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Terça-Feira, 10 de Fevereiro de 2015 às 14:24:00
Carnaval: casa fechada pode ter foco de mosquitos da Dengue e Chikungunya
Em relação à Dengue, de acordo com dados do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde, de janeiro até agora, Sergipe está com 456 casos notificados e 123 confirmados

Por Acácia Mérici

Faltam poucos dias para o Carnaval e muita gente já deve estar arrumando as malas para cair na folia nas cidades onde a Festa de Momo é tradicional ou para viajar para um lugar mais tranquilo. Mas antes de pegar a estrada, é preciso verificar toda a residência para que, ao retornar de viagem, não encontre uma desagradável surpresa: a presença dos focos da Dengue e da Febre Chikungunya. 

Segundo a coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sidney Sá, deixar a casa fechada por alguns dias, mesmo por um curto período, é um grande risco para a proliferação dos mosquitos vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus.

“Um pequeno recipiente com água limpa ou parada já oferece risco. Ele é suficiente para que o mosquito complete o ciclo reprodutivo e deposite seus ovos. O período de altas temperaturas contribui para a eclosão dos ovos. Por isso, é fundamental que todos os cuidados sejam necessários para deixar a residência protegida mesmo em um pequeno espaço de tempo”, explica Sidney Sá.

A técnica informa que é fundamental que o morador observe todos os lugares que podem concentrar água para que estejam vedados. É importante, também, realizar previamente uma limpeza em quintais, tampar piscinas, eliminar lonas, pneus, garrafas 'pet' ou até pequenos baldes que estejam abandonados.

“É preciso ficar atento aos vasos de plantas, aos recipientes que acumulam água na geladeira, ralos que ficam dentro de casa e aqueles que não têm água renovada com frequência. Como estamos em uma época que as chuvas aparecem de surpresa, deve-se ter um cuidado especial com os recipientes que possam acumular água”, enfatiza Sidney Sá.

A coordenadora frisa ainda que em 80% dos casos, a presença dos dois mosquitos está nas residências. “Mesmo com o Aedes aegypti mais habituado à zona urbana e o Aedes albopictus intercalando entre locais das zonas urbana e rural, todo cuidado é pouco para não acumular água, até mesmo nos quintais. Vale a pena fazer uma limpeza prévia na residência antes de viajar”, afirma.

Sintomas


Alguns sintomas da Febre Chikungunya são idênticos aos da Dengue: dores fortes nas articulações e nos tornozelos, dor de cabeça por 10 dias, febre, coceiras pelo corpo. O que difere é que a pessoa com a Chikungunya possui fortes dores nas articulações que provocam dificuldade na locomoção.

“Ao contrário da Dengue, ela apresenta baixa letalidade. O tratamento da doença na fase aguda é baseado em muita hidratação e uso de analgésicos. Após a infecção pelo Aedes albopictus, há uma imunidade duradoura para o vírus. Tanto para a Dengue quanto para a Chikungunya, assim que apresentar algum sintoma, a pessoa deve imediatamente procurar uma Unidade Básica de Saúde para que possa ser avaliada por um profissional", reforça Sidney Sá.

Dados

Em relação à Dengue, de acordo com dados do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde, de janeiro até agora, Sergipe está com 456 casos notificados e 123 confirmados.

Os municípios que mais registraram, até o momento, foram: Aracaju (218 casos notificados e 27 confirmados), Neópolis (78 notificados, 48 confirmados e 1 óbito), Nossa Senhora do Socorro (43 notificados e 22 confirmados) e São Cristóvão (21 notificados e 16 confirmados).

Em relação à Febre Chikungunya, desde 2014, Sergipe não tem casos notificados e registrados da doença. O único caso confirmado foi considerado 'importado', oriundo de uma pessoa de Feira de Santana (Bahia), cidade que registra um grande número de casos da doença. Sempre que houver suspeita da doença, as amostras serão enviadas para o laboratório de referência, desde que estejam dentro do critério de suspeita da Febre Chikungunya.

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Carnaval: casa fechada pode ter foco de mosquitos da Dengue e Chikungunya
Em relação à Dengue, de acordo com dados do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde, de janeiro até agora, Sergipe está com 456 casos notificados e 123 confirmados
Terça-Feira, 10 de Fevereiro de 2015 às 14:24:00

Por Acácia Mérici

Faltam poucos dias para o Carnaval e muita gente já deve estar arrumando as malas para cair na folia nas cidades onde a Festa de Momo é tradicional ou para viajar para um lugar mais tranquilo. Mas antes de pegar a estrada, é preciso verificar toda a residência para que, ao retornar de viagem, não encontre uma desagradável surpresa: a presença dos focos da Dengue e da Febre Chikungunya. 

Segundo a coordenadora do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sidney Sá, deixar a casa fechada por alguns dias, mesmo por um curto período, é um grande risco para a proliferação dos mosquitos vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus.

“Um pequeno recipiente com água limpa ou parada já oferece risco. Ele é suficiente para que o mosquito complete o ciclo reprodutivo e deposite seus ovos. O período de altas temperaturas contribui para a eclosão dos ovos. Por isso, é fundamental que todos os cuidados sejam necessários para deixar a residência protegida mesmo em um pequeno espaço de tempo”, explica Sidney Sá.

A técnica informa que é fundamental que o morador observe todos os lugares que podem concentrar água para que estejam vedados. É importante, também, realizar previamente uma limpeza em quintais, tampar piscinas, eliminar lonas, pneus, garrafas 'pet' ou até pequenos baldes que estejam abandonados.

“É preciso ficar atento aos vasos de plantas, aos recipientes que acumulam água na geladeira, ralos que ficam dentro de casa e aqueles que não têm água renovada com frequência. Como estamos em uma época que as chuvas aparecem de surpresa, deve-se ter um cuidado especial com os recipientes que possam acumular água”, enfatiza Sidney Sá.

A coordenadora frisa ainda que em 80% dos casos, a presença dos dois mosquitos está nas residências. “Mesmo com o Aedes aegypti mais habituado à zona urbana e o Aedes albopictus intercalando entre locais das zonas urbana e rural, todo cuidado é pouco para não acumular água, até mesmo nos quintais. Vale a pena fazer uma limpeza prévia na residência antes de viajar”, afirma.

Sintomas


Alguns sintomas da Febre Chikungunya são idênticos aos da Dengue: dores fortes nas articulações e nos tornozelos, dor de cabeça por 10 dias, febre, coceiras pelo corpo. O que difere é que a pessoa com a Chikungunya possui fortes dores nas articulações que provocam dificuldade na locomoção.

“Ao contrário da Dengue, ela apresenta baixa letalidade. O tratamento da doença na fase aguda é baseado em muita hidratação e uso de analgésicos. Após a infecção pelo Aedes albopictus, há uma imunidade duradoura para o vírus. Tanto para a Dengue quanto para a Chikungunya, assim que apresentar algum sintoma, a pessoa deve imediatamente procurar uma Unidade Básica de Saúde para que possa ser avaliada por um profissional", reforça Sidney Sá.

Dados

Em relação à Dengue, de acordo com dados do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde, de janeiro até agora, Sergipe está com 456 casos notificados e 123 confirmados.

Os municípios que mais registraram, até o momento, foram: Aracaju (218 casos notificados e 27 confirmados), Neópolis (78 notificados, 48 confirmados e 1 óbito), Nossa Senhora do Socorro (43 notificados e 22 confirmados) e São Cristóvão (21 notificados e 16 confirmados).

Em relação à Febre Chikungunya, desde 2014, Sergipe não tem casos notificados e registrados da doença. O único caso confirmado foi considerado 'importado', oriundo de uma pessoa de Feira de Santana (Bahia), cidade que registra um grande número de casos da doença. Sempre que houver suspeita da doença, as amostras serão enviadas para o laboratório de referência, desde que estejam dentro do critério de suspeita da Febre Chikungunya.