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Terça-Feira, 31 de Maio de 2022 às 14:45:00
Dia Mundial sem Tabaco: profissionais discutem proteção ao meio ambiente e combate ao fumo
Na oportunidade também foram discutidos os efeitos sobre a saúde de quem usa cigarros eletrônicos

Além de gerar problemas de saúde, o tabagismo também gera danos ao meio ambiente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tabaco, do cultivo até o descarte, afeta o ar, o solo e a água. Além dessas questões, o descarte inadequado das guimbas ou bitucas causam incêndios, e o cultivo provoca desmatamentos.

O cultivo do tabaco geralmente envolve o uso substancial de produtos químicos, incluindo agrotóxicos, fertilizantes e reguladores de crescimento. Em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco – 31 de maio –, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), realizou, nesta segunda-feira, 30, uma tele-educação com o tema: “Proteger o meio ambiente é uma razão para deixar de fumar”. 

Direcionada a coordenadores(as) da Atenção Primária à Saúde (APS), coordenadores(as) do Programa Tabagismo, profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), a abordagem teve o objetivo de sensibilizá-los quanto a identificar o paciente que precisa ser encaminhado e orientado sobre a necessidade de parar o consumo do tabaco. A ação contou com palestras da analista pedagógica do INCA/MS e técnica do Programa Nacional do Controle do Tabagismo, Marcela Roiz; da tecnologista da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, Aline Mesquita; da referência técnica da Saúde Mental para APS/SES, Carlos Galberto Franca Alves; e mediação da gerente de Doenças Crônicas e Promoção à Saúde/SES, Lia Marina Silva Almeida.

Ainda de acordo com o INCA, a fumaça do tabaco pode contribuir para aumentar os níveis de poluição do ar nas cidades. Estudos indicam que ela contém três tipos de gases do efeito estufa: dióxido de carbono, metano e óxidos nitrosos, e polui ambientes internos e externos. Ao explanar sobre “Tabaco: uma ameaça ao meio ambiente”, a analista pedagógica do INCA/MS e técnica do PNCT, Marcela Roiz, discorreu sobre as campanhas ao longo dos anos; tabaco e meio ambiente; a Convenção-Quadro do Meio Ambiente para Consumo do Tabaco; Agenda 2030 – Desenvolvimento Sustentável; Cadeia produtiva do tabaco e impactos ao meio ambiente; e a responsabilidade da indústria do tabaco.

Para a analista, é de suma importância discutir a relação tabaco e meio ambiente para alertar e informar a população sobre os danos causados ao meio ambiente, em razão de toda a cadeia produtiva do tabaco. “Desde o cultivo até o descarte, os produtos do tabaco causam impacto ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Cuidar do meio ambiente é cuidar da saúde; e uma razão a mais para parar de fumar. O SUS oferece tratamento aos que desejam parar de fumar. Quem precisar de assistência, pode procurar a unidade de saúde mais próxima e se informar”, disse Marcela.

Na oportunidade, também foi abordada a temática “Cigarros eletrônicos: efeitos sobre a saúde e riscos ao meio ambiente”, ministrada pela tecnologista da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, Aline Mesquita, e “Os Impactos do Tabagismo na Saúde Mental”, apresentada pela referência técnica da Saúde Mental para a APS/SES, Carlos Galberto F. Alves. Ao falar sobre o viés da Saúde Mental, Carlos afirmou que há um grande número de pacientes que fazem uso do tabaco.

“Trabalhamos muito para que eles entendam que o tabaco causa prejuízos à saúde e que em alguns momentos esse consumo também pode prejudicar o efeito das medicações psicotrópicas que eles fazem uso. Então, essa interação entre a nicotina e a medicação psicotrópica que essas pessoas fazem uso vai, em algum momento, alterar e prejudicar o tratamento delas na psiquiatria”, afirmou.

Outro aspecto abordado foi a necessidade de incentivar as pessoas da saúde mental a fazerem o tratamento do tabagismo e consigam perceber que, com o tratamento e deixando de fazer uso do tabaco, elas terão benefícios na saúde, seja na saúde física, seja na saúde mental. “Contamos com o apoio dos municípios, que já sabem as estratégias e para onde encaminhar o paciente para fazer esse tratamento. Então isso também vai da sensibilização dos profissionais de saúde estarem atentos de que determinado paciente está apresentando alterações que, muitas vezes, têm a ver com esse uso do tabaco. Inclusive muitas pessoas adoecem por conta desse consumo”, finalizou Carlos.

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Dia Mundial sem Tabaco: profissionais discutem proteção ao meio ambiente e combate ao fumo
Na oportunidade também foram discutidos os efeitos sobre a saúde de quem usa cigarros eletrônicos
Terça-Feira, 31 de Maio de 2022 às 14:45:00

Além de gerar problemas de saúde, o tabagismo também gera danos ao meio ambiente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o tabaco, do cultivo até o descarte, afeta o ar, o solo e a água. Além dessas questões, o descarte inadequado das guimbas ou bitucas causam incêndios, e o cultivo provoca desmatamentos.

O cultivo do tabaco geralmente envolve o uso substancial de produtos químicos, incluindo agrotóxicos, fertilizantes e reguladores de crescimento. Em alusão ao Dia Mundial sem Tabaco – 31 de maio –, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), através da Escola de Saúde Pública de Sergipe (ESP-SE), realizou, nesta segunda-feira, 30, uma tele-educação com o tema: “Proteger o meio ambiente é uma razão para deixar de fumar”. 

Direcionada a coordenadores(as) da Atenção Primária à Saúde (APS), coordenadores(as) do Programa Tabagismo, profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), a abordagem teve o objetivo de sensibilizá-los quanto a identificar o paciente que precisa ser encaminhado e orientado sobre a necessidade de parar o consumo do tabaco. A ação contou com palestras da analista pedagógica do INCA/MS e técnica do Programa Nacional do Controle do Tabagismo, Marcela Roiz; da tecnologista da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, Aline Mesquita; da referência técnica da Saúde Mental para APS/SES, Carlos Galberto Franca Alves; e mediação da gerente de Doenças Crônicas e Promoção à Saúde/SES, Lia Marina Silva Almeida.

Ainda de acordo com o INCA, a fumaça do tabaco pode contribuir para aumentar os níveis de poluição do ar nas cidades. Estudos indicam que ela contém três tipos de gases do efeito estufa: dióxido de carbono, metano e óxidos nitrosos, e polui ambientes internos e externos. Ao explanar sobre “Tabaco: uma ameaça ao meio ambiente”, a analista pedagógica do INCA/MS e técnica do PNCT, Marcela Roiz, discorreu sobre as campanhas ao longo dos anos; tabaco e meio ambiente; a Convenção-Quadro do Meio Ambiente para Consumo do Tabaco; Agenda 2030 – Desenvolvimento Sustentável; Cadeia produtiva do tabaco e impactos ao meio ambiente; e a responsabilidade da indústria do tabaco.

Para a analista, é de suma importância discutir a relação tabaco e meio ambiente para alertar e informar a população sobre os danos causados ao meio ambiente, em razão de toda a cadeia produtiva do tabaco. “Desde o cultivo até o descarte, os produtos do tabaco causam impacto ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Cuidar do meio ambiente é cuidar da saúde; e uma razão a mais para parar de fumar. O SUS oferece tratamento aos que desejam parar de fumar. Quem precisar de assistência, pode procurar a unidade de saúde mais próxima e se informar”, disse Marcela.

Na oportunidade, também foi abordada a temática “Cigarros eletrônicos: efeitos sobre a saúde e riscos ao meio ambiente”, ministrada pela tecnologista da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, Aline Mesquita, e “Os Impactos do Tabagismo na Saúde Mental”, apresentada pela referência técnica da Saúde Mental para a APS/SES, Carlos Galberto F. Alves. Ao falar sobre o viés da Saúde Mental, Carlos afirmou que há um grande número de pacientes que fazem uso do tabaco.

“Trabalhamos muito para que eles entendam que o tabaco causa prejuízos à saúde e que em alguns momentos esse consumo também pode prejudicar o efeito das medicações psicotrópicas que eles fazem uso. Então, essa interação entre a nicotina e a medicação psicotrópica que essas pessoas fazem uso vai, em algum momento, alterar e prejudicar o tratamento delas na psiquiatria”, afirmou.

Outro aspecto abordado foi a necessidade de incentivar as pessoas da saúde mental a fazerem o tratamento do tabagismo e consigam perceber que, com o tratamento e deixando de fazer uso do tabaco, elas terão benefícios na saúde, seja na saúde física, seja na saúde mental. “Contamos com o apoio dos municípios, que já sabem as estratégias e para onde encaminhar o paciente para fazer esse tratamento. Então isso também vai da sensibilização dos profissionais de saúde estarem atentos de que determinado paciente está apresentando alterações que, muitas vezes, têm a ver com esse uso do tabaco. Inclusive muitas pessoas adoecem por conta desse consumo”, finalizou Carlos.