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Quinta-Feira, 11 de Setembro de 2008 às 06:15:00
Governo adota medidas para reduzir espera por cirurgias ortopédicas
Ações incluem reestruturação do serviço não apenas em Aracaju, mas nos hospitais regionais

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) construiu um plano de contingência para reduzir a fila de pacientes à espera por cirurgias ortopédicas. As ações emergenciais estão sendo colocadas em prática desde que o Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) passou a atender um número maior de casos nessa especialidade. O aumento da demanda deve-se à suspensão dos serviços prestados ao SUS por uma clínica particular em Aracaju, onde todo mês eram realizados cerca de 450 procedimentos.

“Diante dessa situação, preparamos um plano emergencial para não estrangular o atendimento no HUSE”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho. Segundo ele, as medidas adotadas vão desde a reestruturação do serviço no Hospital de Urgência à abertura de leitos nos hospitais Cirurgia e dos municípios de Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro, que vão funcionar como retaguarda recebendo pacientes encaminhados pelo HUSE.

“No Hospital Cirurgia, onde já são realizados procedimentos de natureza ortopédica, ampliamos o número de leitos disponibilizando mais 16 vagas. O mesmo está acontecendo em Itabaiana e Socorro, com a abertura de mais dez leitos em cada hospital. No entanto, em Nossa Senhora do Socorro, estamos viabilizando também a realização de cirurgias de média e baixa complexidade, serviço que até então não era ofertado naquela unidade hospitalar”, informa o secretário. Para a concretização dessas medidas, a Secretaria está contratando mais médicos especialistas e montando a infra-estrutura necessária.

A secretária adjunta da Saúde, Mônica Sampaio, acrescenta que no caso do Hospital Cirurgia foi firmado um termo de compromisso entre entes públicos, assinado pelo município de Aracaju e Governo do Estado. Nesse termo agregou-se o repasse adicional de recursos para que o hospital se torne referência em ortopedia de média e alta complexidade no que diz respeito às cirurgias eletivas (programadas). “Além de cirurgias de urgência e emergência, o HUSE realiza procedimentos cirúrgicos agendados. O que queremos é organizar melhor esse fluxo programado de pacientes e, assim, desafogar o hospital”, explica.

Reforço


Com o intuito de agilizar ainda mais o atendimento, o Hospital de Urgência de Sergipe reestruturou o processo de trabalho dos ortopedistas e está disponibilizando uma das cinco salas do Centro Cirúrgico exclusivamente para a realização desses procedimentos. “Para essas operações, agora o HUSE passa a contar com dois ortopedistas fixos para o Centro Cirúrgico. Deste modo, a previsão é que o número de cirurgias dobre a partir deste mês”, informa Yure Maia, diretor-geral do hospital.

Outra medida adotada pela Secretaria de Estado da Saúde foi a criação de 20 leitos de internação cirúrgicos para desafogar o Pronto Socorro (PS) Adulto. “Haverá ainda um ortopedista de enfermaria responsável por fazer a evolução e prescrição dos pacientes internados”, reforça Yure.

Assistência


No Hospital Regional Dr. Pedro Garcia Moreno Filho, em Itabaiana, os dez novos leitos ortopédicos irão se somar aos 18 da Clínica Cirúrgica, que atendem à Ortopedia e Cirurgia Geral. A unidade hospitalar disponibiliza diariamente dois ortopedistas, sendo um diarista e o outro de plantão. “O atendimento acontece de domingo a domingo, 24 horas por dia”, salienta o diretor geral do hospital, Francisco Máximo.

De janeiro a agosto deste ano, o setor de Ortopedia do Hospital Regional de Itabaiana já atendeu mais de 10 mil pessoas. “Praticamente todos os procedimentos cirúrgicos dessa área são realizados aqui, exceto as cirurgias de alta complexidade, como as fraturas de colo de fêmur e de bacia”, acrescenta o diretor. Isso explica o fato de o hospital apresentar baixo índice de transferência para outras unidades. Em agosto, por exemplo, do total de 1.429 pacientes que buscaram atendimento na Ortopedia, apenas sete foram transferidos para o HUSE ou Hospital Cirurgia.

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Governo adota medidas para reduzir espera por cirurgias ortopédicas
Ações incluem reestruturação do serviço não apenas em Aracaju, mas nos hospitais regionais
Quinta-Feira, 11 de Setembro de 2008 às 06:15:00

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) construiu um plano de contingência para reduzir a fila de pacientes à espera por cirurgias ortopédicas. As ações emergenciais estão sendo colocadas em prática desde que o Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) passou a atender um número maior de casos nessa especialidade. O aumento da demanda deve-se à suspensão dos serviços prestados ao SUS por uma clínica particular em Aracaju, onde todo mês eram realizados cerca de 450 procedimentos.

“Diante dessa situação, preparamos um plano emergencial para não estrangular o atendimento no HUSE”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho. Segundo ele, as medidas adotadas vão desde a reestruturação do serviço no Hospital de Urgência à abertura de leitos nos hospitais Cirurgia e dos municípios de Itabaiana e Nossa Senhora do Socorro, que vão funcionar como retaguarda recebendo pacientes encaminhados pelo HUSE.

“No Hospital Cirurgia, onde já são realizados procedimentos de natureza ortopédica, ampliamos o número de leitos disponibilizando mais 16 vagas. O mesmo está acontecendo em Itabaiana e Socorro, com a abertura de mais dez leitos em cada hospital. No entanto, em Nossa Senhora do Socorro, estamos viabilizando também a realização de cirurgias de média e baixa complexidade, serviço que até então não era ofertado naquela unidade hospitalar”, informa o secretário. Para a concretização dessas medidas, a Secretaria está contratando mais médicos especialistas e montando a infra-estrutura necessária.

A secretária adjunta da Saúde, Mônica Sampaio, acrescenta que no caso do Hospital Cirurgia foi firmado um termo de compromisso entre entes públicos, assinado pelo município de Aracaju e Governo do Estado. Nesse termo agregou-se o repasse adicional de recursos para que o hospital se torne referência em ortopedia de média e alta complexidade no que diz respeito às cirurgias eletivas (programadas). “Além de cirurgias de urgência e emergência, o HUSE realiza procedimentos cirúrgicos agendados. O que queremos é organizar melhor esse fluxo programado de pacientes e, assim, desafogar o hospital”, explica.

Reforço


Com o intuito de agilizar ainda mais o atendimento, o Hospital de Urgência de Sergipe reestruturou o processo de trabalho dos ortopedistas e está disponibilizando uma das cinco salas do Centro Cirúrgico exclusivamente para a realização desses procedimentos. “Para essas operações, agora o HUSE passa a contar com dois ortopedistas fixos para o Centro Cirúrgico. Deste modo, a previsão é que o número de cirurgias dobre a partir deste mês”, informa Yure Maia, diretor-geral do hospital.

Outra medida adotada pela Secretaria de Estado da Saúde foi a criação de 20 leitos de internação cirúrgicos para desafogar o Pronto Socorro (PS) Adulto. “Haverá ainda um ortopedista de enfermaria responsável por fazer a evolução e prescrição dos pacientes internados”, reforça Yure.

Assistência


No Hospital Regional Dr. Pedro Garcia Moreno Filho, em Itabaiana, os dez novos leitos ortopédicos irão se somar aos 18 da Clínica Cirúrgica, que atendem à Ortopedia e Cirurgia Geral. A unidade hospitalar disponibiliza diariamente dois ortopedistas, sendo um diarista e o outro de plantão. “O atendimento acontece de domingo a domingo, 24 horas por dia”, salienta o diretor geral do hospital, Francisco Máximo.

De janeiro a agosto deste ano, o setor de Ortopedia do Hospital Regional de Itabaiana já atendeu mais de 10 mil pessoas. “Praticamente todos os procedimentos cirúrgicos dessa área são realizados aqui, exceto as cirurgias de alta complexidade, como as fraturas de colo de fêmur e de bacia”, acrescenta o diretor. Isso explica o fato de o hospital apresentar baixo índice de transferência para outras unidades. Em agosto, por exemplo, do total de 1.429 pacientes que buscaram atendimento na Ortopedia, apenas sete foram transferidos para o HUSE ou Hospital Cirurgia.