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Segunda-Feira, 25 de Janeiro de 2016 às 20:54:00
Começam audiências da Comissão Estadual da Verdade nesta terça-feira
Ouvida das vítimas da Ditadura Militar ocorrerá no Museu da Gente Sergipana

Começam nesta terça-feira, 26, as audiências públicas da Comissão Estadual da Verdade, para ouvir depoimentos de pessoas que sofreram violação de direitos durante a Ditadura Militar. Neste primeiro dia, a partir das 9h, Milton Coelho, que perdeu a visão durante a tortura sofrida na época, contará sua versão dos fatos ocorridos na Operação Cajueiro de 1976, no auditório do Museu da Gente Sergipana.

Com o prazo máximo de dois anos para a pesquisa necessária, incluindo a ouvida de depoimentos e busca por documentos, a Comissão catalogará todo o apurado para apresentar aos sergipanos. Essa parte da história ficará à disposição da população em um Memorial da Repressão Política e Violações Graves dos Direitos Humanos, que será instalado no Museu Olímpio Campos, localizado na Praça Fausto Cardoso, no centro da capital.

Josué Modesto dos Passos Subrinho, presidente da Comissão, destacou o que acontecerá nesses primeiros momentos. “Estamos convidando essas vítimas para prestar depoimentos sobre a atuação política deles e contar os momentos da prisão, além das torturas. Isso tudo será reunido em um registro histórico dos depoimentos para consolidar a memória sobre esse momento sofrido da história política de Sergipe”, explicou.

Segundo o presidente, toda finalização depende da dinâmica dos depoimentos e das pesquisas, já que alguns papéis não se encontram em Sergipe. “Pesquisaremos também e recolheremos cópias de documentos que estão dispersos, como arquivos policiais ou de órgãos públicos, para constituir, tanto material de depoimentos, como cópias de documentos que estão inclusive fora de Sergipe”, revelou.

De acordo com Josué, essa será mais uma chance de os sergipanos conhecerem mais sobre a sua história, principalmente de uma parte que ainda não foi tão explorada de fato. “Esperamos inclusive ações educativas das escolas em torno desse aspecto da história política de Sergipe, já que essa parte da história não foi tão divulgada de verdade”.

Ao todo, cerca de 20 pessoas envolvidas serão ouvidas nessas audiências, que são inteiramente abertas ao acesso do público interessado. As próximas serão as de Bosco Rollemberg, no dia 28; e Wellington Mangueira, em 29 de janeiro.

A Comissão Estadual da Verdade visa o levantamento de dados do período de 1947 a 1985 e tem caráter independente, com a cooperação da Secretaria de Estado da Mulher Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), além da Casa Civil. Ela foi instituída pelo governador Jackson Barreto através do decreto nº 30.030, em 26 de junho de 2015.

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Começam audiências da Comissão Estadual da Verdade nesta terça-feira
Ouvida das vítimas da Ditadura Militar ocorrerá no Museu da Gente Sergipana
Segunda-Feira, 25 de Janeiro de 2016 às 20:54:00

Começam nesta terça-feira, 26, as audiências públicas da Comissão Estadual da Verdade, para ouvir depoimentos de pessoas que sofreram violação de direitos durante a Ditadura Militar. Neste primeiro dia, a partir das 9h, Milton Coelho, que perdeu a visão durante a tortura sofrida na época, contará sua versão dos fatos ocorridos na Operação Cajueiro de 1976, no auditório do Museu da Gente Sergipana.

Com o prazo máximo de dois anos para a pesquisa necessária, incluindo a ouvida de depoimentos e busca por documentos, a Comissão catalogará todo o apurado para apresentar aos sergipanos. Essa parte da história ficará à disposição da população em um Memorial da Repressão Política e Violações Graves dos Direitos Humanos, que será instalado no Museu Olímpio Campos, localizado na Praça Fausto Cardoso, no centro da capital.

Josué Modesto dos Passos Subrinho, presidente da Comissão, destacou o que acontecerá nesses primeiros momentos. “Estamos convidando essas vítimas para prestar depoimentos sobre a atuação política deles e contar os momentos da prisão, além das torturas. Isso tudo será reunido em um registro histórico dos depoimentos para consolidar a memória sobre esse momento sofrido da história política de Sergipe”, explicou.

Segundo o presidente, toda finalização depende da dinâmica dos depoimentos e das pesquisas, já que alguns papéis não se encontram em Sergipe. “Pesquisaremos também e recolheremos cópias de documentos que estão dispersos, como arquivos policiais ou de órgãos públicos, para constituir, tanto material de depoimentos, como cópias de documentos que estão inclusive fora de Sergipe”, revelou.

De acordo com Josué, essa será mais uma chance de os sergipanos conhecerem mais sobre a sua história, principalmente de uma parte que ainda não foi tão explorada de fato. “Esperamos inclusive ações educativas das escolas em torno desse aspecto da história política de Sergipe, já que essa parte da história não foi tão divulgada de verdade”.

Ao todo, cerca de 20 pessoas envolvidas serão ouvidas nessas audiências, que são inteiramente abertas ao acesso do público interessado. As próximas serão as de Bosco Rollemberg, no dia 28; e Wellington Mangueira, em 29 de janeiro.

A Comissão Estadual da Verdade visa o levantamento de dados do período de 1947 a 1985 e tem caráter independente, com a cooperação da Secretaria de Estado da Mulher Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh), além da Casa Civil. Ela foi instituída pelo governador Jackson Barreto através do decreto nº 30.030, em 26 de junho de 2015.