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Sexta-Feira, 05 de Fevereiro de 2010 às 10:33:00
Higienização das mãos é medida simples e eficaz na prevenção de infecções
Com esse alerta, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar iniciou os treinamentos para os novos funcionários

Lavar as mãos é a medida mais simples, efetiva e menos dispendiosa para evitar a infecção hospitalar. Com esse alerta, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH/CCIH) da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes iniciou na última quinta-feira, 4, o cronograma de treinamentos para os novos funcionários admitidos no concurso público da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS).

“A higiene das mãos é uma questão de atitude e hábito do profissional que trabalha na assistência aos pacientes. Todos nós que trabalhamos em unidades de saúde devemos nos policiar e fazer a lavagem correta das mãos ou usar o álcool gel”, enfatizou a enfermeira Alzira de Oliveira, do SCIH/CCIH.

A funcionária Wilma Mayrink, técnica de enfermagem, sabe muito bem o quanto é importante a higienização das mãos. “Sou considerada chata porque lavo as mãos com frequência e forço a minha filha a ter esse hábito, que é saudável. Acho que muitas pessoas não têm a preocupação de acabar um procedimento e lavar as mãos. Como é algo corriqueiro, acabamos por esquecer”, disse.

Já Edernemes Guimarães, também técnica de enfermagem, lembrou que a simples ação é responsável pela redução das taxas de infecção. “Trabalho a dez anos em hospital e, como sou novata aqui, fiz questão de participar do treinamento. Tenho certeza que, se todos os profissionais adquirirem o hábito de higienizar as mãos, vamos ter bons resultados. Todos devem ter essa preocupação, até porque é uma forma de nos proteger também”, ressaltou.

Álcool gel

Além da necessidade de lavagem das mãos, o uso do álcool gel foi destacado pela palestrante como uma ferramenta a mais na prevenção de infecções hospitalares. “Essa é uma tendência mundial, pois muitas pessoas acham mais prático usar o álcool gel, mas não podemos esquecer que ele forma uma 'barreira' nas mãos ao ser usado por mais de três vezes, o que não é recomendado porque nesse caso passa a não ter eficácia”, salientou Alzira de Oliveira.

Segundo ela, o profissional pode usar o álcool gel ao invés de lavar as mãos, mas deve ficar atento para não fazer isso constantemente. “O álcool é indicado para quem tem pressa antes de fazer algum procedimento urgente, além de ressecar menos as mãos e ser mais eficiente por não depender do tipo de sabão usado e da qualidade da água, mas não quer dizer que substitua a lavagem das mãos”, alertou

É comprovado que a falta de higienização das mãos e o uso de produtos inadequados são os responsáveis pela transmissão de microorganismos dentro do ambiente hospitalar. Além disso, alguns fatores dificultam a adesão à lavagem das mãos, como a pressa, o uso de luvas e avental, o excesso de trabalho, irritação e ressecamento da pele, o baixo risco dos pacientes, dentre outros.

“Na maternidade temos bons exemplos de profissionais conscientes que lavam corretamente as mãos e pretendemos conscientizar todos os recém-chegados quanto à importância da higienização, pois sabemos que a infecção pode ser prevenida. A adesão deles é importante para evoluirmos para índices menores de infecção, o que é uma preocupação geral”, destacou a enfermeira.

As capacitações do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar prosseguem uma vez por mês, com abordagem de temas voltados para a assistência e processos de trabalho, como biosegurança, cuidados com cateteres urinários; isolamento e precauções; prevenção de infecção de sítio cirúrgico e associada a cateteres venosos; prevenção de pneumonia hospitalar; acidentes perfurocortantes e prevenção de controle de infecção hospitalar em neonatologia e obstetrícia.

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Higienização das mãos é medida simples e eficaz na prevenção de infecções
Com esse alerta, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar iniciou os treinamentos para os novos funcionários
Sexta-Feira, 05 de Fevereiro de 2010 às 10:33:00

Lavar as mãos é a medida mais simples, efetiva e menos dispendiosa para evitar a infecção hospitalar. Com esse alerta, o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH/CCIH) da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes iniciou na última quinta-feira, 4, o cronograma de treinamentos para os novos funcionários admitidos no concurso público da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS).

“A higiene das mãos é uma questão de atitude e hábito do profissional que trabalha na assistência aos pacientes. Todos nós que trabalhamos em unidades de saúde devemos nos policiar e fazer a lavagem correta das mãos ou usar o álcool gel”, enfatizou a enfermeira Alzira de Oliveira, do SCIH/CCIH.

A funcionária Wilma Mayrink, técnica de enfermagem, sabe muito bem o quanto é importante a higienização das mãos. “Sou considerada chata porque lavo as mãos com frequência e forço a minha filha a ter esse hábito, que é saudável. Acho que muitas pessoas não têm a preocupação de acabar um procedimento e lavar as mãos. Como é algo corriqueiro, acabamos por esquecer”, disse.

Já Edernemes Guimarães, também técnica de enfermagem, lembrou que a simples ação é responsável pela redução das taxas de infecção. “Trabalho a dez anos em hospital e, como sou novata aqui, fiz questão de participar do treinamento. Tenho certeza que, se todos os profissionais adquirirem o hábito de higienizar as mãos, vamos ter bons resultados. Todos devem ter essa preocupação, até porque é uma forma de nos proteger também”, ressaltou.

Álcool gel

Além da necessidade de lavagem das mãos, o uso do álcool gel foi destacado pela palestrante como uma ferramenta a mais na prevenção de infecções hospitalares. “Essa é uma tendência mundial, pois muitas pessoas acham mais prático usar o álcool gel, mas não podemos esquecer que ele forma uma 'barreira' nas mãos ao ser usado por mais de três vezes, o que não é recomendado porque nesse caso passa a não ter eficácia”, salientou Alzira de Oliveira.

Segundo ela, o profissional pode usar o álcool gel ao invés de lavar as mãos, mas deve ficar atento para não fazer isso constantemente. “O álcool é indicado para quem tem pressa antes de fazer algum procedimento urgente, além de ressecar menos as mãos e ser mais eficiente por não depender do tipo de sabão usado e da qualidade da água, mas não quer dizer que substitua a lavagem das mãos”, alertou

É comprovado que a falta de higienização das mãos e o uso de produtos inadequados são os responsáveis pela transmissão de microorganismos dentro do ambiente hospitalar. Além disso, alguns fatores dificultam a adesão à lavagem das mãos, como a pressa, o uso de luvas e avental, o excesso de trabalho, irritação e ressecamento da pele, o baixo risco dos pacientes, dentre outros.

“Na maternidade temos bons exemplos de profissionais conscientes que lavam corretamente as mãos e pretendemos conscientizar todos os recém-chegados quanto à importância da higienização, pois sabemos que a infecção pode ser prevenida. A adesão deles é importante para evoluirmos para índices menores de infecção, o que é uma preocupação geral”, destacou a enfermeira.

As capacitações do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar prosseguem uma vez por mês, com abordagem de temas voltados para a assistência e processos de trabalho, como biosegurança, cuidados com cateteres urinários; isolamento e precauções; prevenção de infecção de sítio cirúrgico e associada a cateteres venosos; prevenção de pneumonia hospitalar; acidentes perfurocortantes e prevenção de controle de infecção hospitalar em neonatologia e obstetrícia.