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Segunda-Feira, 23 de Outubro de 2023 às 15:30:00
Secretaria de Meio Ambiente apoia pesquisa da USP que estuda as variações climáticas em Sergipe
Estudo vai ajudar entender o percurso e a quantidade de água da chuva por meio dos isótopos de oxigênio

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) recebeu nesta segunda-feira, 23, a visita da pós-doutoranda Giselle Utida, do pós-doutorado do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), que está desenvolvendo uma pesquisa voltada para a paleoclimatologia, ciência que estuda as variações climáticas de épocas passadas. A pesquisa acontece no transecto Sergipe até o norte da Bahia e conta com o apoio da equipe de técnicos da Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Semac.

De acordo com a pesquisadora, os dados serão obtidos a partir de espeleotemas de cavernas e analisados por meio dos isótopos de oxigênio, provenientes da água da chuva. “Para avaliar quanto de chuva chega lá no interior da Bahia, que é onde temos as cavernas, a gente veio até a Aracaju monitorar as chuvas para fazer essa mesma análise de isótopos de oxigênio e saber o quanto dessa chuva, por meio desse sinal, está chegando lá no interior da Bahia. Criando um transecto de análises isotópicas, entre Aracaju, Paripiranga/BA, que é a divisa de Sergipe com a Bahia, e Uauá/BA, no norte baiano”, explicou Giselle Utida.

Para fazer o monitoramento, foi instalado o coletor de água da chuva para análise da composição isotópica na sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. “Vamos avaliar o quanto de chuva caminha da costa até o interior e como esses sistemas climáticos estão atuando nessas localidades por meio desse monitoramento e parceria com o Semac. A gente instalou dois equipamentos. Um mede a quantidade de chuva, mostrando quanto choveu em determinado tempo, e o outro a gente está coletando água para analisar esse sinal de oxigênio que vem da água. São dois equipamentos relativamente simples. A gente vai coletar essa água, as informações de quantidade, e no laboratório vamos analisar o sinal que tem nessa água”, acrescentou Utida.

O gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Semac, Overland Amaral, destacou que a parceria com a pesquisadora da USP, Giselle Utida, é extremamente importante do ponto de vista científico. “É um momento de conhecimento e uma contribuição bastante significativa para os estudos climatológicos do estado de Sergipe. Isso vai possibilitar a gente conhecer o clima do passado e como ele deve se comportar no futuro. Também é influente nas mudanças climáticas e isso nos dá subsídios para trabalhar esses processos, dar uma direção e buscar mais informações”, declarou.

Para a meteorologista da Semac, Wanda Tathyana de Castro, o projeto será essencial para a descrição de como os processos de fracionamento isotópico atuam nas chuvas ao longo da transição: Aracaju/SE, Paripiranga/BA e Uauá-BA. “Os futuros resultados possibilitarão a criação de banco de dados que irão favorecer os estudos climáticos, possibilitando entender as variações do clima no tempo, com finalidade de nortear as políticas públicas no estado de Sergipe”, disse.

Além da Semac, o projeto conta ainda com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS). “A ajuda da Secretaria de Meio Ambiente e da UFS, representada pelo professor Cláudio Sérgio Lisi e Ítallo Romany, foi muito importante para a instalação dessa área de monitoramento aqui Aracaju. Estamos super felizes por ter essa parceria e poder desenvolver mais esse trabalho para ter dados que possam ajudar tanto o meu estudo quanto a meteorologia local”, concluiu a pesquisadora Giselle Utida.

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Secretaria de Meio Ambiente apoia pesquisa da USP que estuda as variações climáticas em Sergipe
Estudo vai ajudar entender o percurso e a quantidade de água da chuva por meio dos isótopos de oxigênio
Segunda-Feira, 23 de Outubro de 2023 às 15:30:00

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) recebeu nesta segunda-feira, 23, a visita da pós-doutoranda Giselle Utida, do pós-doutorado do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), que está desenvolvendo uma pesquisa voltada para a paleoclimatologia, ciência que estuda as variações climáticas de épocas passadas. A pesquisa acontece no transecto Sergipe até o norte da Bahia e conta com o apoio da equipe de técnicos da Gerência de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Semac.

De acordo com a pesquisadora, os dados serão obtidos a partir de espeleotemas de cavernas e analisados por meio dos isótopos de oxigênio, provenientes da água da chuva. “Para avaliar quanto de chuva chega lá no interior da Bahia, que é onde temos as cavernas, a gente veio até a Aracaju monitorar as chuvas para fazer essa mesma análise de isótopos de oxigênio e saber o quanto dessa chuva, por meio desse sinal, está chegando lá no interior da Bahia. Criando um transecto de análises isotópicas, entre Aracaju, Paripiranga/BA, que é a divisa de Sergipe com a Bahia, e Uauá/BA, no norte baiano”, explicou Giselle Utida.

Para fazer o monitoramento, foi instalado o coletor de água da chuva para análise da composição isotópica na sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente. “Vamos avaliar o quanto de chuva caminha da costa até o interior e como esses sistemas climáticos estão atuando nessas localidades por meio desse monitoramento e parceria com o Semac. A gente instalou dois equipamentos. Um mede a quantidade de chuva, mostrando quanto choveu em determinado tempo, e o outro a gente está coletando água para analisar esse sinal de oxigênio que vem da água. São dois equipamentos relativamente simples. A gente vai coletar essa água, as informações de quantidade, e no laboratório vamos analisar o sinal que tem nessa água”, acrescentou Utida.

O gerente de Meteorologia e Mudanças Climáticas da Semac, Overland Amaral, destacou que a parceria com a pesquisadora da USP, Giselle Utida, é extremamente importante do ponto de vista científico. “É um momento de conhecimento e uma contribuição bastante significativa para os estudos climatológicos do estado de Sergipe. Isso vai possibilitar a gente conhecer o clima do passado e como ele deve se comportar no futuro. Também é influente nas mudanças climáticas e isso nos dá subsídios para trabalhar esses processos, dar uma direção e buscar mais informações”, declarou.

Para a meteorologista da Semac, Wanda Tathyana de Castro, o projeto será essencial para a descrição de como os processos de fracionamento isotópico atuam nas chuvas ao longo da transição: Aracaju/SE, Paripiranga/BA e Uauá-BA. “Os futuros resultados possibilitarão a criação de banco de dados que irão favorecer os estudos climáticos, possibilitando entender as variações do clima no tempo, com finalidade de nortear as políticas públicas no estado de Sergipe”, disse.

Além da Semac, o projeto conta ainda com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS). “A ajuda da Secretaria de Meio Ambiente e da UFS, representada pelo professor Cláudio Sérgio Lisi e Ítallo Romany, foi muito importante para a instalação dessa área de monitoramento aqui Aracaju. Estamos super felizes por ter essa parceria e poder desenvolver mais esse trabalho para ter dados que possam ajudar tanto o meu estudo quanto a meteorologia local”, concluiu a pesquisadora Giselle Utida.