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Terça-Feira, 11 de Agosto de 2015 às 05:31:00
Campanha Nacional contra a Hanseníase e Verminoses inicia em Sergipe
Essa é uma estratégia integrada do Ministério da Saúde para o enfrentamento dessas doenças

Teve início no dia 10 de agosto e vai até dia 30 de outubro a Campanha Nacional de Combate à Hanseníase, Geohelmintíases (Verminoses), Tracoma e Esquistossomose. Uma estratégia integrada do Ministério da Saúde para o enfrentamento dessas doenças. Sergipe realizará a campanha da Hanseníase e Geohelmintíases nos 75 municípios. Já as ações para o Tracoma serão nos municípios de Salgado, Arauá, Cristinápolis e Nossa Senhora do Socorro e Riachuelo). O tratamento da Esquistossomose ocorrerá nos municípios de São Cristóvão, Ilha das Flores e Santa Rosa de Lima.

De acordo com Mércia Feitosa, coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a campanha tem como objetivo reduzir a carga parasitária de geohelmintos, identificar casos suspeitos de hanseníase e identificar e tratar casos de tracoma e esquistossomose em estudantes, na faixa etária de 5 a 14 anos, da rede pública de ensino.

“As atividades da campanha incluem orientações aos professores e estudantes sobre as doenças a serem trabalhadas na ação e mobilização da comunidade, tratamento coletivo das verminoses, identificação de casos suspeitos de hanseníase e avaliação dessas manchas para confirmar diagnóstico e identificação de casos de tracoma e tratamento”, destacou.

A realização do tratamento preventivo em estudantes está em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) que preconiza o uso de medicação de forma periódica como uma medida preventiva e efetiva para redução da carga parasitária e das suas complicações. A estratégia no ambiente escolar, já utilizada e comprovada internacionalmente, reduz os custos do tratamento e potencializa os resultados da intervenção, porque proporciona a oportunidade de atingir o maior número de escolares em razão da agregação de crianças e adolescentes nesse ambiente.

“Todos profissionais de saúde do SUS, em especial os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF), das Unidades Básicas de Saúde e da Vigilância Epidemiológica dos municípios concentrarão esforços para a realização das atividades. A Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica já reuniu todos os coordenadores municipais para orientar e traçar estratégias para execução da campanha. Já foi articulada com a Secretaria de Estado da Educação para colaborar com o acesso dos municípios da rede pública estadual de ensino e com a distribuição do material impresso e a medicação que será utilizada no período da campanha”, apontou Mércia Feitosa.

Para detectar os casos de Hanseníase será utilizada uma Ficha de Autoimagem, onde os estudantes, junto com os pais ou responsáveis, respondem aos questionamentos e a devolvem para a escola. Elas são triadas e os casos com lesões suspeitas de Hanseníase são encaminhados à Unidade Básica de Saúde para confirmação diagnóstica e tratamento. Já para o Tracoma, os alunos são submetidos ao exame ocular externo realizado por profissionais capacitados.

“Quando é diagnosticado o tracoma, os familiares recebem o tratamento, mesmo não apresentando os sintomas”, complementou a referência técnica da SES.

As doenças

A Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada por um bacilo capaz de infectar grande número de indivíduos. Possui alto poder incapacitante, motivo histórico de estigma e exclusão. A doença tem tratamento e, obedecendo todas as orientações, tem cura.

“Diante disso, a estratégia para redução da carga de Hanseníase baseia-se essencialmente no aumento da detecção precoce e na cura dos casos diagnosticados. O Estado é considerado endêmico para Hanseníase apesar de possuir alguns municípios silenciosos para o diagnóstico da doença. A campanha é a oportunidade de detectarmos casos novos”, reforçou Mércia Feitosa.

Já as geohelmintíases, ou verminoses, constituem um grupo de doenças parasitárias intestinais que acometem o homem e são causadas principalmente pelos Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiuria e pelos ancilostomídeos: Ancylostoma duodenale e Necator americanus.

“Estima-se que a prevalência no Brasil varie de 2% a 36%, podendo alcançar 70% na população escolar, principalmente nos municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M). A infestação por geohelmintos produz, além da redução no desenvolvimento físico e mental, uma diversidade de quadros mórbidos que incluem diarreia, dores abdominais, inapetência, perda de peso, até complicações como obstrução que exigem intervenção cirúrgica, podendo inclusive levar o paciente ao óbito”, complementou.

A intervenção indicada para o controle da Esquistossomose, por sua vez, consiste na detecção precoce de casos por meio da realização de exames coproscópicos e tratamentos individuais e coletivos dos casos.

Já a ocorrência do Tracoma está diretamente relacionada a baixas condições socioeconômicas e a condições precárias de higiene e acesso à água, que favorecem a disseminação da bactéria Chlamydia trachomatis.
 
“Uma das principais causas de cegueira, uma doença que continua acometendo especialmente as populações mais carentes e desassistidas. Para eliminar o Tracoma, uma das principais ações é a busca ativa de casos e o devido tratamento com antibióticos (azitromicina), inclusive dos contatos domiciliares e, em algumas situações, tratamento coletivo de toda a comunidade, quando a positividade encontrada for acima de 10%”, pontuou Mércia Feitosa, referência técnica da SES.

 

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Campanha Nacional contra a Hanseníase e Verminoses inicia em Sergipe
Essa é uma estratégia integrada do Ministério da Saúde para o enfrentamento dessas doenças
Terça-Feira, 11 de Agosto de 2015 às 05:31:00

Teve início no dia 10 de agosto e vai até dia 30 de outubro a Campanha Nacional de Combate à Hanseníase, Geohelmintíases (Verminoses), Tracoma e Esquistossomose. Uma estratégia integrada do Ministério da Saúde para o enfrentamento dessas doenças. Sergipe realizará a campanha da Hanseníase e Geohelmintíases nos 75 municípios. Já as ações para o Tracoma serão nos municípios de Salgado, Arauá, Cristinápolis e Nossa Senhora do Socorro e Riachuelo). O tratamento da Esquistossomose ocorrerá nos municípios de São Cristóvão, Ilha das Flores e Santa Rosa de Lima.

De acordo com Mércia Feitosa, coordenadora do Núcleo de Doenças Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES), a campanha tem como objetivo reduzir a carga parasitária de geohelmintos, identificar casos suspeitos de hanseníase e identificar e tratar casos de tracoma e esquistossomose em estudantes, na faixa etária de 5 a 14 anos, da rede pública de ensino.

“As atividades da campanha incluem orientações aos professores e estudantes sobre as doenças a serem trabalhadas na ação e mobilização da comunidade, tratamento coletivo das verminoses, identificação de casos suspeitos de hanseníase e avaliação dessas manchas para confirmar diagnóstico e identificação de casos de tracoma e tratamento”, destacou.

A realização do tratamento preventivo em estudantes está em conformidade com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) que preconiza o uso de medicação de forma periódica como uma medida preventiva e efetiva para redução da carga parasitária e das suas complicações. A estratégia no ambiente escolar, já utilizada e comprovada internacionalmente, reduz os custos do tratamento e potencializa os resultados da intervenção, porque proporciona a oportunidade de atingir o maior número de escolares em razão da agregação de crianças e adolescentes nesse ambiente.

“Todos profissionais de saúde do SUS, em especial os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF), das Unidades Básicas de Saúde e da Vigilância Epidemiológica dos municípios concentrarão esforços para a realização das atividades. A Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica já reuniu todos os coordenadores municipais para orientar e traçar estratégias para execução da campanha. Já foi articulada com a Secretaria de Estado da Educação para colaborar com o acesso dos municípios da rede pública estadual de ensino e com a distribuição do material impresso e a medicação que será utilizada no período da campanha”, apontou Mércia Feitosa.

Para detectar os casos de Hanseníase será utilizada uma Ficha de Autoimagem, onde os estudantes, junto com os pais ou responsáveis, respondem aos questionamentos e a devolvem para a escola. Elas são triadas e os casos com lesões suspeitas de Hanseníase são encaminhados à Unidade Básica de Saúde para confirmação diagnóstica e tratamento. Já para o Tracoma, os alunos são submetidos ao exame ocular externo realizado por profissionais capacitados.

“Quando é diagnosticado o tracoma, os familiares recebem o tratamento, mesmo não apresentando os sintomas”, complementou a referência técnica da SES.

As doenças

A Hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada por um bacilo capaz de infectar grande número de indivíduos. Possui alto poder incapacitante, motivo histórico de estigma e exclusão. A doença tem tratamento e, obedecendo todas as orientações, tem cura.

“Diante disso, a estratégia para redução da carga de Hanseníase baseia-se essencialmente no aumento da detecção precoce e na cura dos casos diagnosticados. O Estado é considerado endêmico para Hanseníase apesar de possuir alguns municípios silenciosos para o diagnóstico da doença. A campanha é a oportunidade de detectarmos casos novos”, reforçou Mércia Feitosa.

Já as geohelmintíases, ou verminoses, constituem um grupo de doenças parasitárias intestinais que acometem o homem e são causadas principalmente pelos Ascaris lumbricoides, Trichuris trichiuria e pelos ancilostomídeos: Ancylostoma duodenale e Necator americanus.

“Estima-se que a prevalência no Brasil varie de 2% a 36%, podendo alcançar 70% na população escolar, principalmente nos municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M). A infestação por geohelmintos produz, além da redução no desenvolvimento físico e mental, uma diversidade de quadros mórbidos que incluem diarreia, dores abdominais, inapetência, perda de peso, até complicações como obstrução que exigem intervenção cirúrgica, podendo inclusive levar o paciente ao óbito”, complementou.

A intervenção indicada para o controle da Esquistossomose, por sua vez, consiste na detecção precoce de casos por meio da realização de exames coproscópicos e tratamentos individuais e coletivos dos casos.

Já a ocorrência do Tracoma está diretamente relacionada a baixas condições socioeconômicas e a condições precárias de higiene e acesso à água, que favorecem a disseminação da bactéria Chlamydia trachomatis.
 
“Uma das principais causas de cegueira, uma doença que continua acometendo especialmente as populações mais carentes e desassistidas. Para eliminar o Tracoma, uma das principais ações é a busca ativa de casos e o devido tratamento com antibióticos (azitromicina), inclusive dos contatos domiciliares e, em algumas situações, tratamento coletivo de toda a comunidade, quando a positividade encontrada for acima de 10%”, pontuou Mércia Feitosa, referência técnica da SES.