A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) divulgou nesta sexta-feira, 22, o boletim que aponta a intensidade e tipos de impactos da seca em Sergipe no mês de novembro. Por meio de dados disponibilizados pelo Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), é possível observar que houve aumento da severidade da seca (de moderada para grave) no território do alto sertão sergipano.

Entretanto, de acordo com a meteorologista da Semac, Wanda Tathyana de Castro, as análises meteorológicas também apontam para a probabilidade de ocorrer alguns episódios de chuvas, situação que tende a contribuir com a diminuição do agravamento das condições de seca.

Ainda conforme os dados da ANA, nos territórios do sul, centro-sul, agreste central, médio sertão e em alguns municípios da Grande Aracaju e do alto sertão, a seca se manteve moderada. Também foi verificado que, em relação ao mês anterior, de maneira geral, houve expansão da seca fraca nos territórios da Grande Aracaju, leste sergipano e baixo São Francisco.

Segundo a meteorologista Wanda Tathyana de Castro, a intensidade de seca fraca causa impactos negativos no plantio de culturas e nas pastagens, enquanto a condição de seca moderada, além de gerar danos às culturas e pastagens, contribuem para os baixos níveis de água nos reservatórios. Já a seca grave causa perdas de culturas e pastagens, como também contribui para a escassez de água.

“De acordo com a climatologia e atuação do fenômeno climático El Niño, a predominância é de condições para ocorrência de chuvas abaixo da média, bem como de altas temperaturas, o que favorece o aumento da evapotranspiração e, consequentemente, diminuição das umidades do ar e do solo. No entanto, mediante as análises meteorológicas, há probabilidade de ocorrer alguns episódios de chuvas que tendem a contribuir com a diminuição do agravamento das condições de seca”, explicou a meteorologista da Semac.