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Segunda-Feira, 28 de Setembro de 2015 às 18:07:00
Dia Nacional da Doação de Órgãos é lembrado com homenagens e ato ecumênico
O objetivo foi lembrar a importância do ato de doar e homenagear doadores e familiares de doadores de Sergipe

“Não há transplante se não tiver doador. Estou bom e feliz. Caminho 5 quilômetros todos os dias. Quem me doou foi uma senhora. A partir da minha cura, passei a ajudar as pessoas que estão precisando. Hoje tenho qualidade de vida”. A declaração do Sr. Osmar Souza, transplantado do fígado, marcou o sábado, 26, durante a celebração do Dia Nacional do Doador de Órgãos.  Já no domingo, 27, data oficial em homenagem ao Doador de Órgãos, uma caminhada saindo do Parque da Sementeira ao Mirante da 13 de Julho, foi mais uma ação para lembrar a importância do ato de doar e homenagear doadores e familiares dos doadores de Sergipe. Os atos tiveram o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O Parque da Sementeira, em Aracaju, também foi o cenário do ato ecumênico que marcou as festividades. Crianças, jovens e adultos, funcionários da Central de Transplante de Sergipe e da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), se reuniram no Cantinho do Doador, um local próximo ao lago do Parque da Sementeira onde, há um ano,  foram plantadas mudas de árvores com a identificação dos doadores de órgãos do estado.

“Doamos sangue, órgãos e doamos amor. Toda vez que se fala em transplante é uma motivação tanto para quem doa quanto para quem recebe. É preciso ter a consciência, o cuidado clínico e a ética no procedimento. Quando se fala de doação, é preciso preservar o princípio da gratuidade e da solidariedade com as causas de quem mais necessita. De graça recebeste e de graça doe. Doar é um ato de amor. É a continuidade da vida”, disse o padre Valterfran Cruz.

O pastor Javes Nogueira Filho, que também participou do encontro, afirmou que “somos doadores, exemplos de Cristo. É bom saber que estamos doando e compartilhado. Quem doa torna-se credor da vida. Somos santos em Cristo Jesus. É bom doar para que a nossa vida possa fortalecer. Temos que ser multiplicadores do princípio da doação”.

Para a enfermeira Cristina Teti, membro da enfermeira da Cihdott, o ato de doar leva luz para pessoas que tanto precisam. “É elevar o espírito. O corpo é o templo de Deus que hospeda o espírito imortal e temos toda a liberdade, o direito e o dever que, através desse corpo, possamos dar qualidade de vida àquelas pessoas que tanto necessitam por estar com seus órgãos danificados. A população tem muito medo, mas temos que conversar com carinho que o que vive é o espírito e o corpo perece. Ele revive e renasce em outra pessoa. Uma pessoa que recebe um órgão renasce para a vida. Temos que informar à família e conscientizar sobre a nossa vontade de doar”, comentou.

Setembro Verde

O Setembro Verde é uma iniciativa da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e tem como foco sensibilizar para a necessidade da doação de órgãos e tecidos.

Em Sergipe, no ano de 2013 foram captados 9 órgãos (6 rins e 3 fígados). Em 2014, foram feitas 25 captações (14 rins, 7 fígados, 3 corações, 1 pâncreas). Já em 2105, até agora, foram 13 captações (6 rins, 3 fígados, 4 corações).

Para Benito Fernandes, coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, a meta é melhorar a oferta de órgãos e tecidos, esclarecendo que qualquer um pode precisar de um transplante, da mesma forma que qualquer um pode ser doador.

“Há dois tipos de doadores: vivo e falecido. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, pâncreas ou pulmão, ou a medula óssea. O doador falecido em morte encefálica pode ter os órgãos transplantados se a família autorizar. Por isso que a pessoa, em vida, deve revelar o desejo de ser um doador”, destaca Benito Fernandez.

Durante o ato ecumênico, o coordenador pediu apoio de todos. “As religiões estão ao nosso lado. Queremos o apoio de todos em suas pregações. Temos que conversar e disseminar a informação da importância da doação de órgãos. Trabalhamos com vida. Deus deu a inteligência ao homem para cuidar da saúde do próximo, retirar um órgão e colocar em uma pessoa que precisa. Prezamos pela qualidade. Que todos multipliquem a doação. É imprescindível essa consciência. A morte é uma dor que nunca acaba, mas conforta saber que aquela morte pode beneficiar outra pessoa. Isso conforta o nosso espírito. Por mais difícil que seja conversar com a família, sabemos que o amor vai continuar. Precisamos que toda a sociedade participe do processo”, enfatiza Benito Fernandez.

 

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Dia Nacional da Doação de Órgãos é lembrado com homenagens e ato ecumênico
O objetivo foi lembrar a importância do ato de doar e homenagear doadores e familiares de doadores de Sergipe
Segunda-Feira, 28 de Setembro de 2015 às 18:07:00

“Não há transplante se não tiver doador. Estou bom e feliz. Caminho 5 quilômetros todos os dias. Quem me doou foi uma senhora. A partir da minha cura, passei a ajudar as pessoas que estão precisando. Hoje tenho qualidade de vida”. A declaração do Sr. Osmar Souza, transplantado do fígado, marcou o sábado, 26, durante a celebração do Dia Nacional do Doador de Órgãos.  Já no domingo, 27, data oficial em homenagem ao Doador de Órgãos, uma caminhada saindo do Parque da Sementeira ao Mirante da 13 de Julho, foi mais uma ação para lembrar a importância do ato de doar e homenagear doadores e familiares dos doadores de Sergipe. Os atos tiveram o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

O Parque da Sementeira, em Aracaju, também foi o cenário do ato ecumênico que marcou as festividades. Crianças, jovens e adultos, funcionários da Central de Transplante de Sergipe e da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), se reuniram no Cantinho do Doador, um local próximo ao lago do Parque da Sementeira onde, há um ano,  foram plantadas mudas de árvores com a identificação dos doadores de órgãos do estado.

“Doamos sangue, órgãos e doamos amor. Toda vez que se fala em transplante é uma motivação tanto para quem doa quanto para quem recebe. É preciso ter a consciência, o cuidado clínico e a ética no procedimento. Quando se fala de doação, é preciso preservar o princípio da gratuidade e da solidariedade com as causas de quem mais necessita. De graça recebeste e de graça doe. Doar é um ato de amor. É a continuidade da vida”, disse o padre Valterfran Cruz.

O pastor Javes Nogueira Filho, que também participou do encontro, afirmou que “somos doadores, exemplos de Cristo. É bom saber que estamos doando e compartilhado. Quem doa torna-se credor da vida. Somos santos em Cristo Jesus. É bom doar para que a nossa vida possa fortalecer. Temos que ser multiplicadores do princípio da doação”.

Para a enfermeira Cristina Teti, membro da enfermeira da Cihdott, o ato de doar leva luz para pessoas que tanto precisam. “É elevar o espírito. O corpo é o templo de Deus que hospeda o espírito imortal e temos toda a liberdade, o direito e o dever que, através desse corpo, possamos dar qualidade de vida àquelas pessoas que tanto necessitam por estar com seus órgãos danificados. A população tem muito medo, mas temos que conversar com carinho que o que vive é o espírito e o corpo perece. Ele revive e renasce em outra pessoa. Uma pessoa que recebe um órgão renasce para a vida. Temos que informar à família e conscientizar sobre a nossa vontade de doar”, comentou.

Setembro Verde

O Setembro Verde é uma iniciativa da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e tem como foco sensibilizar para a necessidade da doação de órgãos e tecidos.

Em Sergipe, no ano de 2013 foram captados 9 órgãos (6 rins e 3 fígados). Em 2014, foram feitas 25 captações (14 rins, 7 fígados, 3 corações, 1 pâncreas). Já em 2105, até agora, foram 13 captações (6 rins, 3 fígados, 4 corações).

Para Benito Fernandes, coordenador da Central de Transplantes de Sergipe, a meta é melhorar a oferta de órgãos e tecidos, esclarecendo que qualquer um pode precisar de um transplante, da mesma forma que qualquer um pode ser doador.

“Há dois tipos de doadores: vivo e falecido. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, pâncreas ou pulmão, ou a medula óssea. O doador falecido em morte encefálica pode ter os órgãos transplantados se a família autorizar. Por isso que a pessoa, em vida, deve revelar o desejo de ser um doador”, destaca Benito Fernandez.

Durante o ato ecumênico, o coordenador pediu apoio de todos. “As religiões estão ao nosso lado. Queremos o apoio de todos em suas pregações. Temos que conversar e disseminar a informação da importância da doação de órgãos. Trabalhamos com vida. Deus deu a inteligência ao homem para cuidar da saúde do próximo, retirar um órgão e colocar em uma pessoa que precisa. Prezamos pela qualidade. Que todos multipliquem a doação. É imprescindível essa consciência. A morte é uma dor que nunca acaba, mas conforta saber que aquela morte pode beneficiar outra pessoa. Isso conforta o nosso espírito. Por mais difícil que seja conversar com a família, sabemos que o amor vai continuar. Precisamos que toda a sociedade participe do processo”, enfatiza Benito Fernandez.