Uma ação que sintetiza em sua essência a inclusão produtiva. Assim pode ser definida a entrega de 25 tanques-rede a famílias de pescadores no povoado Betume, em Neópolis, município da região do Baixo São Francisco, para a operacionalização prática do projeto de Inclusão Produtiva na área de Psicicultura, com a implantação da estrutura para criação de peixe tilápia. O projeto é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e desenvolvido pelo Governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides). Para o povoado Betume, o investimento é de R$ 324 mil, incluídos aquisição de material e assistência técnica.
O projeto busca favorecer as potencialidades já existentes no Estado, fortalecer economicamente os perímetros, atenuar a situação de vulnerabilidade da população beneficiária do projeto, promover a qualidade de vida das comunidades inseridas e fixar os pequenos produtores com condições de sustentabilidade.
Em Neópolis, por exemplo, o projeto beneficia 25 famílias. Toda a capacitação teórica já ocorreu em três módulos e, nesta terça-feira, os grupos de pescadores deram início à capacitação prática com a assistência técnica contratada pelo Projeto, por meio da empresa Aquatrix, responsável por preparar os beneficiários para a lida na piscicultura em tanques-rede.
Rafael Tavares, técnico do Departamento de Renda e Cidadania (DRC) da Seides, explica que o objetivo principal é fazer com que os pescadores consigam retirar renda do projeto na criação de tilápias, incentivando, inclusive, a participação das mulheres. “Essa iniciativa ensina a ‘pescar’, de fato. O acompanhamento do governo vai até novembro deste ano, aí eles seguem sozinhos, colhendo os frutos. Levamos capacitação para que eles se organizem em grupo e levem para a vida toda. Os equipamentos são do Governo Federal e, após o final do contrato do termo de cessão de uso, será feita uma avaliação quanto aos resultados alcançados. Com o cumprimento das metas, o Governo fará a cessão definitiva do material”, explica.
Fruto do êxito
Para Marcelo Chamas, representante da empresa Aquatrix, a assistência técnica é importante. "Nós acompanhamos desde a seleção da área do local onde o projeto vai ser implantado até os processos de licenciamento ambiental, capacitação e formação do grupo, além da assistência técnica, a produção e a gestão do negócio. Essa ação em Neópolis é o fruto do êxito dos outros cincos projetos que existem em outros municípios. A Seides pleiteou a ampliação para mais dois grupos e, do lado produtivo, todos os projetos foram um sucesso. Inclusive com índices superiores ao que a gente havia projetado”, explica.
Cada um desses projetos tem uma capacidade distinta em função do número de tanques-rede, dependendo do número de associados. Cada tanque deve produzir em torno de dois mil quilos de peixe por ano. O Projeto tem capacidade para manter 20 famílias trabalhando numa escala de dois dias por semana, com valor de renda superior a um salário mínimo.
O prefeito de Neópolis, Amintas Diniz, esteve no povoado durante a entrega do material pesqueiro e agradeceu ao Governo do Estado, em nome da Seides, pela iniciativa. “Parabenizo o Governo do Estado por esse trabalho. Fico feliz com esse projeto porque a região do Baixo São Francisco é quem mais precisa do poder público. Eu acredito muito nesse trabalho, os pescadores, agora, têm tudo, porque terão um futuro. Vão enriquecer as mesas de muitos brasileiros, principalmente desta região e estados vizinhos. Espero que os pescadores se dediquem para que isso dê certo. Agradeço aos homens de boa vontade. O tanque rede vai mudar a cultura desse povo e vai ser um exemplo para essa região. Betume vai se transformar em exportador de peixe”, sentenciou.
Futuro promissor
Márcio José Feitosa, 38 anos, é presidente da Associação dos Pescadores de Betume há seis mandatos. Com a chegada dos tanques-rede, ele revelou estar otimista e esperançoso com a nova forma de trabalhar. “O projeto de inclusão produtiva da piscicultura com tanque-rede, com a escassez de peixe, é a forma de nós, pescadores, sobrevivermos. É um grande auxílio. Estamos começando uma fase nova. Vamos motivar os demais pescadores sobre a importância do projeto e, com o apoio do Governo do Estado, da colônia de pescadores, do Ministério da Pesca, daremos um passo importante para a garantia do nosso futuro”, vislumbra.
De forma semelhante, o pescador Osvaldo Paulo Filho, 47, já enxerga o progresso no quarteirão mais próximo. “A melhoria para o grupo será fundamental. Sempre tivemos essa ideia de construir um tanque, mas não tínhamos dinheiro para comprar. O Projeto vai nos ajudar a trabalhar em grupo, com assistência técnica devidamente competente. Já estamos observando inclusive, o mercado, para sabermos onde vender o peixe. Estou ansioso.”
Já o pescador Paulo Santos Medeiros, 34, diz que o Projeto vai ajudar a aumentar a produção e tirar uma renda fixa. “O pescado do rio está em queda, então, com esse projeto, teremos condições de ampliar a produção, ter peixe garantido. De acordo com o desempenho de cada grupo, podemos crescer a nossa produção a cada semestre. Estou muito feliz com isso”, comemora.
O Projeto
O projeto de inclusão produtiva na área de piscicultura também está implantado nos municípios de Pirambu, Ilha das Flores, Telha, Santana de São Francisco e Graccho Cardoso, os quais apresentam perfil para desenvolvimento dessa atividade de modo a gerar renda para pescadores/aquicultores familiares de baixa renda. Além de fornecer todos os equipamentos necessários à implantação e desenvolvimento da criação de peixe tilápia em tanques-redes e capacitação e assistência técnica continuada, o projeto ainda oferece insumos (ração e alevinos) na proporção de 100% para a primeira produção; 50% para a segunda produção e 30% para a terceira produção. A Associação fornece os insumos complementares a partir da segunda produção e auxilia a associação na busca de mercado para comercialização da tilápia.
Além dos tanques-rede, estão na leva de materiais distribuídos nesta terça-feira: lona plástica com 3 metros de largura; rolo com 50metros; tela de nylon, chumbada de 30 gramas com argola para pesca (30 g); capa de chuva PVC reforçada; luvas de algodão emborrachada, coletes salva-vidas Classe III, com revestimento externo impermeável, com elementos flutuantes de espuma de PVC microporosa de células fechadas; tela tipo mosqueteiro com 1,2 m de largura p/ comedouro (rolo de 50 m).
Uma ação que sintetiza em sua essência a inclusão produtiva. Assim pode ser definida a entrega de 25 tanques-rede a famílias de pescadores no povoado Betume, em Neópolis, município da região do Baixo São Francisco, para a operacionalização prática do projeto de Inclusão Produtiva na área de Psicicultura, com a implantação da estrutura para criação de peixe tilápia. O projeto é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e desenvolvido pelo Governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides). Para o povoado Betume, o investimento é de R$ 324 mil, incluídos aquisição de material e assistência técnica.
O projeto busca favorecer as potencialidades já existentes no Estado, fortalecer economicamente os perímetros, atenuar a situação de vulnerabilidade da população beneficiária do projeto, promover a qualidade de vida das comunidades inseridas e fixar os pequenos produtores com condições de sustentabilidade.
Em Neópolis, por exemplo, o projeto beneficia 25 famílias. Toda a capacitação teórica já ocorreu em três módulos e, nesta terça-feira, os grupos de pescadores deram início à capacitação prática com a assistência técnica contratada pelo Projeto, por meio da empresa Aquatrix, responsável por preparar os beneficiários para a lida na piscicultura em tanques-rede.
Rafael Tavares, técnico do Departamento de Renda e Cidadania (DRC) da Seides, explica que o objetivo principal é fazer com que os pescadores consigam retirar renda do projeto na criação de tilápias, incentivando, inclusive, a participação das mulheres. “Essa iniciativa ensina a ‘pescar’, de fato. O acompanhamento do governo vai até novembro deste ano, aí eles seguem sozinhos, colhendo os frutos. Levamos capacitação para que eles se organizem em grupo e levem para a vida toda. Os equipamentos são do Governo Federal e, após o final do contrato do termo de cessão de uso, será feita uma avaliação quanto aos resultados alcançados. Com o cumprimento das metas, o Governo fará a cessão definitiva do material”, explica.
Fruto do êxito
Para Marcelo Chamas, representante da empresa Aquatrix, a assistência técnica é importante. "Nós acompanhamos desde a seleção da área do local onde o projeto vai ser implantado até os processos de licenciamento ambiental, capacitação e formação do grupo, além da assistência técnica, a produção e a gestão do negócio. Essa ação em Neópolis é o fruto do êxito dos outros cincos projetos que existem em outros municípios. A Seides pleiteou a ampliação para mais dois grupos e, do lado produtivo, todos os projetos foram um sucesso. Inclusive com índices superiores ao que a gente havia projetado”, explica.
Cada um desses projetos tem uma capacidade distinta em função do número de tanques-rede, dependendo do número de associados. Cada tanque deve produzir em torno de dois mil quilos de peixe por ano. O Projeto tem capacidade para manter 20 famílias trabalhando numa escala de dois dias por semana, com valor de renda superior a um salário mínimo.
O prefeito de Neópolis, Amintas Diniz, esteve no povoado durante a entrega do material pesqueiro e agradeceu ao Governo do Estado, em nome da Seides, pela iniciativa. “Parabenizo o Governo do Estado por esse trabalho. Fico feliz com esse projeto porque a região do Baixo São Francisco é quem mais precisa do poder público. Eu acredito muito nesse trabalho, os pescadores, agora, têm tudo, porque terão um futuro. Vão enriquecer as mesas de muitos brasileiros, principalmente desta região e estados vizinhos. Espero que os pescadores se dediquem para que isso dê certo. Agradeço aos homens de boa vontade. O tanque rede vai mudar a cultura desse povo e vai ser um exemplo para essa região. Betume vai se transformar em exportador de peixe”, sentenciou.
Futuro promissor
Márcio José Feitosa, 38 anos, é presidente da Associação dos Pescadores de Betume há seis mandatos. Com a chegada dos tanques-rede, ele revelou estar otimista e esperançoso com a nova forma de trabalhar. “O projeto de inclusão produtiva da piscicultura com tanque-rede, com a escassez de peixe, é a forma de nós, pescadores, sobrevivermos. É um grande auxílio. Estamos começando uma fase nova. Vamos motivar os demais pescadores sobre a importância do projeto e, com o apoio do Governo do Estado, da colônia de pescadores, do Ministério da Pesca, daremos um passo importante para a garantia do nosso futuro”, vislumbra.
De forma semelhante, o pescador Osvaldo Paulo Filho, 47, já enxerga o progresso no quarteirão mais próximo. “A melhoria para o grupo será fundamental. Sempre tivemos essa ideia de construir um tanque, mas não tínhamos dinheiro para comprar. O Projeto vai nos ajudar a trabalhar em grupo, com assistência técnica devidamente competente. Já estamos observando inclusive, o mercado, para sabermos onde vender o peixe. Estou ansioso.”
Já o pescador Paulo Santos Medeiros, 34, diz que o Projeto vai ajudar a aumentar a produção e tirar uma renda fixa. “O pescado do rio está em queda, então, com esse projeto, teremos condições de ampliar a produção, ter peixe garantido. De acordo com o desempenho de cada grupo, podemos crescer a nossa produção a cada semestre. Estou muito feliz com isso”, comemora.
O Projeto
O projeto de inclusão produtiva na área de piscicultura também está implantado nos municípios de Pirambu, Ilha das Flores, Telha, Santana de São Francisco e Graccho Cardoso, os quais apresentam perfil para desenvolvimento dessa atividade de modo a gerar renda para pescadores/aquicultores familiares de baixa renda. Além de fornecer todos os equipamentos necessários à implantação e desenvolvimento da criação de peixe tilápia em tanques-redes e capacitação e assistência técnica continuada, o projeto ainda oferece insumos (ração e alevinos) na proporção de 100% para a primeira produção; 50% para a segunda produção e 30% para a terceira produção. A Associação fornece os insumos complementares a partir da segunda produção e auxilia a associação na busca de mercado para comercialização da tilápia.
Além dos tanques-rede, estão na leva de materiais distribuídos nesta terça-feira: lona plástica com 3 metros de largura; rolo com 50metros; tela de nylon, chumbada de 30 gramas com argola para pesca (30 g); capa de chuva PVC reforçada; luvas de algodão emborrachada, coletes salva-vidas Classe III, com revestimento externo impermeável, com elementos flutuantes de espuma de PVC microporosa de células fechadas; tela tipo mosqueteiro com 1,2 m de largura p/ comedouro (rolo de 50 m).
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