Cumprir o que preconiza o protocolo definido pela Resolução 1480/97, do Conselho Federal de Medicina (CFM), realizando os exames clínicos e complementares para fechar o diagnóstico de morte cerebral em pacientes que sejam potenciais doadores de órgãos. Foi o que defendeu nesta terça-feira, 22, o coordenador da Central de Notificação, Captação e Distribuição Órgãos de Sergipe (CNCDO/SE), Benito Fernandez, como forma de aumentar a captação e doação de órgãos e tecidos para transplante no Estado.
“É importante que o diagnóstico de morte encefálica (ME) seja realizado independente de ser o paciente um potencial doador de órgãos ou não, pois esse diagnóstico é para determinar se aquela pessoa está viva ou morta”, ressaltou o coordenador da Central de Transplante de Sergipe.
De acordo com Benito Fernandez, o protocolo do CFM estabelece, quando há suspeita de morte encefálica, a realização de três exames. “O hospital, independente de dispor ou não de CIHDOTT (Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), deve promover os dois exames clínicos (um deles realizado por um neurologista) e o exame complementar – eletroencefalograma (EECG), Dopller transcraniano ou angiografia cerebral, a fim de se confirmar o diagnóstico”, explica o coordenador da CNCDO/SE. Para os maiores de 2 anos, os exames devem ser realizados a cada intervalo de seis horas.
Segundo ele, somente após concluído esse diagnóstico, a Central de Transplante ou a CIHDOTT inicia as entrevistas com os familiares do paciente para viabilizar a doação e captação dos órgãos. “Vale enfatizar que o processo doação/transplante não depende apenas dos profissionais de saúde, mas primordialmente da autorização dos familiares, sendo de suma importância a participação de todos os segmentos da sociedade nesse processo”, salienta Fernandez.
SUS financia 100% dos exames
Como forma de incentivar o cumprimento do protocolo de morte encefálica, o Ministério da Saúde (MS), através do Sistema Único de Saúde (SUS), financia em 100% os exames clínicos e complementares necessários para o diagnóstico de morte encefálica, com base na legislação em vigor no país, em especial o decreto 2268/97, que regulamentou a chamada Lei dos Transplantes (lei 9434/97).
Transplantes em SE
Segundo Benito Fernandez, em 2010 a Central viabilizou a realização, em Sergipe, de 90 transplantes, sendo 82 de córnea, sete de rim e um de osso. “Este ano, até o momento, foram realizados 21 transplantes, todos de córnea”, disse. Até esta segunda-feira, 21, havia 393 na fila de espera por um transplante no Estado, sendo que 132 aguardam por doação de córnea e 261 por rim.
Melhorias
Desde a visita do ministro Alexandre Padilha a Aracaju, no último dia 12 de fevereiro, quando aconteceu uma palestra do coordenador executivo da Capacitação e Desenvolvimento de Novos Centros de Transplantes e pioneiro em transplantes de fígado no Brasil, o médico Silvano Raia, a busca por melhorias na questão dos transplantes de órgãos em Sergipe tem sido um dos objetivos do Governo do Estado.
Durante a palestra, Silvano Raia disse que Sergipe, embora tenha uma grande capacidade técnica e instrumental na área de transplantes de órgãos e médicos qualificados, sobretudo no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), ainda tem números insatisfatórios.
Seguindo a diretriz do governador Marcelo Déda de tornar Sergipe um estado modelo em se tratando de doação de órgãos e transplantes, o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, tem tomado algumas providências.
Antônio Carlos Guimarães, junto com o secretário adjunto Jorge Viana, recebeu em 19 de fevereiro a visita das equipes médicas especializadas na questão dos transplantes de órgãos no Estado com o objetivo de dialogar a respeito da atual situação do serviço em Sergipe, desde o diagnóstico até o momento do procedimento cirúrgico.
Além disso, no último dia 11, o secretário de Estado da Saúde, acompanhado de técnicos da SES, esteve reunido na Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), com o secretário João Eloy e a equipe do Instituto Médico Legal (IML). Durante a reunião, o secretário de Saúde pediu a colaboração do órgão na liberação e comunicação de óbitos potenciais para retirada de órgãos para transplantes, principalmente córneas.
Os representantes das secretarias definiram por firmar um termo de cooperação entre as duas pastas para que se aumente o número de doadores e transplantes. O termo vai gerar um protocolo de ações que será seguido por técnicos das duas secretárias quando houver um doador em potencial.
Para entrar em contato com a CNCDO/SE, a Central disponibiliza os telefones 0800-284-3216 ou (79) 3216-2870.
Cumprir o que preconiza o protocolo definido pela Resolução 1480/97, do Conselho Federal de Medicina (CFM), realizando os exames clínicos e complementares para fechar o diagnóstico de morte cerebral em pacientes que sejam potenciais doadores de órgãos. Foi o que defendeu nesta terça-feira, 22, o coordenador da Central de Notificação, Captação e Distribuição Órgãos de Sergipe (CNCDO/SE), Benito Fernandez, como forma de aumentar a captação e doação de órgãos e tecidos para transplante no Estado.
“É importante que o diagnóstico de morte encefálica (ME) seja realizado independente de ser o paciente um potencial doador de órgãos ou não, pois esse diagnóstico é para determinar se aquela pessoa está viva ou morta”, ressaltou o coordenador da Central de Transplante de Sergipe.
De acordo com Benito Fernandez, o protocolo do CFM estabelece, quando há suspeita de morte encefálica, a realização de três exames. “O hospital, independente de dispor ou não de CIHDOTT (Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), deve promover os dois exames clínicos (um deles realizado por um neurologista) e o exame complementar – eletroencefalograma (EECG), Dopller transcraniano ou angiografia cerebral, a fim de se confirmar o diagnóstico”, explica o coordenador da CNCDO/SE. Para os maiores de 2 anos, os exames devem ser realizados a cada intervalo de seis horas.
Segundo ele, somente após concluído esse diagnóstico, a Central de Transplante ou a CIHDOTT inicia as entrevistas com os familiares do paciente para viabilizar a doação e captação dos órgãos. “Vale enfatizar que o processo doação/transplante não depende apenas dos profissionais de saúde, mas primordialmente da autorização dos familiares, sendo de suma importância a participação de todos os segmentos da sociedade nesse processo”, salienta Fernandez.
SUS financia 100% dos exames
Como forma de incentivar o cumprimento do protocolo de morte encefálica, o Ministério da Saúde (MS), através do Sistema Único de Saúde (SUS), financia em 100% os exames clínicos e complementares necessários para o diagnóstico de morte encefálica, com base na legislação em vigor no país, em especial o decreto 2268/97, que regulamentou a chamada Lei dos Transplantes (lei 9434/97).
Transplantes em SE
Segundo Benito Fernandez, em 2010 a Central viabilizou a realização, em Sergipe, de 90 transplantes, sendo 82 de córnea, sete de rim e um de osso. “Este ano, até o momento, foram realizados 21 transplantes, todos de córnea”, disse. Até esta segunda-feira, 21, havia 393 na fila de espera por um transplante no Estado, sendo que 132 aguardam por doação de córnea e 261 por rim.
Melhorias
Desde a visita do ministro Alexandre Padilha a Aracaju, no último dia 12 de fevereiro, quando aconteceu uma palestra do coordenador executivo da Capacitação e Desenvolvimento de Novos Centros de Transplantes e pioneiro em transplantes de fígado no Brasil, o médico Silvano Raia, a busca por melhorias na questão dos transplantes de órgãos em Sergipe tem sido um dos objetivos do Governo do Estado.
Durante a palestra, Silvano Raia disse que Sergipe, embora tenha uma grande capacidade técnica e instrumental na área de transplantes de órgãos e médicos qualificados, sobretudo no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), ainda tem números insatisfatórios.
Seguindo a diretriz do governador Marcelo Déda de tornar Sergipe um estado modelo em se tratando de doação de órgãos e transplantes, o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, tem tomado algumas providências.
Antônio Carlos Guimarães, junto com o secretário adjunto Jorge Viana, recebeu em 19 de fevereiro a visita das equipes médicas especializadas na questão dos transplantes de órgãos no Estado com o objetivo de dialogar a respeito da atual situação do serviço em Sergipe, desde o diagnóstico até o momento do procedimento cirúrgico.
Além disso, no último dia 11, o secretário de Estado da Saúde, acompanhado de técnicos da SES, esteve reunido na Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), com o secretário João Eloy e a equipe do Instituto Médico Legal (IML). Durante a reunião, o secretário de Saúde pediu a colaboração do órgão na liberação e comunicação de óbitos potenciais para retirada de órgãos para transplantes, principalmente córneas.
Os representantes das secretarias definiram por firmar um termo de cooperação entre as duas pastas para que se aumente o número de doadores e transplantes. O termo vai gerar um protocolo de ações que será seguido por técnicos das duas secretárias quando houver um doador em potencial.
Para entrar em contato com a CNCDO/SE, a Central disponibiliza os telefones 0800-284-3216 ou (79) 3216-2870.