Medidas preventivas voltadas para a gestante no pré-natal e principalmente durante o trabalho de parto ajudam a reduzir a transmissão do vírus HIV e da sífilis congênita da mãe para o bebê. A constatação vem do Projeto Nascer, que está sendo divulgado através de uma capacitação para os profissionais de saúde da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL).
Instituído em 2003 pelo Ministério da Saúde, o Nascer tem como principal objetivo a diminuição dos casos de recém-nascidos que adquirem a Aids ou sífilis via transmissão vertical (de mãe para filho), a redução da morbimortalidade associada à sífilis congênita e a melhoria na qualidade do atendimento ao parto. Em Sergipe, o projeto é executado nas maternidades da capital e de algumas cidades do interior.
De acordo com o obstetra e responsável pelo projeto, Juan Rivas, 70% da transmissão do vírus HIV acontece durante o trabalho de parto. Por isso, é importante a adoção de medidas que impeçam a transmissão da doença para o bebê, como o teste rápido para HIV e a introdução da terapia retroviral, através de medicamentos como o AZT, que diminui a carga viral da mãe e evita a infecção do bebê.
"Desde que iniciamos o projeto aqui em Sergipe, nenhum recém-nascido foi contaminado pelas mães que eram soropositivas e foram abordadas pela equipe médica e de enfermagem. Ou seja, não houve nenhum caso de transmissão vertical, mesmo das gestantes que não fizeram o pré-natal, mas foram diagnosticadas na maternidade", destaca Juan Rivas.
Resultados
O médico disse ainda que as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde podem reduzir para até 2% a transmissão vertical do HIV. "Se nada for feito durante gestação e o parto de uma mulher portadora do vírus, a possibilidade de transmissão gira em torno de 25%. Nos casos de sífilis, se a infecção da gestante for recente (menos de um ano), há uma probabilidade enorme de que seja transmitida para o bebê", explica Juan.
A capacitação foi recebida pelos funcionários como uma ação positiva e indispensável. "É de extrema importância que todos possam conhecer os procedimentos adequados para cada tipo de paciente", disse a enfermeira Gabrielle Barbosa. Ela acrescentou que o debate também é oportuno para esclarecer dúvidas e receber orientações de como garantir uma assistência mais humanizada às pacientes.
Agenda
As oficinas do Nascer fazem parte do projeto de educação continuada iniciado este ano para os profissionais de saúde da maternidade. Estão programadas aulas quinzenais até o mês de junho, abordando diversos temas. Manejo da gestante e criança HIV positivo, sífilis em adulto, sífilis congênita, aconselhamento e teste rápido de diagnóstico (teoria e prática) são alguns deles. O objetivo é treinar 100% da equipe médica e de enfermagem que lida com a assistência ao parto.
Medidas preventivas voltadas para a gestante no pré-natal e principalmente durante o trabalho de parto ajudam a reduzir a transmissão do vírus HIV e da sífilis congênita da mãe para o bebê. A constatação vem do Projeto Nascer, que está sendo divulgado através de uma capacitação para os profissionais de saúde da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL).
Instituído em 2003 pelo Ministério da Saúde, o Nascer tem como principal objetivo a diminuição dos casos de recém-nascidos que adquirem a Aids ou sífilis via transmissão vertical (de mãe para filho), a redução da morbimortalidade associada à sífilis congênita e a melhoria na qualidade do atendimento ao parto. Em Sergipe, o projeto é executado nas maternidades da capital e de algumas cidades do interior.
De acordo com o obstetra e responsável pelo projeto, Juan Rivas, 70% da transmissão do vírus HIV acontece durante o trabalho de parto. Por isso, é importante a adoção de medidas que impeçam a transmissão da doença para o bebê, como o teste rápido para HIV e a introdução da terapia retroviral, através de medicamentos como o AZT, que diminui a carga viral da mãe e evita a infecção do bebê.
"Desde que iniciamos o projeto aqui em Sergipe, nenhum recém-nascido foi contaminado pelas mães que eram soropositivas e foram abordadas pela equipe médica e de enfermagem. Ou seja, não houve nenhum caso de transmissão vertical, mesmo das gestantes que não fizeram o pré-natal, mas foram diagnosticadas na maternidade", destaca Juan Rivas.
Resultados
O médico disse ainda que as medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde podem reduzir para até 2% a transmissão vertical do HIV. "Se nada for feito durante gestação e o parto de uma mulher portadora do vírus, a possibilidade de transmissão gira em torno de 25%. Nos casos de sífilis, se a infecção da gestante for recente (menos de um ano), há uma probabilidade enorme de que seja transmitida para o bebê", explica Juan.
A capacitação foi recebida pelos funcionários como uma ação positiva e indispensável. "É de extrema importância que todos possam conhecer os procedimentos adequados para cada tipo de paciente", disse a enfermeira Gabrielle Barbosa. Ela acrescentou que o debate também é oportuno para esclarecer dúvidas e receber orientações de como garantir uma assistência mais humanizada às pacientes.
Agenda
As oficinas do Nascer fazem parte do projeto de educação continuada iniciado este ano para os profissionais de saúde da maternidade. Estão programadas aulas quinzenais até o mês de junho, abordando diversos temas. Manejo da gestante e criança HIV positivo, sífilis em adulto, sífilis congênita, aconselhamento e teste rápido de diagnóstico (teoria e prática) são alguns deles. O objetivo é treinar 100% da equipe médica e de enfermagem que lida com a assistência ao parto.