Única maternidade da rede pública a oferecer o Método Canguru, a Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) proporciona às mães a oportunidade de cuidar dos bebês prematuros através do contato pele a pele, possibilitando a saída de maneira mais rápida da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Entre janeiro e junho, foram mais de 6 mil atendimentos entre partos, atendimento ambulatoriais e outros serviços.
O método recebe o nome de canguru devido à maneira pela qual as mães carregam seus bebês após o nascimento, e tem o objetivo de incentivar e valorizar a presença da genitora e da família em um momento em que o recém-nascido precisa de uma assistência especial. São três etapas que iniciam ainda na UTI, onde o bebê recebe atendimento e passa por um período de incubação até que ganhe peso, seguido de um período diretamente com a mãe ainda na maternidade e depois na assistência após alta médica.
Com a saúde da criança assegurada após sua saída da UTI, a mãe pode cuidar do seu filho na ala verde da MNSL, participando da segunda etapa, na qual é orientada através de um treinamento sobre como funciona. O contato direto da mãe com o bebê humaniza o processo, além de aumentar os índices de aleitamento materno e, consequentemente, ganho de peso.
Para Josevânia Rocha, mãe de um bebê prematuro nascido com vinte e sete semanas, a iniciativa é importante para a saúde e desenvolvimento do seu filho. “O Método Canguru é bom porque a gente aprende a cuidar deles como se deve, desde o início. Já vai fazer um mês que estou aqui e fico com ele o tempo inteiro. Só tiro pra dar banho ou amamentar”, disse.
Esse é o segundo filho de Josevânia que nasceu de maneira prematura, mas o primeiro não recebeu esse tipo de atendimento. “Meu outro filho não foi atendido aqui. Passei por um momento muito mais doloroso porque não tinha contato direto com ele e tinha que vê-lo na incubadora o tempo inteiro”, relembra.
O Método Canguru pode ser adotado pela família. É uma oportunidade de oferecer ao bebê a sensação de acolhimento necessária para sua boa recuperação. “Depois que adotamos o método, meu filho desenvolveu muito. O que sinto é como se também estivesse com ele na minha barriga. Posso sentir todos os movimentos e ele reconhece nosso toque”, relata o marido de Josevânia, Jeferson Rocha, que também participa do processo.
Durante todo mês de junho, a MNSL realizou o atendimento de 533 bebês na Unidade Intermediária do Método Canguru. Mesmo após o recebimento de alta, existe um acompanhamento dos bebês realizado pela maternidade, que inclui assistência e exames periódicos até que a criança atinja os dois anos de idade de maneira saudável.
A responsável técnica da Neomatologia, Carline Rabelo de Oliveira, explica que o método também promove a rotatividade dos leitos da UTI da maternidade, visto que os bebês ficam sob os cuidados das mães de maneira mais rápida. “As crianças ficam na UTI até que alcancem um peso de aproximadamente 1.250g para que possam ser transferidas para a próxima etapa. Com esse método, é possível tirar o bebê precocemente da Unidade de Tratamento Intensivo e, dessa forma, possibilitar que outras crianças possam ser atendidas de acordo com a demanda da maternidade”, conta.
Ainda de acordo com Carline, o método tem bons resultados, mas é preciso que as mães estejam preparadas para passar um determinado período na maternidade. “O método começa ainda na UTI, porém existem mães que não podem participar de todo o processo porque, muitas vezes, possuem outras atribuições ou outros filhos para cuidar. Entendemos que cada caso necessita de um cuidado especial”, disse.
O método é planejado e supervisionado por profissionais que são capacitados para atender esses casos. Proporcionar que as mães se apoderem dos seus filhos e tenham essa responsabilidade também são objetivos do método.
Juliana dos Santos deu a luz há pouco mais de vinte dias e já está participando do método. “No início fiquei assustada, porque ele é tão pequeno, mal nasceu e já foi pra incubadora, mas agora estou aliviada. O contato com a pele da gente faz com que me sinta mais segura com ele aqui perto”, relata.
O bebê de Juliana nasceu com 1.310g e já está com 1.615g. “Eu acho que além do leite, o contato com a mãe faz com que ele se desenvolva mais rápido. Esse é o meu primeiro filho. O pai no início estranhou, mas depois se juntou a mim e, hoje, sempre que pode vem para cá e fica cuidando dele também. Estou confiante”, conta.
Desde 2004, a MNSL é referência estadual no atendimento canguru e segundo Carline Rabelo, nos últimos dois anos os índices que medem a eficácia do procedimento não tiveram grandes alterações. Em 2014, foram 362 pacientes e o número de atendimentos na terceira etapa do processo foi de 983. A idade gestacional foi de 33 semanas, peso médio de 1.570g. Em 2015, praticamente todos os dados permaneceram na mesma média.
Estrutura
A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes dispõe de 43 leitos obstétricos clínicos e 26 cirúrgicos, além de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outros profissionais. O centro obstétrico é responsável pelos atendimentos à população, tanto de Sergipe quanto de estados circunvizinhos. No próprio sistema de admissão, as gestantes são avaliadas, transferidas ou liberadas para o prénatal.
Única maternidade da rede pública a oferecer o Método Canguru, a Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) proporciona às mães a oportunidade de cuidar dos bebês prematuros através do contato pele a pele, possibilitando a saída de maneira mais rápida da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Entre janeiro e junho, foram mais de 6 mil atendimentos entre partos, atendimento ambulatoriais e outros serviços.
O método recebe o nome de canguru devido à maneira pela qual as mães carregam seus bebês após o nascimento, e tem o objetivo de incentivar e valorizar a presença da genitora e da família em um momento em que o recém-nascido precisa de uma assistência especial. São três etapas que iniciam ainda na UTI, onde o bebê recebe atendimento e passa por um período de incubação até que ganhe peso, seguido de um período diretamente com a mãe ainda na maternidade e depois na assistência após alta médica.
Com a saúde da criança assegurada após sua saída da UTI, a mãe pode cuidar do seu filho na ala verde da MNSL, participando da segunda etapa, na qual é orientada através de um treinamento sobre como funciona. O contato direto da mãe com o bebê humaniza o processo, além de aumentar os índices de aleitamento materno e, consequentemente, ganho de peso.
Para Josevânia Rocha, mãe de um bebê prematuro nascido com vinte e sete semanas, a iniciativa é importante para a saúde e desenvolvimento do seu filho. “O Método Canguru é bom porque a gente aprende a cuidar deles como se deve, desde o início. Já vai fazer um mês que estou aqui e fico com ele o tempo inteiro. Só tiro pra dar banho ou amamentar”, disse.
Esse é o segundo filho de Josevânia que nasceu de maneira prematura, mas o primeiro não recebeu esse tipo de atendimento. “Meu outro filho não foi atendido aqui. Passei por um momento muito mais doloroso porque não tinha contato direto com ele e tinha que vê-lo na incubadora o tempo inteiro”, relembra.
O Método Canguru pode ser adotado pela família. É uma oportunidade de oferecer ao bebê a sensação de acolhimento necessária para sua boa recuperação. “Depois que adotamos o método, meu filho desenvolveu muito. O que sinto é como se também estivesse com ele na minha barriga. Posso sentir todos os movimentos e ele reconhece nosso toque”, relata o marido de Josevânia, Jeferson Rocha, que também participa do processo.
Durante todo mês de junho, a MNSL realizou o atendimento de 533 bebês na Unidade Intermediária do Método Canguru. Mesmo após o recebimento de alta, existe um acompanhamento dos bebês realizado pela maternidade, que inclui assistência e exames periódicos até que a criança atinja os dois anos de idade de maneira saudável.
A responsável técnica da Neomatologia, Carline Rabelo de Oliveira, explica que o método também promove a rotatividade dos leitos da UTI da maternidade, visto que os bebês ficam sob os cuidados das mães de maneira mais rápida. “As crianças ficam na UTI até que alcancem um peso de aproximadamente 1.250g para que possam ser transferidas para a próxima etapa. Com esse método, é possível tirar o bebê precocemente da Unidade de Tratamento Intensivo e, dessa forma, possibilitar que outras crianças possam ser atendidas de acordo com a demanda da maternidade”, conta.
Ainda de acordo com Carline, o método tem bons resultados, mas é preciso que as mães estejam preparadas para passar um determinado período na maternidade. “O método começa ainda na UTI, porém existem mães que não podem participar de todo o processo porque, muitas vezes, possuem outras atribuições ou outros filhos para cuidar. Entendemos que cada caso necessita de um cuidado especial”, disse.
O método é planejado e supervisionado por profissionais que são capacitados para atender esses casos. Proporcionar que as mães se apoderem dos seus filhos e tenham essa responsabilidade também são objetivos do método.
Juliana dos Santos deu a luz há pouco mais de vinte dias e já está participando do método. “No início fiquei assustada, porque ele é tão pequeno, mal nasceu e já foi pra incubadora, mas agora estou aliviada. O contato com a pele da gente faz com que me sinta mais segura com ele aqui perto”, relata.
O bebê de Juliana nasceu com 1.310g e já está com 1.615g. “Eu acho que além do leite, o contato com a mãe faz com que ele se desenvolva mais rápido. Esse é o meu primeiro filho. O pai no início estranhou, mas depois se juntou a mim e, hoje, sempre que pode vem para cá e fica cuidando dele também. Estou confiante”, conta.
Desde 2004, a MNSL é referência estadual no atendimento canguru e segundo Carline Rabelo, nos últimos dois anos os índices que medem a eficácia do procedimento não tiveram grandes alterações. Em 2014, foram 362 pacientes e o número de atendimentos na terceira etapa do processo foi de 983. A idade gestacional foi de 33 semanas, peso médio de 1.570g. Em 2015, praticamente todos os dados permaneceram na mesma média.
Estrutura
A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes dispõe de 43 leitos obstétricos clínicos e 26 cirúrgicos, além de uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, entre outros profissionais. O centro obstétrico é responsável pelos atendimentos à população, tanto de Sergipe quanto de estados circunvizinhos. No próprio sistema de admissão, as gestantes são avaliadas, transferidas ou liberadas para o prénatal.