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Quarta-Feira, 06 de Dezembro de 2023 às 14:00:00
Sergipe apresenta na COP 28 projeto para minimizar a degradação dos ecossistemas com foco no estoque de carbono
Proposta trabalhará com ações voltadas para a recuperação de manguezais e do bioma caatinga, por meio da ampliação de viveiros florestais já existentes e implementação de novos centros de produção de mudas nativas

O projeto ‘Sergipe Menos Carbono’ foi apresentado a possíveis investidores durante a 28ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 28), em Dubai, Emirados Árabes. A proposta desenhada pelo Governo de Sergipe, por intermédio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), visa ampliar as ações para reduzir a emissão de CO2 na atmosfera por meio da recuperação de manguezais e do bioma caatinga.

Com foco no estoque de carbono verde e azul, a estratégia é minimizar a degradação dos ecossistemas mais abundantes do estado, os manguezais e a caatinga, por meio da ampliação de viveiros florestais já existentes, implementação de novos centros de produção de mudas nativas e ações de educação ambiental. Na COP 28, o projeto também foi apresentado a dirigentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para a secretária de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas, Deborah Dias, cuidar dos ecossistemas é pensar no futuro. “O projeto ‘Sergipe Menos Carbono’ deve abranger metodologias que, ao serem desenvolvidas de maneira sistemática, provocará uma mudança de paradigma no enfrentamento às mudanças climáticas no estado. Possuímos uma formação vegetal extremamente rica para a manutenção da biodiversidade, com condições favoráveis para se investir na redução da concentração do gás carbônico na atmosfera, sobretudo na recuperação de áreas degradadas”, disse.

Cerca de 40% do globo terrestre está ocupado pelas florestas tropicais e subtropicais, entre as quais 42% são compreendidas pelas florestas secas, onde está incluída a caatinga, que ocupa 11% do território nacional. Em Sergipe, o mapeamento de remanescentes florestais do bioma Caatinga representa aproximadamente 3146,37 quilômetros quadrados, sendo 31,1% da região semiárida. Ao longo dos anos, o bioma brasileiro tem enfrentado severas problemáticas ambientais, como a desertificação devido à degradação do solo e a exploração humana pela atividade agrícola desenvolvida por meio do extrativismo de madeira e lenha e pelo uso da pecuária extensiva. 

Para sanar tais problemáticas, contribuindo para o estoque de carbono verde, a gerente de Educação Ambiental e Relações Sociais da Semac, Isabelle Blengini, explica que a proposta é estruturar dois viveiros florestais para que eles funcionem como viveiros educadores. “A fim de que a gente traga a comunidade para se empoderar da produção de mudas, da coleta de sementes, promovendo a troca de saberes, e a educação ambiental é fundamental nesse processo”, enfatizou, destacando que o objetivo é usar a experiência do viveiro ‘Caatinga Sempre Viva’, instalado no Monumento Natural Grota do Angico, para a criação de um novo espaço na Área de Proteção Ambiental (APA) Morro do Urubu.

A preservação e restauração dos manguezais estão intrinsecamente relacionadas à produção e estoque de carbono azul, proteção dos berçários de espécies marinhas e do litoral, além de ser fonte de alimento e sustento para famílias de pescadores. Esse ecossistema detém uma cobertura de 137.760 quilômetros quadrados, distribuídos em 118 países, beneficiando direta e indiretamente 120 milhões de pessoas.

No território sergipano, a área total de mangue corresponde a 25.626,24 hectares, presente em quatro regiões: baixo São Francisco, sul sergipano, Grande Aracaju e leste sergipano. “As ações de preservação, reabilitação, pesquisa e conscientização serão fundamentais para dirimir os impactos das mudanças climáticas e para manutenção da biodiversidade”, frisou a engenheira agrônoma da Semac, Letícia Pimenta. 

O projeto ‘Sergipe Menos Carbono’ também foi destaque na Revista Abema, edição especial para a COP 28. O material pode ser acessado neste link

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Sergipe apresenta na COP 28 projeto para minimizar a degradação dos ecossistemas com foco no estoque de carbono
Proposta trabalhará com ações voltadas para a recuperação de manguezais e do bioma caatinga, por meio da ampliação de viveiros florestais já existentes e implementação de novos centros de produção de mudas nativas
Quarta-Feira, 06 de Dezembro de 2023 às 14:00:00

O projeto ‘Sergipe Menos Carbono’ foi apresentado a possíveis investidores durante a 28ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 28), em Dubai, Emirados Árabes. A proposta desenhada pelo Governo de Sergipe, por intermédio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), visa ampliar as ações para reduzir a emissão de CO2 na atmosfera por meio da recuperação de manguezais e do bioma caatinga.

Com foco no estoque de carbono verde e azul, a estratégia é minimizar a degradação dos ecossistemas mais abundantes do estado, os manguezais e a caatinga, por meio da ampliação de viveiros florestais já existentes, implementação de novos centros de produção de mudas nativas e ações de educação ambiental. Na COP 28, o projeto também foi apresentado a dirigentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Para a secretária de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas, Deborah Dias, cuidar dos ecossistemas é pensar no futuro. “O projeto ‘Sergipe Menos Carbono’ deve abranger metodologias que, ao serem desenvolvidas de maneira sistemática, provocará uma mudança de paradigma no enfrentamento às mudanças climáticas no estado. Possuímos uma formação vegetal extremamente rica para a manutenção da biodiversidade, com condições favoráveis para se investir na redução da concentração do gás carbônico na atmosfera, sobretudo na recuperação de áreas degradadas”, disse.

Cerca de 40% do globo terrestre está ocupado pelas florestas tropicais e subtropicais, entre as quais 42% são compreendidas pelas florestas secas, onde está incluída a caatinga, que ocupa 11% do território nacional. Em Sergipe, o mapeamento de remanescentes florestais do bioma Caatinga representa aproximadamente 3146,37 quilômetros quadrados, sendo 31,1% da região semiárida. Ao longo dos anos, o bioma brasileiro tem enfrentado severas problemáticas ambientais, como a desertificação devido à degradação do solo e a exploração humana pela atividade agrícola desenvolvida por meio do extrativismo de madeira e lenha e pelo uso da pecuária extensiva. 

Para sanar tais problemáticas, contribuindo para o estoque de carbono verde, a gerente de Educação Ambiental e Relações Sociais da Semac, Isabelle Blengini, explica que a proposta é estruturar dois viveiros florestais para que eles funcionem como viveiros educadores. “A fim de que a gente traga a comunidade para se empoderar da produção de mudas, da coleta de sementes, promovendo a troca de saberes, e a educação ambiental é fundamental nesse processo”, enfatizou, destacando que o objetivo é usar a experiência do viveiro ‘Caatinga Sempre Viva’, instalado no Monumento Natural Grota do Angico, para a criação de um novo espaço na Área de Proteção Ambiental (APA) Morro do Urubu.

A preservação e restauração dos manguezais estão intrinsecamente relacionadas à produção e estoque de carbono azul, proteção dos berçários de espécies marinhas e do litoral, além de ser fonte de alimento e sustento para famílias de pescadores. Esse ecossistema detém uma cobertura de 137.760 quilômetros quadrados, distribuídos em 118 países, beneficiando direta e indiretamente 120 milhões de pessoas.

No território sergipano, a área total de mangue corresponde a 25.626,24 hectares, presente em quatro regiões: baixo São Francisco, sul sergipano, Grande Aracaju e leste sergipano. “As ações de preservação, reabilitação, pesquisa e conscientização serão fundamentais para dirimir os impactos das mudanças climáticas e para manutenção da biodiversidade”, frisou a engenheira agrônoma da Semac, Letícia Pimenta. 

O projeto ‘Sergipe Menos Carbono’ também foi destaque na Revista Abema, edição especial para a COP 28. O material pode ser acessado neste link