a estrutura física da unidade com o modelo conceitual de atendimento à população estabelecido pelo Ministério da Saúde", explicou.
 
A iniciativa, segundo Rogério, terá um impacto positivo tanto em municípios menores, quanto nas cidades consideradas pólos regionais. A expectativa do secretário é validada pelo prefeito eleito de Pedra Mole, Cleverton Santos, e o atual administrador de Propriá, Paulo Brito, que continuará à frente do município pelos próximos quatro anos. "A clínica que vamos receber terá capacidade para alocar duas equipes do Programa Saúde da Família (PSF), o que permitirá atender melhor os nossos quase três mil habitantes", afirmou Cleverton, que revelou estar ansioso para assumir a prefeitura e consolidar o projeto do Governo do Estado.
 
Para o prefeito reeleito de Propriá, a expectativa é semelhante. O município já havia sido contemplado na primeira etapa do projeto com duas clínicas, cujas obras já estão em fase de finalização, segundo Paulo Brito. "Somos um pólo regional de saúde, mas a implantação dessas unidades atenderá especificamente a população local nas suas necessidades básicas de saúde", ressaltou. Ele aproveitou também para destacar a construção/reforma do Hospital Regional de Própria que está em andamento. "Com o hospital, o impacto na saúde pública será maior, já que atenderá toda a região do Baixo São Francisco nos casos de baixa e média complexidade, reduzindo o fluxo para a capital".
 
O projeto arquitetônico de todas as CSF foi planejado para oferecer serviços integrais e qualificados. As instalações incluem salas de espera, de imunização, de observação e de reunião, recepção, consultórios para médicos e enfermeiros, gabinetes odontológicos e banheiros, inclusive para pessoas com necessidades especiais. Nestas unidades serão ofertados serviços do PSF, que incluem ações de saúde bucal, da criança, da mulher, do adulto e de vigilância em saúde. "O Governo do Estado está doando os recursos e vai acompanhar todo o processo de implantação das clínicas. Quando finalizadas, a tarefa de manter os serviços em funcionamento será do município", esclareceu Rogério.
 
Menos despesas
 
Nos municípios onde existem os chamados Hospitais de Pequeno Porte (HPP), a SES vai transformá-los em Clínicas de Saúde da Família 24 horas. "Além de oferecer atendimento ambulatorial com as equipes do PSF, a unidade estará estruturada para funcionar ininterruptamente. Então, na prática, elas acabam competindo com os HPP", afirmou o secretário, acrescentando que a mudança será mais vantajosa para o município, pois manter duas unidades – a clínica e o hospital com quase os mesmos serviços – significa mais despesas e não garante que a população será assistida de forma satisfatória.
 
Campo do Brito é uma das cidades que terá o seu hospital local transformado em CSF 24h. "A gente espera não só uma redução de custos, como também a melhoria e ampliação da oferta", disse o prefeito Manuel de Souza, que nesta manhã estava acompanhado do presidente da associação beneficente que administra o HPP do município, Ernesto Sobrinho. "Os recursos estão ficando cada vez mais escassos e, infelizmente, a unidade vem funcionando de maneira precária. Por isso é que enxergamos com bons olhos a iniciativa do Estado e vamos colaborar para que ela se concretize", concluiu Ernesto. O valor total do investimento em Campo do Brito será de R$ 950 mil e a unidade terá estrutura para comportar quatro equipes de PSF.

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Prefeitos destacam apoio do Estado na reestruturação da Rede Básica de Saúde
Todos os 75 municípios sergipanos estão recebendo melhorias na Rede de Atenção Básica
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Com a formalização dos convênios entre o Governo de Sergipe e 40 municípios para a implantação de mais 41 Clínicas de Saúde da Família (CSF), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) fecha o ano de 2008 contemplando 100% das cidades sergipanas, no que se refere à estrutura necessária para a melhoria e ampliação dos serviços da Rede de Atenção Básica. "A gente sabe que esse tipo de serviço, incluindo a destinação de recursos para a infra-estrutura, é de responsabilidade das prefeituras, mas se o Estado ajuda, fica mais fácil de atender a população", destacou o prefeito de Pedrinhas, José Cleber de Santana Fonseca.
 
José Cleber, assim como outros prefeitos das demais cidades beneficiadas, compareceu na manhã desta sexta-feira, 19, ao auditório do Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) para participar da solenidade de assinatura do convênio, juntamente com o governador Marcelo Déda, que vai permitir que o município, o qual administrará até 31 de dezembro, receba R$ 590 mil para a construção de uma clínica. Desse total, R$ 500 mil serão destinados à obra e o restante à aquisição de equipamentos. "Como estou finalizando agora o meu segundo mandato, fico então na torcida para que tudo dê certo", disse José Cleber.
 
A implantação dessas 41 CSF integra a segunda etapa do projeto de reestruturação da Rede de Atenção Básica de Sergipe. Dessa vez, os recursos a serem repassados aos 40 municípios perfazem um total de R$ 26,5 milhões. Na primeira etapa, foram contempladas 38 cidades com 56 clínicas, num investimento de mais de R$ 32 milhões. As obras em algumas dessas unidades se encontram em estágio adiantado e duas delas já foram concluídas, sendo uma em Laranjeiras e a outra em Itabaiana. A inauguração de ambas acontece nesta segunda-feira, 22.
 
Três das 75 cidades sergipanas estão novamente sendo contempladas - Nossa Senhora do Socorro, Poço Verde e Simão Dias - e algumas, numa única etapa, receberam recursos para a implantação de mais de uma CSF, a exemplo de Estância (3), Itabi (2) e São Miguel do Aleixo (3). A ordem de prioridade e o número de unidades foram definidos a partir de um criterioso processo de avaliação das instalações das unidades básicas de saúde de todo o estado, bem como da demanda de atendimento. O estudo foi feito em 2007 pela Coordenação de Atenção Básica da SES e levou três meses para ser concluído.
 
Padrão de qualidade
 
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, ao estabelecer esse pacto com as prefeituras, destinando recursos para a implantação das CSF, o Governo de Sergipe está assumindo o desafio de qualificar a Rede de Atenção Básica com investimentos em infra-estrutura que permitem a realização de serviços básicos, através da introdução de padrões de ambiência, insumo, equipe, oferta e organização produtiva. "O que nós estamos buscando é compatibilizar a estrutura física da unidade com o modelo conceitual de atendimento à população estabelecido pelo Ministério da Saúde", explicou.
 
A iniciativa, segundo Rogério, terá um impacto positivo tanto em municípios menores, quanto nas cidades consideradas pólos regionais. A expectativa do secretário é validada pelo prefeito eleito de Pedra Mole, Cleverton Santos, e o atual administrador de Propriá, Paulo Brito, que continuará à frente do município pelos próximos quatro anos. "A clínica que vamos receber terá capacidade para alocar duas equipes do Programa Saúde da Família (PSF), o que permitirá atender melhor os nossos quase três mil habitantes", afirmou Cleverton, que revelou estar ansioso para assumir a prefeitura e consolidar o projeto do Governo do Estado.
 
Para o prefeito reeleito de Propriá, a expectativa é semelhante. O município já havia sido contemplado na primeira etapa do projeto com duas clínicas, cujas obras já estão em fase de finalização, segundo Paulo Brito. "Somos um pólo regional de saúde, mas a implantação dessas unidades atenderá especificamente a população local nas suas necessidades básicas de saúde", ressaltou. Ele aproveitou também para destacar a construção/reforma do Hospital Regional de Própria que está em andamento. "Com o hospital, o impacto na saúde pública será maior, já que atenderá toda a região do Baixo São Francisco nos casos de baixa e média complexidade, reduzindo o fluxo para a capital".
 
O projeto arquitetônico de todas as CSF foi planejado para oferecer serviços integrais e qualificados. As instalações incluem salas de espera, de imunização, de observação e de reunião, recepção, consultórios para médicos e enfermeiros, gabinetes odontológicos e banheiros, inclusive para pessoas com necessidades especiais. Nestas unidades serão ofertados serviços do PSF, que incluem ações de saúde bucal, da criança, da mulher, do adulto e de vigilância em saúde. "O Governo do Estado está doando os recursos e vai acompanhar todo o processo de implantação das clínicas. Quando finalizadas, a tarefa de manter os serviços em funcionamento será do município", esclareceu Rogério.
 
Menos despesas
 
Nos municípios onde existem os chamados Hospitais de Pequeno Porte (HPP), a SES vai transformá-los em Clínicas de Saúde da Família 24 horas. "Além de oferecer atendimento ambulatorial com as equipes do PSF, a unidade estará estruturada para funcionar ininterruptamente. Então, na prática, elas acabam competindo com os HPP", afirmou o secretário, acrescentando que a mudança será mais vantajosa para o município, pois manter duas unidades – a clínica e o hospital com quase os mesmos serviços – significa mais despesas e não garante que a população será assistida de forma satisfatória.
 
Campo do Brito é uma das cidades que terá o seu hospital local transformado em CSF 24h. "A gente espera não só uma redução de custos, como também a melhoria e ampliação da oferta", disse o prefeito Manuel de Souza, que nesta manhã estava acompanhado do presidente da associação beneficente que administra o HPP do município, Ernesto Sobrinho. "Os recursos estão ficando cada vez mais escassos e, infelizmente, a unidade vem funcionando de maneira precária. Por isso é que enxergamos com bons olhos a iniciativa do Estado e vamos colaborar para que ela se concretize", concluiu Ernesto. O valor total do investimento em Campo do Brito será de R$ 950 mil e a unidade terá estrutura para comportar quatro equipes de PSF.