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Segunda-Feira, 05 de Fevereiro de 2024 às 08:30:00
Ipesaúde disponibiliza Teste da Linguinha para beneficiários
O teste identifica precocemente as limitações dos movimentos da língua, ocasionados pela anquiloglossia (língua presa) em recém-nascidos

O Instituto de Promoção e Assistência à Saúde do Servidor do Estado de Sergipe (Ipesaúde) disponibiliza para os seus beneficiários o Teste da Linguinha. O exame é obrigatório pela Lei 13.002/14 e deve ser realizado de 24 a 48 horas após o nascimento do bebê, no leito da maternidade ou hospital, para a detecção da anquiloglossia, popularmente conhecida como língua presa, que é uma má-formação congênita do frênulo lingual.

No Ipesaúde, o teste é disponibilizado para os beneficiários por meio do encaminhamento feito pelo pediatra. De acordo com o fonoaudiólogo Thiago Gonçalves de Jesus, especialista responsável pelo teste no Centro de Reabilitação do Instituto, a avaliação tem como objetivo observar a parte do frênulo lingual para saber se ele é espesso ou curto. “É um exame rápido, que não tem dor e ao detectar a anquiloglossia, o recém-nascido ou a criança é encaminhado para o serviço de otorrinolaringologia ou de odontologia infantil para efetuar a frenectomia lingual, que é um procedimento com anestesia local e um corte, que corrige de imediato o problema”, afirma.

A importância da realização do tratamento da anquiloglossia reside no fato de que o frênulo lingual curto acaba trazendo algumas dificuldades para a criança na sucção, na deglutição, na mastigação e, posteriormente, na fala. “A gente avalia a mamada porque há relatos feitos por algumas mães de que ao mamar o bebê acaba ferindo o mamilo e isso ocorre porque ao tentar fazer o canolamento para extrair o leite ele acaba mordendo o seio da mãe”, explica.

Com relação à fala, se a anquiloglossia não for corrigida, a criança terá dificuldades para reproduzir alguns fonemas. “Existem alguns fonemas que a criança ao pronunciar precisa tocar no palato, como é o caso do ‘r’ vibrante. Esse problema no frênulo acaba ocasionando essa dificuldade na pronúncia do ‘r’, a língua tem que vibrar e quem tem o problema não consegue”, diz.

Conforme o fonoaudiólogo, as beneficiárias da autarquia geralmente chegam para realizar os testes com 8 a 10 dias após o parto. Segundo ele, é um exame que pode ser feito até a fase da linguagem, entre os 4 e 5 anos de idade. “À medida que o Ipesaúde oferece essa avaliação, isso vai futuramente favorecer tanto na aquisição da linguagem como no desenvolvimento da fala da criança”, ressalta.

Segundo os estudos na área, a cada 100 crianças 4 apresentam anquiloglossia. No serviço do Ipesaúde já foram avaliados cerca de 100 beneficiários, entre bebês e crianças, e cerca de 15 casos já foram detectados. “Este número de crianças detectadas está dentro da estimativa da literatura”, informa o profissional da saúde.

O designer gráfico Juno Sena levou a sua filha Júlia, com 40 dias de nascida, para a realização do teste da linguinha no Centro de Reabilitação. Ele disse que foi até lá como uma forma de prevenção e saiu feliz com o resultado, já que estava tudo normal com a sua bebê. “Esse teste é realmente importante porque é possível identificar logo se a criança tem algum problema na língua. Algumas crianças têm uma pega da mama diferente e pode atrapalhar bastante a alimentação, pode dar refluxo, não sugar o leite direito e não nutrir a criança o suficiente, sendo necessário ir para a fórmula antes do tempo. Em outras, realmente há um problema de dicção e isso pode atrapalhar no desenvolvimento do cognitivo delas”, revela.

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Ipesaúde disponibiliza Teste da Linguinha para beneficiários
O teste identifica precocemente as limitações dos movimentos da língua, ocasionados pela anquiloglossia (língua presa) em recém-nascidos
Segunda-Feira, 05 de Fevereiro de 2024 às 08:30:00

O Instituto de Promoção e Assistência à Saúde do Servidor do Estado de Sergipe (Ipesaúde) disponibiliza para os seus beneficiários o Teste da Linguinha. O exame é obrigatório pela Lei 13.002/14 e deve ser realizado de 24 a 48 horas após o nascimento do bebê, no leito da maternidade ou hospital, para a detecção da anquiloglossia, popularmente conhecida como língua presa, que é uma má-formação congênita do frênulo lingual.

No Ipesaúde, o teste é disponibilizado para os beneficiários por meio do encaminhamento feito pelo pediatra. De acordo com o fonoaudiólogo Thiago Gonçalves de Jesus, especialista responsável pelo teste no Centro de Reabilitação do Instituto, a avaliação tem como objetivo observar a parte do frênulo lingual para saber se ele é espesso ou curto. “É um exame rápido, que não tem dor e ao detectar a anquiloglossia, o recém-nascido ou a criança é encaminhado para o serviço de otorrinolaringologia ou de odontologia infantil para efetuar a frenectomia lingual, que é um procedimento com anestesia local e um corte, que corrige de imediato o problema”, afirma.

A importância da realização do tratamento da anquiloglossia reside no fato de que o frênulo lingual curto acaba trazendo algumas dificuldades para a criança na sucção, na deglutição, na mastigação e, posteriormente, na fala. “A gente avalia a mamada porque há relatos feitos por algumas mães de que ao mamar o bebê acaba ferindo o mamilo e isso ocorre porque ao tentar fazer o canolamento para extrair o leite ele acaba mordendo o seio da mãe”, explica.

Com relação à fala, se a anquiloglossia não for corrigida, a criança terá dificuldades para reproduzir alguns fonemas. “Existem alguns fonemas que a criança ao pronunciar precisa tocar no palato, como é o caso do ‘r’ vibrante. Esse problema no frênulo acaba ocasionando essa dificuldade na pronúncia do ‘r’, a língua tem que vibrar e quem tem o problema não consegue”, diz.

Conforme o fonoaudiólogo, as beneficiárias da autarquia geralmente chegam para realizar os testes com 8 a 10 dias após o parto. Segundo ele, é um exame que pode ser feito até a fase da linguagem, entre os 4 e 5 anos de idade. “À medida que o Ipesaúde oferece essa avaliação, isso vai futuramente favorecer tanto na aquisição da linguagem como no desenvolvimento da fala da criança”, ressalta.

Segundo os estudos na área, a cada 100 crianças 4 apresentam anquiloglossia. No serviço do Ipesaúde já foram avaliados cerca de 100 beneficiários, entre bebês e crianças, e cerca de 15 casos já foram detectados. “Este número de crianças detectadas está dentro da estimativa da literatura”, informa o profissional da saúde.

O designer gráfico Juno Sena levou a sua filha Júlia, com 40 dias de nascida, para a realização do teste da linguinha no Centro de Reabilitação. Ele disse que foi até lá como uma forma de prevenção e saiu feliz com o resultado, já que estava tudo normal com a sua bebê. “Esse teste é realmente importante porque é possível identificar logo se a criança tem algum problema na língua. Algumas crianças têm uma pega da mama diferente e pode atrapalhar bastante a alimentação, pode dar refluxo, não sugar o leite direito e não nutrir a criança o suficiente, sendo necessário ir para a fórmula antes do tempo. Em outras, realmente há um problema de dicção e isso pode atrapalhar no desenvolvimento do cognitivo delas”, revela.