O Centro de Hemoterapia e Laboratório Central de Saúde Pública (Hemolacen) está realizando uma média de 90 sangrias terapêuticas por mês. A sangria ou flebotomia terapêutica consiste na retirada de sangue do paciente para o tratamento de doenças. O procedimento é similar à doação de sangue, com a diferença de que o material é desprezado após a coleta. A terapia é indicada mais freqüentemente a pessoas com excesso de glóbulos vermelhos ou gordura no sangue, que podem comprometer a saúde e provocar doenças no coração.

A quantidade de sangue retirada em cada sangria varia de 400 a 500 mililitros, volume reposto pelo equivalente em soro fisiológico de acordo com a condição clínica do paciente. As sessões podem ser realizadas todas as semanas, a cada 15 dias ou ainda de dois em dois meses, a depender da doença que originou a necessidade da sangria, da condição clínica do paciente e da resposta ao tratamento.

A terapia só é interrompida quando o nível de acúmulo de ferro no sangue diminui e chega a índices considerados seguros, o que varia de paciente para paciente. "O paciente que for submetido à sangria pode continuar sendo um doador de sangue e doar a cada três meses, desde que devidamente autorizado por um especialista do Hemolacen", explicou a hematologista Maria Inês Teles.

O atendimento para realização da sangria terapêutica no Hemocentro é realizado nos ambulatórios de Hemofilia às terças e sextas-feiras, das 7h às 17h.